sexta-feira, 28 de agosto de 2009

NOSSO SISTEMA DE SAÚDE É A NOSSA CARA

O SISTEMA DE SAÚDE REFLETE O ESTILO DE VIDA

O aparentemente injusto sistema de saúde atual não é nem bom nem mau; apenas nos representa; é decorrente de nossas escolhas e posturas.
A idéia de que a cura pode ser vendida como sabonete fixou-se e hoje é real (introdução do nosso livro: “Saúde ou Doença: A escolha é sua” – Ed. Petit.
Buscamos a cura como a produtos num mercado; não queremos nos curar nem medir conseqüências; queremos ser curados não importa de que forma e a que preço. Essa postura maluca é resultado do atual estilo hi-tec de viver o cotidiano.
A maioria de nós ainda trabalha com uma mente analógica num mundo cada vez mais digital; o que aumenta a demanda nos serviços de saúde, pois vivemos experiências múltiplas e simultâneas; mas, nossa capacidade de adaptação é lenta frente á velocidade com que as transformações desencadeadas pelo aumento do conhecimento que dobra em curto espaço de tempo, são processadas; esse carrossel de informações ainda vem seguido de tecnologia que induz ao consumo desenfreado. Quando impossibilitados de participar dessa montanha russa, nos entediamos, frustramos; em virtude da lentidão no pensar (mente analógica por opção): nós nos intoxicamos pela bulimia, ou nos drogamos pelo álcool, cigarros, medicamentos, ou tóxicos; e adoecemos em larga escala. Em virtude disso, o mercado financeiro proporcionado pela mercantilização da medicina está sempre em constante expansão – Exemplo é significativa a informação: a indústria farmacêutica não sentiu em nada a atual crise econômica; ao contrário, sua produção e lucros continuou sempre aumentando.

Como atender ás necessidades crescentes de um produto chamado cura?
Mentes menos analógicas do que as da maioria tiveram um surto de genialidade: inventaram o SEGURO SAÚDE.
Para atender á demanda: pois, adoecemos, cada vez mais, em larga escala; e numa sociedade onde tudo se vende e compra, é lógico que esse promissor mercado da doença e da cura seria explorado.
O seguro – saúde é um intermediário entre o “produtor de saúde” (recursos médico - diagnósticos) e o “comprador de saúde” (doente em potencial), que compromete boa parte de seus ganhos para ter garantido o acesso a esse mercado da saúde; ninguém quer ficar de fora – algumas marcas de convênio até dão status de sucesso. Como não poderia deixar de ser, a concorrência entre eles é acirrada; e com isso a sofisticação inócua (a maioria dos exames solicitados não serve para muita coisa e, boa parte, não serve para nada; apenas para encher lingüiça) aumenta a olhos vistos; o que gera aumento de custos sempre repassados ao consumidor. E quando diminui o lucro? – Simples, cortam-se os custos remunerando mal o “produtor de saúde” e afins, pois a lucratividade não pode diminuir.
Uma idéia básica é aumentar a burocracia; inventa-se o TISS. A GLOSA porque faltou uma vírgula. O cruel 0800 que nunca é disponível para autorizar consultas. Os sistemas para autorizar atendimentos que vivem dando pau e que fazem aumentar os gastos. Os sócios não desejados que se instalam na receita do profissional na forma de taxações do serviço publico que geram bi, tri.., tributações e dos sindicatos....
Para o profissional não precisar pagar para trabalhar; tudo isso torna a relação médico – paciente cada vez mais superficial e até antagônica. Olá! Qual sua queixa? – Passe na recepção e pegue sua receita e seus pedidos de exames...
Claro que os mecanismos de controle são necessários, pois muitos profissionais são mais “espertos” que os intermediários e operam até depressão – Afinal vivemos na Era da maracutaia privada e oficial.

E onde fica a saúde das pessoas, da comunidade?
Primeiro é preciso que cada um responda para si mesmo:
O QUE É SAÚDE?
Será a satisfação garantida quanto aos serviços prestados?
Criou-se, como não poderia deixar de ser uma SAÚDE DE MERCADO.
Pagando muito, o consumidor sente-se no direito de usar e abusar em consumir produtos de saúde – exames e procedimentos - e como vingança inconsciente pelo preço que tem que pagar, abusa mesmo; porém, tudo na vida tem um preço e o “castigo”; nesse caso, ele logo vem na forma de descobertas ocasionais que não iriam interferir na longevidade ou na qualidade de vida; desde que, permanecessem ocultos; mas, a partir do conhecimento de sua existência elas nos martirizam.

Qual o papel do médico nesse sistema?
No geral, o médico tornou-se um intermediário entre o Seguro Saúde e os exames; de certa forma, o profissional está perdendo a importância. Na condição de “produtor de saúde” ele luta contra o relógio. Mal remunerado pelo contratante encurta as entrevistas, e para sobreviver tem que trocar qualidade por quantidade; delega parte do raciocínio diagnóstico aos exames complementares que se tornam exames de diagnóstico sem que o sejam; isso acarreta perda da confiabilidade em todas as partes do processo com prejuízo para todos. Essa situação gera um paradoxo, pois o consumidor fica mais satisfeito quanto maior seja a quantidade de exames solicitados; porém alguém deve pagar por isso, e o ônus vai para o doente em potencial (futuros contratantes) na forma de aumento de custos; e para o agente de saúde, através da piora na remuneração; para descobrir onde isso vai dar não é preciso bola de cristal nem ser gênio...

