domingo, 7 de março de 2010

VAI UM CANCERZINHO BÁSICO AÍ?

A DOENÇA MENTAL – EMOCIONAL NA CRIANÇA

Se levarmos o conceito ao pé da letra; as crianças desta dimensão da vida ainda são doentes em potencial; ao analisarmos a doença sob seus múltiplos aspectos - embora nem todas estejam num determinado momento expressando-se doentes.

Somos seres multidimensionais (como todas as coisas, o homem tem uma parte de si polarizada nesta terceira dimensão ou física, e outra parte de si situa-se em planos extrafísicos), é uma unidade constituída por um corpo físico, um corpo mental/emocional e um corpo espiritual; portanto nossas doenças também conjugam fatores físicos e extra/físicos.
Porque a maioria de nós tem o foco da atenção direcionado apenas para o mundo físico e para as sensações orgânicas, é comum e natural: que só se perceba; se valorize; e se busque curar as doenças objetivas ou físicas; ignorando-se pelas mais variadas motivações as doenças extra/físicas ou subjetivas.

Buscamos criar um mundo de nirvana sem doenças, dores e sofrimentos; isso é um sonho de todos; porém se quisermos acelerar a conquista de um mundo melhor, é necessário reformular nossos conceitos de saúde, de doença e de cura.

A doença tem origem nos desequilíbrios do pensar/sentir/agir reforçados pelas influências do meio (educação e cultura); desse modo, tanto é doença uma gastrite ou uma gripe; quanto um medo mórbido; gula; inveja; mentira; o orgulho; agressividade; conduta viciosa; sociopatia de apropriar-se do bem comum, etc.

Esquecer que há doenças do corpo, da mente e da alma é buscar de forma voluntária a dor, o sofrer tanto em nós quanto nos que nos cercam. Por esse motivo, aumenta de forma acelerada o número de pessoas desajustadas e não adaptadas aos dias de hoje; muitas vezes, por pura preguiça própria e dos em torno (família, educadores, sociedade).
Em se tratando de crianças, para bem desempenharmos nossa tarefa de pais e de mães é necessário dar a mesma atenção a uma tendência à mentira compulsiva ou a um medo mórbido de uma criança; quanto nós costumamos dar a uma amigdalite; pneumonia.

A nosso ver, as doenças da alma são tão ou mais graves que as do corpo. Nossos interesses egoístas e nossa preguiça são o pai e a mãe da nossa visão imediatista, que não nos deixa ver com clareza que a dor moral da preocupação de ver um filho submetido a um tratamento cirúrgico de uma apendicite, por exemplo; é menor e menos demorada do que ver e acompanhar a cirurgia social de um filho com tendências de agressividade ou de se apropriar dos bens alheios, preso numa cadeia ou morto. Ou então, acompanhar o desespero de um filho angustiado, depressivo, quase um morto/vivo, totalmente desmotivado para viver, sem motivo imediato aparente. Para quem ainda não viveu uma situação dessas; os que já vivenciaram alertam que a anestesia das desculpas e justificativas não a anestesia nem elimina a dor moral; como efeito rebote; até acentua; com a culpa e o remorso.

Se perguntarmos para um verdadeiro sábio qual é a origem das doenças no ser humano a resposta será “curta e grossa”:
Doença é falta de educação e de consciência.

Portanto todas as doenças são evitáveis, e a profilaxia para evitar a sensação de sofrer, é a educação; mas uma educação formativa para viver como um verdadeiro ser humano, integrado às Leis Naturais da Evolução. Todo o doente de qualquer tipo foi e, é um mal educado para viver com dignidade.
Como antigamente, é verdade que nesta geração de pais e mães a nossa educação para a vida ainda deixou muito a desejar; principalmente porque o código da vida não é ensinado nos lares nem nos bancos escolares. Mas isso, não pode ser desculpa para nossa recusa em nos auto/educarmos de forma voluntária e ativa; nunca é tarde para tirar do baú o manual.

O primeiro passo é sempre que possível, tentar mostrar à criança a legislação cósmica; usando como material inicial a lei de causa e efeito. Basta sinalizar onde e quando escolheu mal; mostrar a ela um conjunto causa/efeito de suas atitudes para que aos poucos vá percebendo suas tendências de reagir e agir; usando a inteligência e a meditação como fator moderador de seus impulsos inatos.

