quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O AMOR É LIVRE?

Vivemos o rescaldo de uma catástrofe afetiva em Santo André município da Grande São Paulo que afetou de forma intensa a vida de algumas famílias e de milhares de pessoas á distância: uma vida foi tirada em nome do Amor.
O assunto de nosso bate papo hoje é: Aprender a usar a liberdade é um problema; até no sentimento máximo da vida humana: O amor.
Lutamos desde o princípio dos tempos pela liberdade – Nosso livro arbítrio é nosso maior tesouro – Será? Somos criaturas paradoxais, vivemos e até morremos para alcançar a liberdade sem saber do que se trata. Imaturos, revoltamo-nos quando descobrimos a outra face do nosso sonho de ser livre: precisamos responder por nossos atos. Na fuga das responsabilidades nos acorrentamos, aprisionamo-nos aos efeitos das próprias escolhas, na vã busca da liberdade sem assumir as conseqüências; que incrível paradoxo; nós somos prisioneiros do próprio direito de sermos livres. No caso em destaque, o jovem sentiu-se no direito sobre sua amada e preferiu matá-la a entregar sua posse – para recriar Romeu e Julieta faltou apenas um sórdido detalhe que em boa hora ele não teve coragem de praticar. O infindável número de besteiras que se comete em nome do amor só perde para as atrocidades e idiotices que se comete em nome de Deus. Mas, antes tarde do que nunca: Em dado momento, mais maduros, encontramos a chave para desvendar esse mistério: precisamos libertar os outros para que nos sintamos mais livres; e, sem tentar escapar aceitamos que, quanto mais libertos nós nos tornamos; maior é a responsabilidade, pois uma não existe sem a outra, são interdependentes, como nós o somos uns dos outros. Nessa busca descobrimos passo a passo o sentimento do amor, pois ao nos sentirmos realmente livres acontece a maior glória da vida humana, aceitamos que a responsabilidade faz parte do ato de amar. Quem diria: procurávamos ansiosamente a liberdade e sem querer descobrimos o amor, e nos encantamos ao começarmos a descerrar o véu que cobre seus mistérios – Claro que a humanidade atual está bem distante dessa fase; isso ainda é um sonho; pois, hoje, o amor é confundido gravemente com posse e relações sexuais. A nova descoberta: amar é responsabilizar-se por..., e quem ama assume; mas, só quando começamos a cuidar de nós mesmos assumindo a responsabilidade pelas próprias escolhas, sem desculpas nem justificativas; desse ponto em diante começamos a nos amar e a nos libertarmos. Num distante futuro (usando como base nossas atitudes coletivas do presente); avançamos mais um pouco: Enternecidos, repassamos o destino. Perdoamo-nos e perdoamos, compreendemos então que sempre fomos, somos e continuaremos livres para escolher e para escolher de novo, quando for da nossa vontade, mesmo limitados, sempre é possível há uma opção. Identificamos também que cada escolha cria: Laços humanos. Laços de alegria. Laços de amor. Laços de dor. Laços de família. Laços apertados. Nós cegos. Nós difíceis de desatar. Mas, se nos amamos. Desatar para que?
Quem sabe em breve, algo parecido com este diálogo possa ocorrer entre essas duas sofridas almas através da bendita mediunidade (num local de desobsessão) e que ela o tenha perdoado: - Quero ser livre para ir e vir quando queira diz ele. Porque não permites? - Pois não! Eu permito! Eu te dou a liberdade. Eu te dou o meu perdão, diz ela. – É estranho; embora tenhas me dado teu perdão, agradeço por ele, mas não me foi suficiente, falta-me algo; Restou um vazio a ser preenchido; Tu me libertaste, mas eu não me libertei da tua dor. Como posso te ajudar para que sejamos felizes, livres e soberanos tu e eu como um só? - É simples: tornar-te um homem maduro cada vez mais livre e mais amoroso ao descobrires que a reparação é o atestado da tua própria liberdade mais íntima. Já ouvistes muitas vezes o famoso ditado: “faz o bem sem olhar a quem” aplica esse ditado a cada ato da tua vida e descobrirás a chave da liberdade e do amor, diz ela.
Meus queridos deste bate – papo: Nossas escolhas e atitudes são chave e fechadura, movidas numa direção fecham, aprisionam; movidas na direção oposta abrem, libertam. Caro leitor, é disso que tratamos em nosso último livro lançado pela Ed. Butterfly. De liberdade e de escolhas na vida afetiva e “amorosa”. E, suas conseqüências nas nossas vidas e na dos outros.
Paz em direção ao amor.

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