Cabe mais alguma inovação no sistema e que seja bom para ganhar dinheiro?
Sempre, e uma delas é verticalizar o sistema a respeito de tudo que envolve a doença: Agenciar médicos – um tipo de seguro saúde. Abrir ou conveniar farmácias e laboratórios. Alugar ou vender produtos como cadeira de rodas, muletas, etc. E para finalizar, basta acoplar á idéia do SEGURO SAÚDE a um SEGURO FUNERAL – Claro que muitos já tiveram essa idéia e estão rachando de ganhar dinheiro. Não duvido nada que, alguns cara de pau bem criativos vão vender a idéia de colocar intermediários no céu, inferno e purgatório para atender os clientes que bateram as botas.

E a Saúde Publica?
O esperado é que as instituições públicas fossem capazes de atender à demanda da população principalmente em comunidades de baixa renda e pouca cultura; mas na prática o que se vê, é que suas necessidades não sensibilizam os responsáveis pela política de saúde mais voltados para o financeiro do que para o social, além do desvio de recursos do sistema ou o mau uso que se faz deles. Não é difícil nem impossível superar as deficiências do sistema, porém, falta coragem, vontade, discernimento e humanismo. Isso conduz ao mau gerenciamento dos recursos disponíveis. Os desvios podem ser combatidos, desde que, exista vontade política. Mas vontade política significa cobrança e atitude. Nas sociedades onde predominam cidadãos acomodados não se cobra nada: implora-se, esmola-se; portanto não existe vontade política porque falta educação. A somatória desses fatores resulta num sistema perigoso para quem precise dele, além de pouco eficaz.
Em virtude do descontentamento de ambas as partes as relações entre profissionais de saúde e pacientes públicos tendem a tornarem-se ásperas, sofridas e desesperançadas; situação injustificável. Quando a comunidade desperta para o problema da saúde publica? – Quando precisa dele e quando vira notícia de ocorrência policial.

O sonho de consumo da maioria em se tratando de doença é ser um felizardo paciente Vip ou Top Line.
Nesta sociedade tudo se compra e tudo se vende; até a ilusão de poder comprar e vender saúde de grife. À primeira vista, pode parecer que os mais aquinhoados pelo poder financeiro sejam privilegiados quanto à capacidade de curar-se, já que têm acesso mais fácil aos modernos recursos diagnósticos e terapêuticos. Pura ilusão, pois pela ótica das leis naturais não é bem assim que o sistema funciona; se pelo lado dos menos aquinhoados há inúmeras dificuldades na busca da tão sonhada cura, para os que estão no topo da escala social a coisa não é diferente; há problemas e contratempos para aqueles que podem pagar por um atendimento diferenciado, pois compram apenas diagnósticos mais sofisticados, conforto durante a doença, polidez no tratamento; mas são “explorados” sob todo e qualquer ângulo em suas doenças. A relação entre pacientes e profissionais de saúde não é sofrida e desesperançada nem existe revolta contra o atendimento, e às vezes dependendo da condição financeira sofrem até adulação.
Adoecer nesta condição social e financeira gera interessante paradoxo: imagine-se a angústia de quem acostumado a tudo poder comprar e num rico leito de hospital descobrir que não se pode negociar com a doença, nem com as leis naturais, muito menos com a morte. Mas que morrer com conforto e paparico deve ser mais gostoso; ah! Isso deve – Será que a decomposição num caixão de madeira nobre e acolchoado é menos sofrida?

Saúde esmola?
Para boa parte da população, ser atendido em locais de benemerência indica fundo de poço em se tratando de sucesso na vida; algo com gosto e cheiro de indigência. Mas, essa relação entre profissionais e pacientes favorece o surgir de renovadoras crises de maturidade psicológica até nos doadores, pois desencadeia uma negociação entre ideais versus a necessidade de sobrevivência no meio em que se vive; devido à escassez do tempo. Conflito que, superado, desenvolve qualidades como pontualidade, respeito, perseverança, paciência, tolerância, simplicidade, humildade, necessariamente presentes numa atitude de doação.
Neste tipo de relação médico - paciente apesar da ausência da motivação de compra e venda a relação ainda é inadequada e injusta para o paciente, pois estar na condição de necessitado o deixa constrangido porque alijado do sistema vigente de assistência.

