sexta-feira, 19 de junho de 2009

ADRENALINA A MIL

COMO SOBREVIVER COM A ADRENALINA A MIL

Nós que nos encontramos neste momento nesta dimensão da vida, acreditando que somos todos poderosos resolvemos testar alguns dos mecanismos da evolução da espécie em ação há milhões de anos – Dentre outras coisas, achamos um tédio o equilíbrio entre ação e repouso, por exemplo. Isso é coisa de antigamente; parece que os Engenheiros Cósmicos não previram nossas incríveis capacidades atuais; devem estar surpresos que chegamos tão rápido á Era da Modernidade; saímos melhor que a encomenda; os alunos estão melhores do que os mestres – eles não contavam com nossa astúcia (Chaves).
Por que não viver a vida cada vez mais intensamente e com a adrenalina a mil? – Eles não pensaram nisso; mas nós sim! - Nos propusemos a usar toda nossa criatividade para inventar perigos ilusórios para curtir as sensações proporcionadas pelos hormônios e mediadores do sistema nervoso quando estamos á beira de um perigo fatal; e, pasmem: nada de mal nos acontece. Numa jogada de mestre, inventamos o estresse crônico gerado por um perigo ilusório que nos ameaça sem que nada de grave nos aconteça.
Já estamos viciados em altas concentrações de adrenalina desde a infância; pois claro que não deixaríamos nossas crianças á margem dessas deliciosas sensações perigosas entre aspas; pois são totalmente seguras. Achamos uma delícia brinquedos perigosos, esportes apelidados de radicais; tudo em nome do prazer de viver perigosamente.
Efeitos colaterais? – São totalmente administráveis. Por exemplo, quando a adrenalina baixa, o tédio e a depressão podem ser “curados” com estimulantes ligths como: açúcar chocolate, cafeína ou remédios do tipo antidepressivos vendidos em qualquer esquina (A persistirem s sintomas um médico deve ser consultado – essa pérola do marketing ganha em cretinice até da “beba com moderação”) – Segundo nos fizeram acreditar; nossos cientistas de plantão podem resolver qualquer problema para os consumidores da própria existência – E, quando não é mais possível; os religiosos de plantão terminam o serviço...

A experiência tinha tudo para dar certo não fossem algumas cobaias começarem a folhear o manual do fabricante do aparelho chamado corpo físico.

Por exemplo, apenas para brincar de raciocinar, vamos analisar como funciona nosso sistema nervoso integrado ao sistema endócrino (glândulas):

O representante de nosso passado; o que foi aproveitado dos protótipos antigos é o sistema nervoso autônomo (aquele que funcionava independente da nossa vontade atual). Ele divide-se em sistema nervoso simpático e parassimpático, com funções distintas e reguladoras (antagônicas). Um regula os excessos do outro.
Por exemplo, se o sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco. Se o simpático acelera o trabalho do estômago e dos intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses órgãos.
Na situação que nos interessa neste bate papo: os efeitos colaterais do estresse crônico.
O sistema nervoso autônomo simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Por exemplo, o simpático é responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento da pressão arterial, da concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo. Em contrapartida, o sistema nervoso autônomo parassimpático estimula principalmente atividades relaxantes, como as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras.
Os nervos simpáticos através das fibras pós-ganglionares secretam noradrenalina, daí serem chamados de adrenérgicos. As fibras adrenérgicas ligam – se através do SNC à glândula supra-renal, promovendo aumento da secreção de adrenalina, hormônio que produz a resposta de "luta ou fuga" em situações de stress. As pessoas que devido á sua personalidade e constituição secretam mais noradrenalina/adrenalina tendem a ir para o distúrbio chamado de Síndrome do Pânico.
As do SNA parassimpático secretam acetilcolina daí serem denominados colinérgicos. As pessoas onde predomina a secreção de acetilcolina tornam-se mais facilmente depressivos. Brincando de viajar na estrada da vida: Adrenalina é o acelerador.
Acetilcolina é o freio – Tal e qual o uso dos dois pedais numa viagem: A acetilcolina e a noradrenalina têm a capacidade de excitar alguns órgãos e inibir outros, de maneira antagônica.

