sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

PAROU - MORREU



Trafegando pela vida nós parecemos carros velhos e desregulados – nos momentos de parada é preciso ficar pisando no acelerador para o motor não morrer; brecou, morreu... E toca a empurrar; muita gente só pega no tranco; causando e dando trabalho para os outros.

Existimos sob a tutela das Leis Cósmicas de todos os tipos; das da Física ás Éticas. Uma das que está “causando” entre nós; é a Lei da Inércia.

Expansão e retração, dia e noite, inspiração e expiração, aceleração e desaceleração são ciclos naturais que regulam a vida e o universo. Sempre que interferimos neles criamos distúrbios.
Dizem por aí algumas fofocas espirituais que a respiração de Deus vai parar por curto espaço; parando também o tempo. Credo até Ele?
Tomara que não cause para o nosso lado.

No processo de acelerar e desacelerar nós bem que tentamos enganar a Natureza imaginando que ter um botão de liga e desliga; tanto nas atividades mentais quanto orgânicas.

Tomando o ciclo de um dia/noite como exemplo, se passei o dia acima dos limites de ação mental com mil preocupações e compromissos; quando chegar a noite e resolver parar para dormir, nem por milagre conseguirei; pois todos os hormônios e substâncias que estavam sendo secretados, vão continuar a sê-lo por inércia; durante algumas horas ou dias; e adeus qualidade do sono e de vida; e se a situação persistir: adeus existência; vai para o rol das mal resolvidas...

A Lei da Inércia é uma das ferramentas selecionadoras da atualidade – e não a obedecemos nem no trânsito.
Tá lá a placa: Mantenha distância do carro da frente.

Obedecer prá que?

Dizem os engraçadinhos que as leis existem para serem desrespeitadas. Mas, com as Divinas é melhor não brincar...
Ao não obedecermos a Lei da Inércia; o risco de acidentes e de capotar na vida é grande; pior ainda é abalroar os interesses e os projetos de vida dos outros. O seguro da natureza contra terceiros é caro e complicado – envolve operações tipo perdão e reparação – melhor não precisar.

Quando corremos o risco de morte súbita?
De ter um piti e parar no PS?
Ou adoecer de forma repetitiva?

Sempre, ao dormir; final de semana; feriados; férias; ou depois de situações muito “pesadas” (como cuidar de pessoas doentes por algum tempo em dedicação quase exclusiva).

Somos muito mal educados; pois, além de não aceitar que as leis não se modificam para atender aos nossos desejos ou caprichos; nosso hábito de não prestar atenção a Leis básicas é um poço de encrencas.
Se na escola esses e outros conceitos, tivessem sido ensinados como necessidade a ser aplicada de forma sistemática nas atividades do cotidiano; nossa vida seria de melhor qualidade. Pois dessa forma, nós poderíamos entender certos acontecimentos que não nos fazem sofrer e até adoecer.

Observe como as pessoas adoecem e morrem muito mais nas “paradas súbitas”.
Tenho pacientes que voltam todo começo de férias para bater um papo e pegar um remedinho, dizendo: Doutor, eu acho que fizeram “macumba” prá mim; não é possível; pois, é só sair de férias que adoeço.
Além dos adultos estressados; as crianças também são vítimas desse processo. Antigamente quando os pais telefonavam pedindo desculpas pela ligação: Meu filho só adoece de final de semana! – Eu imaginava que seria pela coincidência de em certas épocas as mudanças de tempo ocorreram mais aos finais de semana. Mas não; as crianças de hoje (até os bebês) levam uma vida até mais estressante que os pais.

Tenho alguns pacientes, aos quais me afeiçoei que pressinto e aviso a respeito da encrenca que os aguarda; mas não adianta muito; pois nós apenas atentamos para algum aviso quando a vaca já foi pro brejo como diz o caipira. Explico: são pessoas cuidadoras de gente com Alzheimer, Demência senil, e outras doenças degenerativas que exigem cuidados intermitentes até o final. Peço para que cuidem um pouco de si e projetem objetivos de vida; engatilhados ou em andamento – que se preparem para o vazio que virá após o inevitável desfecho: essas pessoas vão morrer. E o cuidador corre até risco de vida. Claro que nem tanto quanto aqueles que abraçam o mundo e que permanecem sem tirar férias por muito tempo; depois ganham um castigo para parar prá pensar: AVC; enfarte ou um paletó de madeira.

Além dos cuidados básicos para obter mais qualidade de vida como desacelerar e cuidar do corpo; algumas dicas simples podem quebrar o galho e evitar essas fatais derrapadas.
- Na manhã do primeiro dia de parada, levante cedo, faça exercício (caminhada; por exemplo) para transpirar um pouco; depois pode até voltar prá cama e morcegar o resto do fim de semana, feriado, férias, etc.

Acorda meu!
Tá acelerando assim prá que?
Ao invés de ir para a oficina da Terra pode ir parar no ferro velho cósmico.

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