A doença mental/emocional na criança

A intenção neste bate papo não é a de estudar de forma acadêmica as doenças mentais na infância e juventude; mas é a de alertar para a atenção que deve ser dada à criança como um todo, como um ser integral.

A doença física apavora os familiares.

Exemplo: se for diagnosticada uma pneumonia os pais se apavoram e mobilizam toda a família com cuidados - já a doença mental é capaz apenas de mobilizar o sentimento de dó, de pena.
Isso se dá em virtude da visão de mundo das pessoas comuns; ainda polarizada apenas em tudo que seja concreto ou que gere a sensação de prazer ou de dor. Para a maioria, uma pneumonia ou uma amigdalite é algo concreto real; já uma criança sofrendo de depressão; alergia á responsabilidade; fobia social; pânico; é algo impalpável, abstrato como se não fosse real; capaz de causar danos à existência; e até levar à morte concreta; através da somatização com lesão em algum importante órgão do corpo físico; ou até ao suicídio infantil (problema em alta no mundo todo).

Preste atenção; nas conversas das outras pessoas sobre doenças - certamente você já ouviu algo parecido: “Você viu a filha de fulano, quase morreu de pneumonia, que perigo! - É eu morro de medo de que meus filhos peguem tais doenças! - Mas, mudando de assunto; você viu que o filho de beltrano está sofrendo de depressão? - Eu sempre achei que ele era meio estranho mesmo - Que frescura; criança com depressão! - Deus me perdoe! Mas eu acho que esse tipo de doença é preguiça que se resolve com um castigo ou com umas boas palmadas...”

As pessoas também costumam perceber a doença mental ou distúrbios das emoções somente quando esta envolve distúrbios do comportamento rotulados e aceitos pela maioria como normais - comportamentos que são capazes de tirar o sossego de ver a novela com tranqüilidade; assistir ao jogo de futebol.

Retornando à conversa anterior:
- Desculpe o papo está muito bom; mas, eu preciso ir logo para casa para guardar uma série de objetos; pois, vou receber a visita de parentes cujo filho é um endiabrado; “capetinha” que mexe em tudo; que não pára quieto um segundo; que parece que tem ‘bicho-carpinteiro”; também com aquela mãe preguiçosa que só sabe dizer: - Filhinho, não mexe aí! - A tia não vai gostar! - Não pode fazer isso ou aquilo. Mas ela não toma nenhum tipo de atitude; Ah! Se fosse comigo; se fosse meu filho; levaria umas boas palmadas ou um beliscão bem dado; e queria ver se ele tomava jeito ou não...
Para muitas pessoas a instabilidade psicomotora ou síndrome hipercinética é mera falta de educação social...

Se a educação fosse orientada para a vida, a maior parte de nossos problemas como adultos teriam sido evitados; ou não assumiriam proporções capazes de nos tirar a qualidade de vida.

Vamos enumerar alguns itens e apresentar alguns exemplos.

NA SAÚDE

Essa criança vive doente!

Não fomos treinados a observar as tendências de adoecer inatas da criança; diferenciando-as das que se originam dos hábitos; do estilo de vida; vícios; e da sua personalidade.
Segundo a visão de mundo com que fomos educados é como se uma coisa não tivesse nada a ver com a outra. A credulidade com relação ás explicações da ciência oficial sobre as origens e causas das doenças; bem como o que se refere aos tratamentos e ás curas; faz parte de uma complexa rede de interesses repassados de geração a geração.
Para alguns é interessante que as pessoas continuem eternamente acreditando em sorte, azar, destino, milagre, etc. Até alguns anos era possível conviver com essa forma de gerir a saúde sem tantas encrencas; mas daqui em diante esses pequenos descuidos somados geram a problemática das doenças crônicas intratáveis, que surgem cada vez mais cedo e se tornam a cada dia mais graves. Diabetes, rinites, sinusites, asma, bronquite, hipertensão, câncer, displasias, gastrites, etc. Caso continuemos vivendo sob a ação desses paradigmas e com a aceleração do momento, nossas crianças estão sob grave risco, pois a precocidade não tem filtro.

