sexta-feira, 31 de outubro de 2008

CRISES E MAIS CRISES

Pela falta de hábito em refletir desperdiçamos a oportunidade de compreender o real significado das palavras – uma que nos atormenta no presente é o termo crise. Não se fala em outra coisa; é crise de todos os tipos, tamanhos e para todos os gostos. Há crises íntimas, existenciais, profissionais, de relacionamentos amorosos; crises da política, e a mais temida: a crise financeira; para muitos, talvez mais angustiante do que a crise da morte – é verdade, muitas pessoas preferem morrer a ganhar menos ou consumir menos; algumas até se suicidam das mais variadas formas (o índice de suicídios ativos aumenta de forma alarmante). O suicídio indireto através dos vícios, obesidade de compulsão, e doenças de todos os tipos, especialmente as chamadas doenças auto-imunes sempre existiu; mas nunca nessa escala e, aumentando tão rápido.
Há crises agudas e, outras crônicas; essas as mais letais para a saúde (em todos os sentidos da sanidade); pois nessas ocasiões a crise veste a fantasia dos conflitos íntimos, interativos, corporativos, etc. Já nas situações agudas tudo pode ser rapidamente resolvido: o sujeito pira ou morre; mas, quando deixamos de enfrentar a situação e procrastinamos a resolução, criamos a crise crônica; que no fim das contas é a aguda mal elaborada. Um dos efeitos colaterais das mal resolvidas é o aumento descontrolado da ansiedade e do medo que alimenta o descontrole...
Quem sofre efetivamente os efeitos de qualquer tipo de crise? – O corpo mental, emocional e o corpo físico de cada um - e de todos, pois somos seres interativos e dotados de pouca soberania emocional; daí não existe problema apenas meu; mas sim, problema nosso.
De onde se originou o conceito de crise que adotamos? – Em principio de uma doença evolutiva que nos tornou lento o raciocínio – escolhemos de forma atabalhoada e ao nos depararmos com a lei de ação e reação entramos em pânico e desespero. Pouco afeitos ao trabalho que realmente importa tentamos comprar soluções prontas; e dá no que dá...
É possível antever as crises? – Sim, elas são anunciadas bem antes e repetidas vezes. Mas, somos viciados em paliativos (a medicina é um exemplo) e com isso as fortalecemos e, condenamos á morte até sistemas e paradigmas. O que está ocorrendo no sistema financeiro atual era apenas questão de tempo; não é preciso bola de cristal nem raciocínios complicados nem teorias acadêmicas para prever em alguns anos o fim do sistema atual – esperamos um desfecho o menos traumático possível, em todos os sentidos. É possível nos precavermos? – Sim, basta seguir as recomendações do Chefe; há dois mil anos ao nos preparar para as futuras provas, especialmente as do momento atual, Ele nos exortou á vida simples e despojada – fomos solicitados a aprender a viver com poucas necessidades e um dia após o outro. Quais almas seguiram a recomendação? Nossos espíritos já deviam estar craques na prática do Evangelho. Ainda dá tempo de nos prepararmos para suportar as crises que se anunciam? – Se começarmos a trabalhar muito, sim; se continuarmos a acreditar em soluções mágicas; não. As recomendações são simples: não façamos mais dívidas; aprendamos a dividir e a trocar nossas habilidades e recursos; não compremos coisas desnecessárias. Um exercício simples: coma cada dia menos que no anterior; aprenda a usar o alimento com sabedoria – consuma apenas o necessário – se quiser pratique o jejum. Então vai faltar alimento? – Depende; do quanto necessitamos para nos satisfazer. A previsão de clima para o próximo ano aliada a menos recursos alocados para o plantio pode nos sinalizar o que virá mais adiante. Besteira? – Talvez. Mas, o Chefe nos alertou que somente a verdade nos libertará – daí, fingir que nada está ocorrendo, que tudo passa num passe de mágica pode custar muito caro, até a própria existência. É lógico que não devemos nos alarmar e entrar em pânico; vamos deixar isso, para os que pensam pouco; portanto não comentemos nada com pessoas que adoram ampliar as próprias crises e as dos outros. Uma recomendação simples é dar um sentido mais inteligente para o termo crise: pode também significar oportunidade de crescimento, de progresso através da necessidade de mudança – outra providência simples é substituir o termo problema por lição; pois na nossa cabeça, problemas necessitam de solução e rápida; já lições; não tem tanta urgência para serem aprendidas. Ao aliviarmos as pressões nosso raciocínio torna-se mais claro e eficiente.
O momento não é para apontar culpados pela crise que se avizinha nem esperar soluções mágicas – interessa a cada um preparar-se para a tormenta – tal e qual se deve fazer quando um furacão se aproxima – se ao invés de um F5 veio uma tempestade – melhor.
Dica final para quem acredita em Jesus: não adianta guardar em celeiros – nem acumular grandes fortunas; nessas horas o preço do papel moeda é pago em kg. – a atitude mais sábia a fazer, é provisionar o espírito e diminuir o apego e as necessidades físicas. Resumindo: vivamos simples...

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