terça-feira, 12 de outubro de 2010

CRIANÇAS NÃO SÃO DESCARTÁVEIS




Fomos contaminados pela cultura das convenções – hoje não é dia das crianças; dia das crianças é todo santo dia; um após o outro, indefinidamente.

Criança não quer brinquedo – criança quer brincar!

Brinquedo é descartável pelo da moda; do dia seguinte...

O conceito descartável é natural, ético, simples, eficiente.
O fluir da vida usa e descarta tudo que seja preciso, da forma necessária.

Qual a mágica?
É simples, a natureza não emite julgamentos.
Não protege nem abandona, apenas sustenta, dá recursos.
Não se compromete, simplesmente porque nunca meteu o bedelho onde não foi chamada.
Ela é simples, prática, eficiente, honesta: amorosa.
Devemos copiá-la, simples e ricamente.

É vero; vivemos na era das coisas descartáveis.
No entanto, não sejamos simplórios; as pessoas que cruzam nossos caminhos não são mais descartáveis.
Os problemas ou as lições delas também não.
Fazemos parte da vida dessas pessoas e elas fazem parte da nossa; a alegria e os problemas delas acabam sendo nossos quer queiramos ou não.
A recíproca também é verdadeira.

Qual seria o motivo pelo qual não podemos copiar a natureza ao pé da letra?
Não a copiamos antes; daí, nós criamos compromissos.
A não interferência ou paz gera liberdade.
A interferência planejada, ou não, cria compromissos alegres e felizes ou tristes e sofridos.
Uns podem ser descartados outros não.
Na interferência que felicita ambos estão livres, se alegram e se amam.
Na outra, os que se sentem prejudicados sem imantam aos que geraram tal tipo de relação; e as pessoas não se liberam; até que um dia essa sintonia seja transformada e, renasça de forma diferente: mal querer, que se transforma em amor.

Quando pretendemos separar o que é nosso do que é dos outros; estamos falando das coisas que são inúteis; que não produzem bons frutos no respeito ás crianças: as paranóias; o separatismo gerado pela falta de qualidade humana; a irresponsabilidade com relação aos compromissos da maternidade ou da paternidade; o medo das crianças abandonadas ao crime; a preguiça em ajudar; o orgulho de ser vencedor através da aparência das crianças; a intolerância, etc. Não se trata de nos eximirmos dos compromissos e dos comprometimentos íntimos e sociais; mas sim; de assumirmos a responsabilidade pessoal e coletiva.

Benditas sejam todas as crianças; de todas as idades; de todas as cores; de todos os amores.
Sejam filhos do sangue ou do coração; nosso ou dos outros – frutos do nosso amor ou não.

Bendita seja toda alma que se mantêm criança, dia após dia, século, após século.

Piedade para aqueles que querem; e estão; encurtando a infância das nossas crianças.

“Olhos nos olhos quero ver o que você diz”...

Pai mãe:

Preste atenção naquele olhar pidão: quero brincar...

Não quero presente; quero que você esteja presente...

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