NOS HÁBITOS

Essa criança não come nada!
Meu filho não sente prazer em comer!

Os hábitos são transmitidos de geração a outra sem muito; ou quase nenhum; senso crítico. O que antes eram considerados bons hábitos hoje são considerados como daninhos e até perigosos.

Esse menino é bom de boca! Come bem e quer comer a toda hora! “Se ele quer comer eu dou: afinal, quanto mais se come, mais saúde se tem”! - “Se você comer tudo vai ganhar aquela sobremesa gostosa” - Pequenos e saborosos descuidos a criar um futuro obeso, diabético ou glutão.

“Deixa ele experimentar! - Só um golezinho não faz mal!”...
Pequenos descuidos a criar viciados em refrigerantes, estimulantes e alcoólatras...
“Ao menos enquanto assiste TV dá sossego!” - Com essa idade ele já domina o videogame como ninguém!”- Pequenos descuidos a criar futuros insones, desmemoriados, míopes, sedentários, etc.

NO COMPORTAMENTO

Certos distúrbios do comportamento podiam ser prevenidos; se houvesse mais atenção dos adultos quanto aos sinais que a criança envia ao meio ambiente.
Os que nos interessa não se tratam de posturas de etiqueta ou de condutas culturais; pois os padrões de boa ou má educação variam até certo ponto no tempo e no espaço – comportamentos adequados ou não podem ser aprendidos – mas, não custa nada prestar atenção aos que a criança já traz como impulsos e tendências; pois esses são os mais difíceis de serem modificados. Sociopatas que destroem o bem comum e atrasam o progresso de nações inteiras seriam “vacinados” com uma educação ética.

- “Esconde essas coisas que fulano vem aí”. Crianças que não param um segundo; que mexem em tudo; que invadem sem cerimônia o espaço dos outros e nem sempre são hiperativos, ás vezes, apenas copiam a conduta dos pais já camuflada pelo verniz social.
- “Não suporto o choro dessa criança”. - Futuro chorão, inseguro, chantagista das lágrimas, depressivo.
- “Que garganta, como berra essa criatura”. Num futuro não muito distante: “Aqui tem um chefe que é um carrasco, todo mundo adoraria vê-lo morto ou com uma doença daquelas!”. “Que sujeito grosso, estúpido”...
- Nossa sua filha já está com outro? - Ah! - Essa juventude de hoje é assim mesmo eles não querem compromisso sério! E acho até que eles é que estão certos. Alguns anos depois: Fulana, sua filha já mudou de analista outra vez? - Coitada ninguém acerta com o problema dela.
- É relativamente comum que algumas crianças para que recebam atenção reforcem comportamentos estranhos, negativos e desobedientes. Nem sempre elas têm problemas, muitas vezes, o desajuste está na relação familiar.
- Meu filho, agora deu para mentir! – É fácil anotar quando mentir de forma sistemática é uma doença da alma ou quem ele está copiando. Não percebemos que mentimos o tempo todo; especialmente para nós mesmos – Esse é um dos efeitos colaterais do tipo de educação que insistimos em conservar.

NA AFETIVIDADE

- “Ela é muito ciumenta, não divide nada com ninguém” - Anos depois: “Viver com você é um inferno, estou indo embora”... (Fulana, o marido largou dela).
- “Que criança brava, não suporta ser tocada, abraçada, beijada”. No futuro: “Fulano não tem sorte nos seus romances, coitado”.

NAS TENDÊNCIAS EMOCIONAIS

“Essa criança tem medo até da própria sombra”.

Sem perceber alguém diagnosticou um surto futuro de síndrome do pânico.
“Esse bebê tem um ar triste”. Com mais atenção haveria um depressivo a menos.
“É uma criança ao mesmo tempo meiga e carinhosa, mas que tem mania de arranhar e de puxar os cabelos”. No adulto isso recebe o diagnóstico de transtorno bipolar; que pode evoluir para a agressividade seguida de violência contra o outro ou contra si mesmo (especialmente as doenças auto – imunes).

A ansiedade chegou aí e parou.

“Nunca vi criança tão ansiosa, até engasga e fica roxa com o choro”. – Vou levá-la ao médico. Crianças inquietas, impacientes e com distúrbios da ansiedade devem ser preservadas de estímulos intensos e persistentes; não necessariamente medicadas.

