quinta-feira, 13 de agosto de 2009

"CARA DE PAISAGEM"

PENA QUE OS POLÍTICOS DA ATUALIDADE NÃO IRÃO LER.

CARA DE PAISAGEM

Uma amiga pediu para explicar o fazer “cara de paisagem” do bate papo anterior.
Nossa língua embora seja complexa e termine por travar alguns desenvolvimentos psíquicos e tecnológicos; sofistica o estudo das emoções e da afetividade; algumas linguagens são mais práticas; mas a nossa é muito rica em criatividade; pena que esteja sendo empobrecida pelos “manos” e congêneres...
Fazer “cara de paisagem”!
Ouvi isso da “minha molecada” tempos atrás e, me encantei pelas possibilidades de conteúdo; daí, eu passei a prestar atenção na nossa fisionomia frente a várias situações; tanto as que magoam de pronto, como as críticas e as tentativas de domínio; quanto as puxasaquices e os elogios constrangedores; sem perder tempo nem grana; apenas usando o laboratório do cotidiano para diferenciar os muitos tipos de caras que fazemos com mímica ou sem mímica, frente ás ocorrências do dia a dia. Isso tem me ajudado muito no consultório; pois, por incrível que pareça muita gente na tentativa de fazer “cara de paisagem” para as cobranças da lei de causa e efeito; se dá mal, ao fazer cara de “não to nem aí”; são parecidas na mímica; mas, completamente diferentes no conteúdo; e pior: nos resultados.
“Cara de paisagem”, acima de uma expressão facial; é uma atitude mental, emocional e afetiva voluntária e responsável que exige discernimento e inteligência. Difere da atitude “não estou nem aí” – essa sugere: dane-se; é problema meu ou seu.
Outro diagnóstico diferencial da “cara de paisagem” é a “cara de pau” cujos maiores especialistas estão em torno do poder político e jurídico; é a intenção com que mostramos nossa cara aos outros, com mais ou menos maquiagem; ás vezes uma ajuda de maquiagem é bem vinda; noutras nos “emputece” com duplo e até triplo sentido...
Na nossa língua mutante e sempre em evolução: a “cara de babaca”; “cara de cabaço”; “cara de oligóide”; “cara de poste”, etc. Elas foram indevidamente substituídas e mais ou menos englobadas pela “cara de barbie”; pois, se os especialistas (não é meu caso) prestarem atenção – cada uma dessas caras é única; e merecem mais estudo dos lingüísticos (nada a vê com falar mal dos outros); isso é assunto para outros bate papos.

Mas, como conseguir uma bela cara de paisagem em certos momentos?

Analisando o passado e o presente; concluí que algumas pessoas já nascem com “cara de paisagem” e a modulam sem esforço; são os puros de coração a que se referiu Jesus.
Exemplo, eu tive (melhor continuo tendo), uma amiga de faculdade que era o protótipo da “cara de paisagem”; entre alegrias e tristezas; sua “cara” era sempre a mesma; nada a ver com oligóide nem loirice; se você trouxesse a ela uma alegria ou uma maledicência ela continuava na dela, sem esparramo; ás vezes jogava dúvidas atrozes para você resolver sem perder o vervain nem o feeling – Mas, como ninguém é perfeito; de repente, estávamos no elevador no hospital; a pé no caminho para casa depois das aulas; de repente, ela começava a rir (sua risada era em lá maior; daí, não dava para ser ignorar) – O que foi (A)? Qual a graça? – A piada? – Que piada? Ninguém disse nenhuma piada! – Aquela! – Enfim, era uma piada amanhecida, e bem amanhecida (2 ou 3 dias atrás), mas a ficha tinha caído no momento – Ela nem se abalava quando eu dizia que ela tinha 2 neurônios numa rede de sinapses neurológicas: um mexicano que punha o sombrero para esconder a claridade e outro baiano que vivia deitado na rede dos outros neurônios; ela, simplesmente fazia “cara de paisagem” e continuava sendo ela mesma (graças a Deus).
A maior parte de nós vai ter que aprender a fazer “cara de paisagem” frente a situações em que nosso desejo era enforcar o interlocutor ou o cara que está atazanando nossa vida.

Desculpe amiga; mas como um índigo cansado (meu DDA assumiu).

Resumindo (pois, isso daria um belo livro – quem se atreve a escrevê-lo?):

Para a maioria de nós que ainda não atingimos a condição dos simples e puros de coração (intenção automatizada no bem querer) - Fazer “cara de paisagem” é uma atitude voluntária, que exige muito esforço, estudo, humildade: AMOR.

Beijo amiga, estendido a todos meus parceiros de dúvidas na arte de viver bem...

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