sexta-feira, 18 de abril de 2008

O ESTRESSE CRÔNICO E A MÁQUINA DO TEMPO

O ESTRESSE CRÔNICO E A MÁQUINA DO TEMPO

O medo de ficar para trás, de ser o último a chegar de deixar de ser competitivo assusta qualquer pessoa interessada em trafegar na estrada da modernidade. Embarcamos nessa idéia sem conhecer de fato o destino, as vantagens e as desvantagens de chegar primeiro ou em ultimo.
Bobinhos que somos, fomos enganados, pois quando imaginamos que receberíamos a taça de vencedores e passaríamos para a historia lembrados como pessoas de sucesso e ricas, curtindo a vida, passeando sem parar, no delicioso ócio do paraíso na terra, nos deparamos com a morte em vida: depressão, angústia, pânico, cansaço crônico – pior, o túmulo.
Quem inventou essa máquina de matar chamada neurose?
Este é um momento seletivo criado, por incrível que pareça, por nós mesmos. Sim - Eu e você, todos nós, dia após dia, século após século laboriosamente colaboramos na construção das peças que compõem essa incrível máquina de separar o joio do trigo: quem já é um ser humano para cá, quem ainda não é para lá. Ela é aparentemente virtual; mas se materializa na forma de: insegurança, nas pressões de todos os tipos, na segregação, na tecnologia de consumo, na intoxicação do corpo físico com a desculpa de sentir prazer contínuo, na violência que se banaliza. Todas essas peças agem sob o comando do medo e da ansiedade, poderosos instrumentos capazes de impulsionar nosso progresso; mas, que podem nos destruir quando em descontrole; em especial quando recebem a ajuda do egoísmo e do orgulho. No bojo dessa máquina do tempo que chamamos de lei de causa e efeito, os incríveis dias de hoje geram a cada minuto um sem número de criaturas sem possibilidades de adaptação para a vida atual, candidatas a transferência planetária. Mas, o problema não pára por aí; se isso, já é um grave problema íntimo e familiar, torna-se um social também, pois, nos próximos anos teremos milhões de pessoas que não conseguirão seguir adiante segundo o estilo de vida atual. Parece piada; mas fomos nós que criamos a máquina que centrifuga e seleciona pelo padrão vibratório, quem é quem e, quem vai para onde. Mas não treinamos os operadores. E o que é pior, nem sabemos qual sua verdadeira função. Ela separa, mas para quê? Onde será que erramos? Onde o problema?
Simples: Começamos a correr sem conhecer o destino. Desconhecemos como a máquina que usamos; quem conhece o funcionamento do corpo? Não nos preocupamos em estudar o regulamento. Simplesmente saímos em disparada.
Há como parar? Claro, mas não breque; desacelere; sinalize para quem vem atrás que vai para o acostamento. Repense sua vida e boa viagem.

Paz.

Dr. Américo Canhoto

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