Integrado ao sistema nervoso autônomo temos o Sistema Nervoso Central, que teoricamente no homem sapiens - sapiens deveria ter o comando para manter a harmonia ou restabelece-la.
Por exemplo:
Na vida atual as emoções são mais complexas. E duas neste modernoso estilo de viver em perigo constante fugiram do controle: ansiedade e medo. Batemos na tecla da modernidade como símbolo de progresso tecnológico; pois os que se acham aptos a usar os brinquedinhos da modernidade á toda sem pensar nas conseqüências, nada demais, nada de muito sofisticado; apenas: celulares, TV..., estão se candidatando a ir embora da festa mais rápido do que os outros.

Folheando novamente nosso manual de instrução:

Tronco cerebral, área pré-frontal, sistema límbico, tálamo e hipotálamo são as áreas encefálicas relacionadas com as emoções e suas expressões. Vale relembrar que existem dois aspectos bem definidos no fenômeno da emoção: a emoção propriamente dita e a sua expressão ou o que ela pode desencadear.
A expressão emocional tanto pode ser controlada como ser imitada, quando a emoção correspondente não está presente – Achamos que fazemos isso muito bem, por exemplo, no entretenimento atual: filmes, novelas, noticiários, esportes radicais; etc. Na nossa pobre imaginação, achamos que a TV era a solução para viver perigosamente de forma matrix (sem risco para o corpo físico); pois, ela ao mesmo tempo, que, nos excita tenta nos levar ao relax; além disso, nos hipnotiza e conduz – o que aparentemente nos exime da responsabilidade de fazer escolhas e arcar com as conseqüências (de novo: a persistirem os sintomas; um médico deve ser consultado – para que? – para servir de avalista?).

A emoção primária propriamente dita, num primeiro momento, é incontrolável, faz parte de nosso ser.
Estamos sob o domínio dos instintos, impulsos e das emoções?
Não! – Isso seria o fim da raça (quase) humana na vida pós-moderna.
Para se ter algum controle sobre as emoções mixadas pela mídia da atualidade, é imprescindível a análise dos caminhos tortuosos que as provocaram; usando a mente.
A ferramenta moderna para entrarmos na fase da pós-modernidade deveria ser o raciocínio contínuo, propiciador da capacidade de discernir entre escolhas e efeitos. Devemos observar com o “Sistema Nervoso Mental”, o “Sistema Nervoso Emocional”: os fatores provocadores e as respectivas reações emocionais, através do uso das sensações oferecidas pelo corpo físico: o brinquedinho da alma nesta dimensão da vida – Nós estamos usando nosso brinquedinho á toda sem ao menos folhear o manual de instrução – entende-lo já é pedir demais para a maioria.

Continuando; pedimos ao leitor para avaliar alguns de seus sintomas atuais:

O tronco cerebral apresenta sua função, principalmente, na expressão dos estados emocionais, pois dele partem, junto com os nervos cranianos, sinais para o sistema nervoso somático e SNA, desencadeando expressões fisionômicas; lacrimejamento (já anda se debulhando em lágrimas, do nada? Ou ainda não?) e síndrome do olho seco; salivação ou secura na boca; sudorese; tremores de extremidades; alterações viscerais nos órgãos torácicos e abdominais como taquicardia; respiração invertida (torácica ao invés de abdominal), taquipnéia, diarréia ou constipação, e etc. Essas ações são (eram; antes da vida moderna) reguladas pela formação reticular, pelo sistema límbico e pela área pré-frontal, com as quais o tronco cerebral tem conexão.
O hipotálamo está intimamente relacionado com respostas emocionais complexas, como a raiva, o medo, a serenidade e o prazer – Convidamos o leitor a brincar de novela da globo; nela seu personagem é a dona Hipotálama (nada a ver com constituição física determinada pelo excesso de cortisol) operadora de telemarketing e ao mesmo tempo controladora da central telefônica de uma empresa maluca chamada EU SOU; e que recebe milhares de ordens e contraordens por minuto – quanto tempo damos a ela para ter “Piti” (deveria ser considerada a doença do século com direito a CID e tudo mais): Coisas básicas como: chorar e rir ao mesmo tempo; comer feito uma doida; jogar o telefone na cara o chefe, ser metida numa camisa de força química: remédios, camisa de força de contenção física – ou chegar ao supremo deleite de matar ou morrer.
O hipotálamo posterior, quando liberado das influências inibitórias do sistema límbico (nada a ver com libidinoso nem lúbrico – procure inteirar-se disso – assunto de próximo bate papo) e do hipotálamo anterior, provoca uma expressão de raiva e agressividade extremas. O hipotálamo recebe ordens do sistema límbico para efetuar a expressão das emoções. Como o leitor expressa suas emoções? – Você já reage feito pessoa bipolar, ou ainda não? - De acordo com o que dita o manual do pessoal da novela das seis, das sete ou das oito; o nível de “enrolação humana” vai aumentando na calada da noite, até finalizar na vivencia do sono...