Sistema de saúde espiritual?
Descrentes ou não do sistema de saúde vigente em 3D, aumenta o número de pacientes que procuram os serviços de saúde alternativos com a ajuda do além (espíritos e ETs). Predomina nesse tipo de atendimento, quando sério, a não cobrança de honorários ou contrapartidas de doações de qualquer tipo. Em virtude de não serem fiscalizados a possibilidade de logros é grande exigindo do usuário um mínimo de discernimento. Difere do sistema de saúde esmola em 3D, apenas pelo envolvimento espiritual e educativo – A intenção básica é a mesma: servir sem esperar retorno financeiro.
Nos locais onde se acopla um programa de esclarecimento a respeito das causas básicas da origem das doenças e das possibilidades de cura a eficácia supera todos os outros sistemas. É comum encontrarmos dirigentes da saúde publica e de sistemas privados de saúde buscando ajuda nesses locais para si próprios e para os familiares – A pergunta é: Por que não tentam humanizar mais seus sistemas de saúde?

Sistema alternativo de saúde?
A visão de mundo de algumas pessoas está se diferenciando e na sua busca também está incluída novas perspectivas para a saúde. O sistema oficial está atrelado ao sistema financeiro, á indústria farmacêutica e ao sistema de desenvolvimento e venda de tecnologia diagnóstica; não é difícil perceber que o caminho escolhido pela medicina oficial é antinatural; e vai entrar numa derrocada cada vez mais rápida. A formação médica está muito lenta em renovação (a Homeopatia e a Acupuntura mesmo sendo reconhecidas como especialidades médicas; ainda são desprezadas pela comunidade médica); abrindo espaço para aventureiros de fim de semana que após alguns cursos estilo palestra; tornam-se Terapeutas – O que é um Terapeuta? – Uma ida ao dicionário não é nada mal. Pirou? – O que é de fato um Terapeuta?
A realidade precisa ser enfrentada: a cada dia que passa muitos Terapeutas obtêm mais resultados com seus pacientes do que a medicina oficial. Será por que ouvem e sentem seus doentes e não precisam de exames nem de tecnologia? – Por exemplo, será que um advogado que se descobriu em profissão errada ao buscar aplicar seus talentos em prol do próximo descobriu algumas técnicas e pode auxiliar mais as pessoas; seja um curador mais humanizado do que o Prof. Dr. da escola de medicina? – Esse é um assunto fascinante – Que direito e capacidade tem um terapeuta de receitar Homeopatia, Florais, Fitoterapia, etc? – Por que na hora do aperto, os médicos levam seus filhos para benzer e tomar cházinhos receitados pela Vó Joana através do curador Seu Ângelo?
Será que de forma inconsciente todos nós buscamos novas alternativas para muita coisa que sentimos estar no caminho inadequado na busca da saúde real?
O que nos impede de tornarmos isso consciente e discutido? – O orgulho? A vaidade? O desejo de poder? A grana?
Assunto para muitos bate papos – tomara que sejam levados para as Escolas de Medicina.

Mercado informal de saúde?
“De médico e louco; todos nós temos um pouco”...
As “comadres receitistas” no mundo moderno foram substituídas com muito mais perigo pelos balconistas de farmácia e pela atriz ou ator do momento.
“A persistirem os sintomas; um médico deve ser consultado”...
Com a palavra o vírus H1N1.
Os usuários do mercado informal de saúde são em parte; responsáveis pela resistência bacteriana que leva muita gente á morte. O usuário quando em crise usa um antibiótico receitado pela comadre e assim que os sintomas desaparecem ele para de tomar, tornando-se um foco de trnasmissãtrnasmissitado pela comadre e assim que os sintomas desaparecem ele para de tomar, tornando-se um foco dedicina oficial
Neste mundo, cada vez mais, quem detém a informação (informando ou sonegando) tem o poder de manipular e induzir os crédulos e os apressados. A “indústria” da informação é sempre direcionada a interesses encomendados. Interesses vários podem ditar a enganosa modernidade de algumas condutas médicas, seu constante mudar, em direções às vezes opostas na essência e na filosofia de aplicação, num espaço curto de tempo, faz parte sem dúvida da velocidade com que novos conhecimentos são aplicados; mas não raro, obedecem a interesses e pequenas sofisticações encarecem os tratamentos. Os que apenas buscam o Sistema de Saúde informal trazem enorme prejuízo para si mesmos e para o coletivo.

Sistema de saúde no Além?
Pelas informações recebidas aqui e ali; dá para avaliar que não são muito diferentes das daqui.
Assunto para nossa palestra em Curitiba no feriado de outubro.

Qual seu sistema de saúde?
O que nos falta para escolher melhor?
Raciocínio; pois a credulidade retarda a cura; ao nos recusamos a questionar com os dados que dispomos somos manipulados e induzidos ao consumo deste produto ou daquele outro anunciado por fulano ou beltrano em evidência no momento. Nos tornamos vítimas dos modismos da área da saúde, sofrendo das doenças da hora e conseqüentes terapêuticas da moda, manipuladas por especialistas em explorar nossa pobre vontade de pensar.
Felizmente, a frustração controla a credulidade; pois a evolução à base de seguidas frustrações de expectativas é um recurso evolutivo simples: o doente segue colecionando frustrações até que resolva refletir e, as situações interpretadas como sofrimento nessas condições, são indutoras de futuras, embora lentas mudanças.

Coninuo com a convicção que o melhor sistema de saúde é a educação - Nada a ver com simples instrução.

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