quinta-feira, 8 de julho de 2010

COMIDA X ALIMENTO X VÍCIO

Conforme colocamos no artigo anterior:
A importância da dieta na saúde e na qualidade de vida das pessoas é inquestionável. Qualquer produto que apresente risco á integridade e saúde do cidadão; deve vir acompanhado de alerta; especialmente os produtos vendidos a crianças; tanto faz que seja remédio, droga, bebida, fumo, comida.
Especialmente pelo alarde que algumas empresas fazem de defensoras da boa alimentação e saúde das crianças; segundo o ponto de vista da ética; causa estranheza a reação da entidade que representa a indústria da alimentação contra determinação da Anvisa; conforme podemos observar na notícia abaixo:
Associação das Indústrias da Alimentação recorrerá contra obrigatoriedade de alertas sobre os riscos à saúde
admin
comunicação, saúde
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A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) informou, em nota oficial, que irá recorrer à Justiça contra a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que obriga as empresas do setor a colocar alertas nas propagandas sobre os riscos à saúde do consumo excessivo de alimentos com alta quantidade de açúcar, gordura e sódio.
A associação argumenta que a medida da Anvisa apresenta “impropriedades constitucionais e técnicas”. Uma delas, segundo a Abia, é de que alimentos e bebidas não alcoólicas não integram a lista de produtos que devem ter advertência definida pela Constituição Federal – que inclui, tabaco, remédios e agrotóxicos.

De acordo com a associação, a agência extrapolou suas competências ao editar a resolução, pois a publicidade deve ser regulamentada por força de lei federal. A associação considera as novas regras ineficazes, pois não irão inibir o consumo excessivo de alimentos que tragam riscos à saúde, já “que é muito mais reflexo dos hábitos alimentares da população do que da composição dos produtos industrializados”.
“Com esse ato inócuo e unilateral, a Anvisa compromete, em certa medida, o diálogo estabelecido entre o setor de alimentos e o governo para a busca de ações conjuntas em prol do consumidor e da sociedade”, afirma a Abia, que representa mais de 70% do setor.
A nova resolução da Anvisa, publicada no dia 29/6, prevê que as empresas de alimentos e bebidas, agências de publicidade e veículos de comunicação deverão apresentar alertas nas propagandas sobre os riscos à saúde do consumo excessivo de produtos com grande quantidade de açúcar, gordura saturada ou trans e sódio.
Os fabricantes têm seis meses para se adequar às novas regras. Quem descumprir as exigências sofrerá sanções – desde notificação, interdição a pagamento de multa, que poderá variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.
Reportagem de Carolina Pimentel, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 01/07/2010
Como intenções escusas disfarçadas de verdades, meias mentiras e mentiras por inteiro estão sujeitas á aceleração a que está submetida a lei de causa e efeito:
NADA MAIS SERÁ COMO ANTESOs hábitos alimentares de um grupo cultural eram lentamente formados; mas, após o advento da tecnologia de informação rápida e quase instantânea, é preciso reavaliar conceitos e valores; dentre eles:
O VÍCIO ALIMENTAR
Sem que os integrantes da ANVISA tenham plena consciência disso (como a maior parte de nós) conceito de droga deve ser reciclado com urgência; pois, há muitos produtos hoje disponíveis no mercado com capacidade de criar dependência física e emocional; dentre eles alguns tipos de comida.
Exemplo: o açúcar vicia e mata lentamente; hoje há milhões de ansiosos dependentes dele que funciona num primeiro estágio como ansiolítico (depois de um susto, lá vem alguém com um copo de água com açúcar e, funciona). Estudos científicos confiáveis e bons livros mostram todos os malefícios que seu consumo traz à saúde como: a diminuição da imunidade (basta observar crianças que apresentam resfriados, amigdalites, otites freqüentes e eliminar da dieta delas o açúcar e os laticínios e, observar depois de alguns meses o resultado). A obesidade e o diabete infantil avançam em proporções alarmantes.
Hoje, problemas do álcool á parte, muitas pessoas não conseguem desenvolver um cotidiano sem bebidas estimulantes como: chá mate, preto, café, pó de guaraná...; a cafeína e a teína, por exemplo, causam dependência química, e é preciso estar alerta; pois, hoje muitos refrigerantes e bebidas consumidas em larga escala possuem apreciáveis quantidades de cafeína em sua composição. Isso, não é vício?
A indústria e seus colaboradores da mídia tentam criar padrões de dieta que induz ao vício.
Ora; tentar encaixar as pessoas em padrões é uma forma de domínio; quando estamos fora dos deles somos rotulados de anormais ou até de doentios. De forma instintiva; muitas pessoas se rebelam contra padrões e sistemas; embora nem sempre o façam de forma inteligente e construtiva. Além da perda da identidade pessoal ao tentarmos sempre nos enquadrar em paradigmas pré – estabelecidos corremos o risco de adoecer ou de cometer desatinos existenciais; e não apenas as crianças são vítimas da pressão de grupo que acompanha esses parâmetros humanos, os adultos infantilizados também se tornam escravos de modismos; muitos deles são não apenas danosos á saúde, mas cada vez tornam-se mais mortais, pois na tentativa de permanecermos no sistema todos os limites de adaptação possíveis foram extrapolados.

