sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

REFLEXÕES DE FÉRIAS: MENSTRUAR PRÁ QUÊ?




A vida pós-moderna me encanta e assusta; é muito desafiadora; ás vezes, eu me sinto perdido, tal e qual um cachorro que caiu daqueles antigos caminhões de mudança lá do interiorzão onde passei minha infância – em certos momentos acho que devemos ser mais conservadores; noutros imagino que devemos ser mais ousados...
Explico:
Ontem atendi a uma paciente que me disse assim numa boa:
Acabei de vir do ginecologista para parar de menstruar; pois vou sair de férias e viajar – afinal: menstruar para quê?
Adeus TPM; adeus sangramentos em horas impróprias – é só alegria! – Se gostar e me sentir bem vou continuar com o “tratamento” até o resto da vida!

Tinha que sobrar pro marmitão: O que o senhor acha?
Macaco velho; só desconversei; afinal quem sou eu para definir o que é certo ou errado; bom ou ruim. Se eu digo prá ela que sou a favor – assino uma promissória em branco para resgatar no futuro – Se eu digo que sou contra perco a oportunidade de acompanhar que bicho vai dar daqui a algum tempo. Além disso; ela já escolheu; e só quer minha opinião para ter um avalista em quem colocar a culpa se der zebra futura.

Pegando carona no assunto:
Lado profissional á parte; todos nos sentimos, dia menos dia, confusos e atrapalhados em nossa vida de relações humanas. E grande parte dessas dificuldades seria facilmente evitada; se prestássemos mais atenção a alguns pequenos detalhes do cotidiano; coisas simples, mas muito úteis.
Exemplo:
Esse assunto:
TPM; menstruação e suas conseqüências ou a falta dela na menopausa induzida ou natural.
Quantos pequenos mal entendidos decorrentes de não sabermos quem somos e o que nós viemos fazer aqui neste mundo de polaridades; que somados viram ressentimentos, insatisfações, mágoas e até ódio; e que tornam as relações cotidianas entre homens e mulheres uma coisa, às vezes, desagradável e sofrida.
A maior parte dessas interações problemáticas pode ser resolvida com o aprendizado de um pequeno detalhe: aprender a diferenciar um homem de uma mulher.
Parece cômico que as pessoas não saibam distinguir uma mulher de um homem. Na verdade não sabem ou até podem saber; mas não usam esse conhecimento de forma corriqueira.
É possível que você esteja convicto de que sabe tão bem diferenciar um homem de uma mulher a ponto de nunca ter parado para pensar no assunto; pois essa é uma das coisas que todo mundo sabe ou pensa que sabe; o que, à primeira vista, torna desnecessária sua análise.
Com este bate papo de férias tentamos trazer esse assunto à discussão para conscientizá-lo das significativas diferenças de como funcionam as mulheres e os homens com as devidas ressalvas quanto à forma de reagir e agir individual e quanto às capacidades diferenciadas de cada pessoa. Isso pode trazer um novo colorido à sua vida.

Acho que os arautos da modernidade científica são prá lá de machistas: Nossa um parque de diversões que não fecha para manutenção; disponível vinte e quatro horas por dia; sem filas nem empecilhos como a burocracia da TPM - É o paraíso da modernidade!

Raciocínio conservador (sem conservante; muito menos religioso):
Embora cada indivíduo seja um ser único e especial na sua forma de reagir e agir. Quer queiramos ou não homens e mulheres são diferentes. E as diferenças não se resumem ao plano da anatomia; que às vezes nem é tão grande assim, entre uns e outros, isso a criança logo descobre; o que não lhe é permitido descobrir é que mulheres e homens pensam, sentem e agem de forma diferenciada. A maneira de perceber a vida e de reagir às diferentes situações que se apresentam no cotidiano obedece a padrões automatizados e de certa forma padronizados no subconsciente, e que são diferentes embora até certo ponto sejam complementares.
É claro que num primeiro momento nossa reação inicial seja a de valorizar apenas a condição íntima da pessoa: sua inteligência, educação e cultura seja ela mulher ou homem a ditar seu padrão de atitudes frente a uma determinada situação. É lógico que em alguns momentos e em algumas situações a forma de interpretar um fato seja idêntica tanto para um homem quanto para uma mulher, no entanto na maior parte das vezes não é.
O que queremos destacar é que a maior parte do tempo; nós reagimos para depois pensar/sentir/agir, a maioria das atitudes que adotamos não são muito conscientes. Isso, é que faz toda a diferença, e esse problema é mais agudo nas pessoas que convivem há algum tempo, pois nessa situação o que comanda a relação é quase sempre o piloto automático. Exemplo: um casal discute qual seria o melhor caminho para se chegar a um determinado lugar ou o que dizer numa determinada situação, num primeiro momento de reações subconscientes pode ocorrer uma discussão ou um antagonismo de pontos de vista capaz de criar um mal estar, mágoas, ressentimentos. Numa segunda etapa ao focar a consciência no assunto e raciocinar a “ficha cai” e alguém pode perceber que o seu ponto de vista não era o melhor; - Ótimo! – Não, necessariamente, pois surge um novo problema: a maioria não é capaz de admitir que, se enganou; e quando o faz, o ego do outro cresce a ponto de fazê-lo ensoberbar-se e sentir-se o maioral, daí a pessoa reconhece, mas cala-se; e a somatória de pequenas mágoas, decepções e ressentimentos atiram a relação na lixeira.
Não interessa neste momento analisar as desigualdades entre os sexos nem os possíveis reclamos de parte a parte sobre o que está certo ou errado nas relações competitivas entre uns e outros.
A proposta é criar um sistema fácil e prático de reprogramação do subconsciente para ser usado a todo instante nos relacionamentos. Aprender e treinar a analisar as atitudes e reações dos homens segundo a forma de pensar/sentir/agir masculina e analisar as atitudes e reações femininas segundo a forma de pensar/sentir/agir das mulheres pode ser uma forma fácil de preservar relacionamentos e de torná-los mais prazerosos.
A pergunta da vez é: Como posso saber como pensam, sentem e agem as mulheres sendo eu um homem ou vice versa?
Analisei apenas algumas diferenças e o amigo se encarregará de engrossar a lista de exemplos e de comprovações.
A primeira fase resume-se à observação; análise e estudo das particularidades que caracterizam cada sexo. A Segunda fase tem como base o treinamento da empatia, que consiste em colocar-se no lugar da outra pessoa ao analisar suas reações e atitudes. A terceira fase é aprender a aceitá-las. A Quarta fase é aprender e incorporar algumas das reações do sexo oposto frente a determinadas situações.

Segundo o ponto de vista masculino:
Amenorréia induzida!
Nada de TPM que ninguém merece; pois não fazia parte do pacote!
Maravilha!

Idéia para os marketeiros de férias: introduzir a amenorréia induzida no pacote de férias. Férias com TPM e sangramento? Ninguém merece!
Adoro essas nossas ousadias da pós-modernidade.
Vamos ver no que vai dar...
Afinal; menstruar prá quê?

Namastê.

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