terça-feira, 20 de julho de 2010

PROJETO EDUCACIONAL ANTI-PALMADAS

O FILHO É MEU; EDUCO COMO QUISER!

Ainda bem que com o passar do tempo esse bordão está indo para o beleléu – ao menos, frente á lei, a truculência está com os dias contados – será?
A dúvida é pertinente; pois, temos o péssimo hábito de não cumprir de forma justa e igualitária boas leis na letra; e cumprir ao pé da letra outras defasadas da realidade.

Para começo de conversa; não usar de castigos físicos nada tem a ver com boa ou má educação; representa apenas um mínimo de civilidade e dignidade humana.

Vamos á notícia; e, esperamos que na sua esteira o assunto educação seja mais abordado pela mídia e que mais pessoas se engajem no tema.


14/07/2010 - 09h00
Projeto deve proibir que pais usem "palmadas" para castigar filhos
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LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA
Palmadas, beliscões e outros castigos físicos aplicados a crianças e adolescentes poderão ficar proibidos, caso seja aprovado um projeto de lei a ser encaminhado nesta quarta-feira ao Congresso Nacional.
Você concorda com a proibição de palmadas contra crianças?
Lula defende projeto contra palmadas e diz que "beliscão dói"
A proposta inclui "castigo corporal" e "tratamento cruel e degradante" como violações dos direitos na infância e adolescência. Hoje, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) fala em "maus tratos", mas não especifica os tipos de castigo que não podem ser usados por pais, mães e responsáveis.
O governo diz que, com isso, quer acabar com a banalização da violência dentro de casa, de onde sai boa parte das denúncias.
"Nossa preocupação não é com a palmada. Nossa preocupação é com as palmadas reiteradas, e a tendência de que a palmada evolua para surras, queimaduras, fraturas, ameaças de morte", disse subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmen Oliveira, da Secretaria de Direitos Humanos.
Para Carmen Oliveira, o Brasil deve cumprir a recomendação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que orientou a "adoção de medidas legislativas que proíbam de forma explícita o castigo corporal contra crianças e adolescentes".
A proposta traz as mesmas penas já previstas no ECA para pais, mães e cuidadores de crianças e adolescentes. No caso das palmadas, as medidas vão desde encaminhamento a programas de proteção à família e tratamento psicológico a advertência e até perda da guarda.
O castigo corporal poderá ser denunciado por pessoas que convivem com a família, como vizinhos e parentes, ao conselho tutelar.
O projeto propõe campanhas permanentes de conscientização dos pais e o ensino dos direitos humanos no currículo escolar.
A proposta foi levada ao governo pela rede "Não bata, eduque", que reúne ONGs e entidades que defendem os direitos de crianças e jovens. Para Angélica Goulart, uma das articuladoras do movimento, é preciso acabar com a "cultura das palmadas".
"É importante que pais e mães não banalizem mais esse comportamento, que prejudica o desenvolvimento das crianças. Há outras formas de educar", afirmou.
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Nada contra a absurda proposta. Antes que alguém se ofenda; sou claro; absurda pelo seguinte viés: hoje, quem precisa agredir para se fazer ouvir; é uma pessoa agressiva e pouco competente para lidar com as dificuldades do dia a dia.

Começamos a discussão e convidamos quem dela quiser participar.
Pouca gente se interessa pela educação real e não mera instrução – mas, já temos uma ajuda de peso moral neste divertido game educacional: Ana Evechenguá – advogada ambientalista; daí uma educadora de mão cheia – bater na natureza; destruir a própria casa que nos abriga é crime tão ou mais grave do que dar umas chineladas nos filhos.

Quero ver como a maioria dos pais vai sair dessa saia justa; sem jamais partir para a ignorância. As crianças de hoje não são nem um pouco parecidas com as de ontem – e poucas pessoas se prepararam para receber estas novas safras de seres humanos; sendo criados em regime de confinamento e engorda pelo mau uso do espaço público – elas mal nasceram e já são prisioneiros do estresse crônico gerado pela neurose de competição – e, inevitavelmente, o resultado começa a aparecer:
Atualmente repetem-se diariamente as notícias sobre evasão escolar causada pelo cansaço, pelo estresse e pela doença; aumenta a cada dia a violência nas escolas e a delinqüência juvenil; nunca houve tanto consumo de drogas, bebidas alcóolicas, fumo, gravidez e aborto na adolescência; também tornou-se corriqueira a luta entre gangues rivais; e já é comum a depressão, o pânico e o suicídio de crianças e adolescentes. E, em todos os lugares e, a todo momento, pais e professores reclamam que perderam o controle. “Que não podem mais com a vida deles”...



Em todas as camadas da população; pais e filhos se entendem cada vez menos e ninguém tem tempo para ninguém.

Discutir palmadas, beliscões e outras agressões perpetradas pelas famílias é saudável; mas, não resolve as questões principais:
O que é ser um bom pai? O que é ser uma boa mãe? Quais as qualidades de um bom pai? E de uma boa mãe? E, o que é ser um bom filho?
Quantos de nós que hoje nos achamos bons pais e mães e até bons educadores constataremos, dia menos dia, nossa pouca capacidade e falta de qualidade para essa tarefa. Quando pensamos estar ajudando, atrapalhamos; quando imaginamos evitar sofrimento; criamos o sofrer futuro.
Quanto mais facilidades oferecemos neste momento, mais dificuldades criamos para eles no futuro próximo ou distante.
Será que viver é estar permanentemente se educando?
A vida em si, não será um fato educativo?
A principal tarefa dos pais com relação aos filhos é com certeza ajudar ativa e efetivamente a educá-los para a vida. O problema maior é que a maioria dos pais ainda são analfabetos no aprender com a vida. Pouco maduros desistem de aprender e de ensinar. Daí terceirizaram os filhos, atiraram todas as responsabilidades formativas no ombro dos professores das escolas, cuja função principal é a de informar.

Esperamos que esse assunto renda boas discussões e dê pano para muitas mangas.
Mas, que vai ser engraçado; vai – assistir a um catatauzinho apontando para o pai e a mãe: vou acionar a ECA – se você me bater ou colocar de castigo vai para a cadeia – Não mexa comigo sou di menor! – Ou um vizinho que não vai com sua cara usando o disk denúncia só prá te atormentar.

Leis para que sejam realmente boas devem vir acompanhadas de dispositivos auxiliares e complementares para que possam ser devidamente aplicados.
Castigos físicos nunca educaram ninguém, ao contrário – Mas, quem garante que criminalizá-los vai melhorar a qualidade da educação?

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