Na sua pobreza de argumentos e de ética os representantes da indústria tenta usar o velho chavão:

O QUE TODO MUNDO FAZ
As pessoas comem isso e aquilo; e continuam vivas. Todo mundo come; e se todo mundo come faz bem.
O que a maioria pratica assume ares de um padrão de normalidade; mesmo que seja algo absurdo, o que todo mundo faz justifica-se a si mesmo; e até serve como desculpa para tapar o sol com a peneira frente ás leis; o bom senso, as leis e aplicação da justiça.
Para muitas pessoas, neste momento; isso, não parece tão importante; mas, em se tratando de evolução humana, nós nos colocamos cada vez mais em situação de exclusão; pois, as leis da vida não dependem de pressão de grupo, sistemas de crenças, elas simplesmente existem para que as cumpramos.

Não apenas os que vendem produtos lesivos; mas, também aos que compram:
Preocupados apenas em manter a lucratividade e os ganhos; a pobreza de consciência do que pensamos, sentimos e fazemos nos torna pessoas mentirosas para nós mesmas; e pouco honestas. Repetimos incansavelmente determinadas mentiras: “queria tanto, mas não consigo...”, quando não é mais possível camuflar interesses primários ocultos ou conflitos íntimos e de relações usamos esse mentiroso chavão. Deixar de fumar, por exemplo; se assumo que gosto de fumar e tenho consciência dos riscos que corro; dei o primeiro passo para largar o vício; se uso os mentirosos artifícios de moderação, baixos teores, marcas light vou encurralar-me á frente na aflitiva e deprimente situação: ou larga ou morre.
Os representantes da indústria e os defensores da lucratividade a qualquer preço sempre usam os recursos das:

MEIAS VERDADES
Apenas para satisfazer aos nossos desejos imediatos de sensações, somos pouco honestos ao interpretar conceitos como equilíbrio, comedimento, moderação. Inventamos brincadeiras infantis ao crermos em coisas diet, ligth, beba com moderação, baixos teores.

Para atender aos seus interesses de lucratividade os protagonistas da indústria e da mídia, inventaram:

A CIÊNCIA DO CONSUMO
O conhecimento é relativo e distribuído em toda parte, portanto, as verdades humanas são sempre meias verdades; às vezes honestas e sábias, noutras oportunidades são mentirosas e aproveitadoras.
Em tempos de informação rápida para consumo, a necessidade de filtrar as informações é urgente e vital para a saúde física, mental e para a continuidade da existência.
Futuramente nos alimentaremos do estritamente necessário sem sacrificar qualquer ser vivo usando o que a Natureza amorosamente nos oferece: flores, frutos, sementes, grãos, pólen, mel, água etc. Ao contrário da alimentação que hoje degenera, desequilibra e adoece, a dieta do futuro será formada com alimentos que regeneram, vitalizam e curam ao invés de adoecer. Já principia na atualidade a aplicação do conceito de alimento curativo.

Finalizando:
O que mais nos desagrada nessa fala da ABIA é a prepotência de achar que está fazendo um favor á coletividade ao manter um canal aberto com os organismos governamentais encarregados de zelar pela nossa saúde.
A sociedade já provou ser capaz de se mobilizar quando é preciso...

FAÇA-NOS O FAVOR!
ABIA.

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