quinta-feira, 17 de março de 2011

TSUNAMI EMOCIONAL

A atual humanidade vive muitos dramas gerados pela educação.
Um deles é a contenção das emoções nas quais foram colocados valores: tal emoção é boa; tal emoção é ruim ou pecado.
Isso levou á contenção emocional e afetiva sem o uso da ferramenta do raciocínio lógico, organizador da personalidade; gerando a camuflagem, a hipocrisia e impulsos desordenados e perigosos.

No antigo ritmo de vida as contenções do chamado lado escuro da nossa personalidade funcionavam razoavelmente e pessoas desagregadas na personalidade, podiam levar uma vida relativamente confortável, medíocre mas confortável.

No momento atual, a aceleração a que estamos submetidos vai nos colocar frente a frente conosco – luz e sombra cara a cara.

Meu trabalho é uma vitrine.
Para a prescrição correta do medicamento homeopático é preciso saber quem é aquela pessoa. Quando peço para o paciente colocar suas impressões sobre si mesmo. O silêncio é constrangedor; mas educativo. A maioria quando está acompanhado pergunta ao outro
Como eu sou? O lado sombra quase nunca é verbalizado, claro que os motivos são diversos; mas, na camuflagem predomina o distúrbio educacional.
Alguns pacientes já percebem a mudança em curso; o aviso do Tsunami Emocional que se anuncia; mas com os naturais desvios: Quer saber como eu era antes ou como eu sou hoje? – Antes eu era uma pessoa alegre, bem disposta, ativa, realizadora, calma – Hoje sou irritada, intolerante, triste, esgotada; mas, porque fulano me fez isto, a vida me pregou tal peça... Engano: cada um de nós sempre foi como nos apresentamos hoje; as situações e o meio externo apenas colocaram á mostra o que já se encontrava em nós há muito tempo.

O momento íntimo é apocalíptico.
Fim do ciclo do meio termo; não há onde nos escondermos.
Nossas emoções é que farão a separação do joio do trigo.
Através delas é que nos situaremos na luz ou na sombras.

A intensidade e a velocidade com que os acontecimentos chegam hoje até nós; vai desmantelar todas as nossas contenções e esconderijos, gerando pontos de ruptura que podem ser perigosos e fatais para a nossa paz e a coletiva.

Dentre vários três pontos são importantes neste tema:
Emoção, sentimento, vontade.

O que é emoção?
Complexos psicofisiológicos englobando o sentimento e as demais caracterizações dos estados emocionais como: as emoções primárias, as de choque, a colérica, a afetuosa. Ou as emoções secundárias mais complexas e elaboradas, como: os estados afetivos sensoriais (dor e prazer, agradável e desagradável), os afetivos vitais (mal estar, bem estar, animação, desanimação), e as emoções derivadas e mistas (conflito emocional consciente), e os sentimentos anímicos e espirituais (envolvem intenção em relação com valores), as inclinações e as paixões.
Tudo aquilo que pode caracterizar um estado de sentir-se.

O que é sentimento?
Emoções que sofreram a ação da inteligência, portanto são duráveis, estáveis; ponto de equilíbrio entre polaridades. Alegria e tristeza são pólos emocionais; serenidade é o sentimento que reflete o domínio da razão entre um e outro; nem lá nem cá, porém sem ficar em cima do muro; domínio total.

O que é a vontade?
Faculdade de representar mentalmente um ato que pode ou não ser praticado em obediência a um impulso ou a motivos ditados pela razão. Boa vontade é a movida pela pura noção do dever, excluídos quaisquer outros motivos. Podemos caracterizar dois comportamentos humanos envolvendo vontade: os ordenados carregados de significado e de intenção e os desordenados; os primeiros caracterizam-se pela dupla adequação ao indivíduo e ao meio circundante; os segundos reduzem-se a descargas destinadas a liquidar tensões emocionais, frustrações e conflitos e sempre desprovidos de significado intencional.

O momento é delicado. Experimente só de brincadeira tentar encontrar vaga para um atendimento psiquiátrico.

Juízo; pois persistindo a falta de integração o discernimento ou bom senso é paralisado pela fixação mental e isso leva a um ponto de ruptura, uma súbita mudança de padrão que gera uma nova e diferente crise existencial. Essa nova situação intensifica a resposta da lei de causa e efeito na exata medida do necessário, até conseguir desfazer a cristalização do padrão anterior; e, não se trata de punição pois a vida educa, não pune; sentir-se punido já é sinal de imaturidade.
Deixe aflorar suas emoções para que se tornem claras e separadas umas das outras; mas, lembre-se que os outros não podem se tornar sua latrina emocional. Faça isso na intimidade de suas reflexões. Treine verbalizar seu lado escuro da personalidade. Não tenha vergonha delas; pois seria ter vergonha de si mesmo; “tranquilis”, pois nestas bandas dimensionais; o melhorzinho ainda baba.
Exemplo, se alguém aprontou com você e seu desejo é vingar-se – não camufle nem minta acreditando que ficou magoado; pois vai acabar criando um câncer e ainda ficou com o ódio para resolver – Assuma o ódio e resolva-o internamente com inteligência num bate papo entre razão e emoção. Quer se vingar? O que vai ganhar com isso? Conhece a lei de retorno? – Com treino e trabalho de forma inteligente convença seu ódio que é melhor deixar prá lá e tentar relevar – nessa altura do campeonato já entrou na fase de aprendizado do perdão condicional – Perdôo desde que: Não me apareça mais na frente! Não me faça mais isso! – Aleluia; já é um grande passo.

Os avisos estão sendo dados. As sirenes estão tocando por todo lado.
Ainda dá tempo.
Se quisermos virar material para os outros exercitarem sua caridade – azar o nosso.

Namastê.

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