NA VIDA SOCIAL

“Cuidado que lá vem o terror, essa criança bate em todo mundo”.

“Fulano perdeu a cabeça e cometeu esse desatino, está respondendo a processo”.

A criança que vira e mexe é pega colando nas provas; poderá ser o cientista que falseia resultados de pesquisas; e outros congêneres.

NA QUALIDADE DE VIDA

Essas crianças de hoje são ligadas no duzentos e vinte!

“Essa criança é demais, tem energia para dar e vender; não sei como consegue dar conta de tanta coisa ao mesmo tempo”. - “Fulano? Travou está com estresse agudo, não consegue fazer mais nada”
“Que criança linda: gorda e grande”. - “Está indo ao psicólogo, pois os malvados dos amigos a chamam de trubuzu, balofa...”
“Ela engorda fácil, mas também emagrece logo”. - “Que pena um rosto tão bonito e um corpo todo cheio de estrias”...

Por hoje chega; para não cansar os amigos.

Apenas para ilustrar como somos descuidados e preguiçosos.
Todos nós cansamos de dizer e ouvir:
“Seria tão bom que as crianças viessem com manual de instrução!”.
O pior, é que elas trazem; elas são o próprio manual de instrução – inscrito no seu DNA que se manifestam através de tendências, posturas, comportamentos, etc.

Alguém já leu o seu? – Mesmo que seus pais e educadores não o tenham feito em tempo hábil. Claro que o estrago já está feito; mas, que pode ser diminuído isso pode.
Melhor não deixar para ser resolvido no futuro o que pode ser feito hoje.

Revivendo o saudoso amigo da onça:
O Amigo da Onça
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
O Amigo da Onça é um personagem criado por Péricles de Andrade Maranhão (14 de agosto de 1924 - 31 de dezembro de 1961) e publicado pela primeira vez na revista O Cruzeiro em 23 de outubro de 1943.
Satírico, irônico e crítico de costumes, o Amigo da Onça aparece em diversas ocasiões desmascarando seus interlocutores ou colocando-os nas mais embaraçosas situações.
[editar] A criação
O famoso personagem foi criado pelo cartunista pernambucano Péricles de Andrade Maranhão, em 1943, e publicado de 23 de outubro de 1943 a 3 de fevereiro de 1962. Os diretores da revista O Cruzeiro queriam criar um personagem fixo e já tinham até o nome, adaptado de uma famosa anedota.
“ Dois caçadores conversam em seu acampamento:
— O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
— Ora, dava um tiro nela.
— Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
— Bom, então eu matava ela com meu facão.
— E se você estivesse sem o facão?
— Apanhava um pedaço de pau.
— E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
— Subiria na árvore mais próxima!
— E se não tivesse nenhuma árvore?
— Sairia correndo.
— E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
— Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça? ”

Após a morte do autor, em 1962, o personagem continuou sendo publicado, desenhado pelo cartunista Carlos Estevão, até 1972[1].
Vamos bancar o amigo da onça cósmico:
Dois amigos estavam conversando num dos botecos da vida antes de ir prá casa:
- E se um dia, a vida te der apenas duas opções: Quer um câncer ou uma depressão profunda?
- Claro que quero o câncer; pois, hoje, na maior parte dos casos, ele tem cura!
- E se os que acreditam que a vida continua tiverem razão?
- Vamos morrer mesmo, a qualquer hora e momento – então; não será melhor chegar do lado de lá com a cabecinha boa? - ao invés de estragada ou inútil?
- Que papo mais chato! – Vamos mudar de assunto! – Afinal nós viemos aqui prá nos divertir ou prá filosofar?
E se fosse você?
Escolheria um câncerzinho básico ou tornar-se um morto em vida com direito a continuar como tal?

Livros Publicados

Livros Publicados
Não ensine a criança a adoecer

Pequenos descuidos, grandes problemas

Pequenos descuidos, grandes problemas

Quem ama cuida

Quem ama cuida

Chegando à casa espírita

Chegando à casa espírita

Saúde ou doença, a escolha é sua

Saúde ou doença, a escolha é sua

A reforma íntima começa no berço

A reforma íntima começa no berço

Educar para um mundo novo

Educar para um mundo novo