domingo, 19 de junho de 2011

DÉFICIT DE ATENÇÃO – HIPERATIVIDADE - EXCESSO DE LIMITES



Excesso de limites?

Graças ás últimas gerações de adultos da vida contemporânea; as crianças estão sendo criadas em regime de confinamento e de engorda; e não apenas nos grandes centros urbanos. Em todos os locais o espaço público está encolhendo rapidamente dando lugar aos interesses privados.
Não bastasse isso; as crianças da atualidade recebem rótulos psiquiátricos e de comportamento quando a família e a escola não conseguem dar conta do recado de enquadrá-la no sistema.

Na atualidade o conjunto de regras e de limites das famílias sofre forte influência do estilo de vida neurótico que predomina; que exige dos pais uma carga de trabalho exagerada e cria a figura dos pais ausentes em presença física (é preciso não confundir; pois alguns pais mesmo estando muito tempo com a criança não participam de sua vida e não suprem as suas necessidades afetivas e de atenção). Muitos tentam compensar a ausência com a permissão para quebrar regras como prêmio ultrapassando o horário de comer, de ir dormir, dos tipos de programas de TV, etc.

Para compensar a ausência, os pais quebram regras do que é ou não possível; tentando manter através desse suborno, um vínculo afetivo; apenas evitando a todo custo que as leis da casa os obriguem a negar os pedidos da criança. A crueldade: o pior e mais letal suborno afetivo é através das guloseimas – a obesidade, que na hipocrisia do “politicamente correto” foi transformada em sobrepeso já detona com a qualidade de vida de grande parte das crianças, para sempre. Além disso; o diabetes insidioso e cruel feito urubu sobrevoa a cabeça das crianças...

Misturar o dever de cumprir as regras familiares com afetividade é um grande problema dos pais descuidados e despreparados.
A criança só cumpre numa boa as regras que lhe interessam as outras que contrariam seus interesses mais imediatos são normalmente encaradas como castigo ou falta de amor dos pais para com elas.
Sem perceber o estrago futuro, eles em certos momentos para parecerem bonzinhos ou amorosos permitem que a criança quebre as normas e as regras de convivência familiar, logo o processo descamba para o relaxo ou vira um toma lá dá cá, se você me der um beijo não precisa cumprir tal obrigação. Se você fizer isso te permito aquilo...

O problema torna-se cada vez mais complexo e perigoso, pois:
Principalmente nas grandes cidades o espaço ficou pequeno para crianças com tanto potencial e energia.
O progresso tecnológico levou as pessoas a entupir as casas de aparelhos eletrônicos que a criança pode quebrar; a casa deve ficar arrumada e cheia de enfeites que “atiçam as lombrigas” delas para mexer onde não pode, onde é proibido.
Muitas, a primeira palavra que aprendem a dizer é: não, não pode; ou balançando o dedinho (o que os adultos acham uma graçinha). Até boa parte dos brinquedos é tão sofisticado e caro que a criança não pode brincar com eles; apenas ficar olhando, ou passam a tornarem-se objetos de decoração do quarto ou para despertar a inveja nos amigos.

Após ouvir dezenas de nãos sem nenhum conteúdo lógico durante cada dia a infância inteira; logo o não perde todo o seu significado. Não e sim se tornam a mesma coisa dependendo dos interesses do momento.

Passamos também a acreditar piamente que o mundo está ficando cada vez mais violento e as crianças passaram a sofrer mais limitações ainda.

Solução?
É preciso que os adultos se ponham no lugar das crianças (empatia).
Cada família deve estudar uma forma de reduzir alguns limites inúteis dentro das possibilidades de cada grupo. Basta apenas boa vontade de eliminar determinadas neuras que às vezes já vem rolando de pais para filhos através da educação tradicional.
A criança deve ter seu espaço, no qual tenha seus próprios limites ou poucos limites.
Todas as limitações que forem impostas devem ser lógicas e claras para que seja possível radicalizar: sim, sim; não, não.
Sair da ditadura pouco inteligente para a permissividade é um passo para os descuidados...

A população deve cobrar dos governantes que proporcionem mais espaço público utilizável; e conservá-lo.

Evidente que cada caso é um caso.
Mas encarcerar a criança numa camisa de força química para enquadrá-la no sistema é menos cruel que a antiga lobotomia?
Não é problema seu?
Breve vai ser – interagimos - não vivemos em bolhas...

O momento atual exige de todos nós uma revisão no estilo de vida.

Livros Publicados

Livros Publicados
Não ensine a criança a adoecer

Pequenos descuidos, grandes problemas

Pequenos descuidos, grandes problemas

Quem ama cuida

Quem ama cuida

Chegando à casa espírita

Chegando à casa espírita

Saúde ou doença, a escolha é sua

Saúde ou doença, a escolha é sua

A reforma íntima começa no berço

A reforma íntima começa no berço

Educar para um mundo novo

Educar para um mundo novo