Dica:
Cuidado com o excesso de informações. Sua caixa postal já está lotada. Sua mente não vai conseguir processar mais nada – ainda não perdeu a memória? – Seu raciocínio ainda é rápido?
Deixe de ser cobaia; suas conexões estão saturadas de informações tanto inúteis quanto interesseiras.

A área pré-frontal corresponde à parte não motora do lobo frontal – O amigo já apresenta espasmos, movimentos involuntários? Parkinson? – ainda não? – Já? - Que inveja; já conseguiu seu Alzheimer? - Parabéns! - Sucumbiu á modernidade antes que eu – Mas, lá na frente eu te pego, eu te alcanço!
Interligada com o sistema límbico, com as áreas de associação do córtex, com o hipotálamo e com o tálamo, a área pré-frontal está relacionada com o comportamento social e emocional do homem.
A área pré-frontal também está relacionada com alguns aspectos da concentração (atenção) e da ordenação de pensamentos. E aí leitor? – ainda lembra do seu RG, da placa do carro, do nome do colega de trabalho, do que comeu no almoço?
O sistema límbico, presente em todos os vertebrados (a dor nas costas faz com que nos lembremos disso: somos vertebrados) está relacionado com a regulação dos processos emocionais e do SNA, e com a memória recente. Através de conexões com o tronco cerebral, hipotálamo e com a área pré-frontal, o sistema límbico é o principal regulador dos processos emocionais, participando ativamente nos processos motivacionais primários, como a fome, a sede e o sexo (assunto dos próximos bate papos). A satisfação desses processos motivacionais primários provoca a estimulação de áreas relacionadas com o prazer, como a área septal do sistema límbico e algumas regiões do hipotálamo (vai um chocolate ai? – Que tal um sorvetinho?).
Parapsicólogos correlacionam certas ações do sistema límbico com fenômenos poltergeister. Como anda sua mediunidade?

Cansei!
Vai uma adrenalina aí?
Antes de finalizar gostaria de aliviar a culpa e a tensão do leitor; e de melhorar a sua e a minha auto-estima; é preciso dizer com orgulho que: Melhoramos muito na afetividade nesta Era Moderna – Por exemplo, gostamos como nunca de nossos filhos; aprendemos a amá-los tanto através da mídia; enfim, nós precisamos demais deles e da sua companhia; por isso, nós os estamos enviando antes de nós para o outro lado da vida; isso para nos acolher e recepcionar. Uma das ferramentas que propiciamos a eles para desencarne rápido: os altos níveis de adrenalina.
Amado filho; trouxe para você que ainda continua por aqui; a última versão do mortal combat – Viu como eu te amo – Que tédio! – Filho quer apostar para ver quem zera o jogo primeiro?

Nossa intenção principal com este bate papo é alertar o amigo para o funcionamento de nosso corpo; seu sistema emocional; etc. Claro que a maioria das pessoas continuará vivendo segundo a filosofia do “nóis capota mais num breca”; não tem importância; dentre mortos e atropelados pelas descargas de adrenalina, nos próximos bate papos vamos dar dicas de como morrer com dignidade e como é o sistema de saúde do outro lado da vida.

Paz.

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