sábado, 15 de maio de 2010

ANSIEDADE - FLUXOS E REFLUXOS

Especialmente no alucinante ritmo do estilo de vida atual, temos cada vez mais dificuldade em separar realidade de ilusão; situações concretas das imaginárias. Nossa mente está inquieta e perdendo a conexão; daí, quem paga o pato é o corpo físico, inevitavelmente.
Numa pessoa relativamente equilibrada o diálogo íntimo entre instintos, razão e emoções, flui naturalmente.
A mente é a natural mediadora do processo e quando ela está com problemas é lógico que haja descontrole e doença.

Na atualidade duas emoções saíram de controle: Ansiedade e Medo.

Hoje vamos nos deter na ansiedade doentia e alguns distúrbios cada dia mais comuns no corpo físico; nos quais sua participação é decisiva: Aerofagia - a ansiedade nos levou rapidamente a uma respiração curta e superficial; daí, durante a fala mais ar vai ao aparelho digestivo do que ao pulmão. Em conseqüência disso, estamos arrotando muito mais do que o habitual (antes era só dieta errada que conduzia á fermentação) – algumas pessoas vivem um problema angustiante, pois emitem pequenos arrotos durante a fala; e isso, as deixa constrangidas e mais ansiosas levando a uma perda significativa da qualidade de vida. As evacuações estão ficando incompletas; pois, no intestino entre as partes de bolo fecal ficam áreas com ar; ao sair a primeira parte das fezes, até que saia o ar a vontade foi embora; e a pessoa fica com a desagradável sensação de mal estar abdominal.

Um sério problema é que o arroto é uma forma de refluxo; pois, o ar que retorna do estômago vem com resíduos de ácido clorídrico; e do estômago para cima as células de revestimento não estavam preparadas para isso – desse modo, hoje convivemos com processos inflamatórios crônicos, em muitas pessoas, ainda assintomáticos: esofagite; laringite; faringite; dor de ouvido recorrente e otite média (era ocorrência comum na infância devido ao aumento das amígdalas que terminavam por obstruir a saída da tuba auditiva que faz a drenagem das secreções produzidas pelas células de revestimento do ouvido médio – a alta incidência em adultos hoje se deve ao problema da faringite crônica cujas células hipertrofiadas fazem o papel da amígdala ao impedir a drenagem); rinite e sinusite (antes desse evento eram causadas apenas pelas alergias).
Nesse contexto, o perigo maior é a esofagite crônica capaz de levar a um aumento dos casos de câncer na região; pois, todo processo inflamatório crônico é um terreno muito favorável para tal acontecimento.

A tendência é que os processos sejam agravados com os tratamentos; pois, ao invés de atuar nas causas básicas para resolver de vez os problemas; ainda bloqueamos as defesas do organismo: tosse, coriza, espirros, muco, com remédios.

Mas, o que é Ansiedade doentia; uma das matérias primas desses problemas?

Ansiedade é imaginação.

Ansiedade é uma fantasia ameaçadora sobre o futuro, nela misturam-se e convive o medo e a pressa.

Como reação à ansiedade a mente produz um tipo de excitação orgânica que gera uma produção maior de mediadores químicos da reação natural ao estresse, como catecolaminas, adrenalina, cortisol. Se não houver diálogo nem comunicação entre o corpo físico e o corpo mental/emocional, o organismo vai se preparar para reagir a um acontecimento que nem sempre faz parte da realidade. A luta contra uma ilusão ou um fruto da imaginação é capaz de produzir: diarréia, suor excessivo, aceleração dos batimentos cardíacos, palpitações, sensação de calor ou calafrios, maratonas de exames, internações hospitalares, agressividade, depressão doentia, angustia existencial, pânico, enfim: a morte em vida...

Alerta máximo.

Para não apagar ou sentir-se um morto em vida:
Se o desafio a ser superado é real, a energia liberada pode ajudá-lo em determinada atividade ou colaborar para resolver a experiência em andamento; se o desafio é virtual, não há nada que possa ser feito e toda energia será descarregada nas reações orgânicas gerando os sintomas da ansiedade mórbida ou uma crise de pânico. A mesma situação pode ocorrer quando o desafio é concreto, mas, existe recusa em enfrentá-lo como uma experiência a ser dominada; e pior, é quando, o indivíduo soma a tudo isso, expectativas catastróficas e previsões de acontecimentos ou desdobramentos futuros carregados de sofrer.

Não ser capaz de separar a realidade da imaginação pode ser catastrófico na vida, portanto inicie logo um treinamento para capacitá-lo a identificar fantasias, ilusões e expectativas. E integre essa capacidade ao circuito da comunicação interna entre os vários corpos. Intensifique e use o recurso do diálogo íntimo para não correr riscos inúteis. Pois nem sempre, após ter identificado uma situação causadora de mal estar ou angustia como sendo uma fantasia, você estará capacitado a interromper o processo.

Exercício.

Para conseguir quebrar o circuito um recurso simples, é fixar-se no corpo físico. Feche os olhos, respire fundo e focalize sua consciência na sua respiração, no seu corpo, com isso, o contato com a ameaça é rompido, e você recupera o contato com a realidade em andamento; repita o processo; até que consiga serenar-se e voltar á realidade.

Não se desgaste nem perca tempo e energia com censuras às manifestações provocadas pela ansiedade gerada pela fantasia. E não se preocupe em tentar esconder dos outros os sintomas, evite preocupar-se sobre o que vão pensar de você; pois com isso, ficará constrangido e aumentará as secreções orgânicas e o mal estar.

Dica.

Se tiver vontade de chorar: chore. Em certos momentos chorar faz bem.

Solução?

Temporária: uso de medicamentos, evitando na medida do possível os remédios químicos. Isso vale tanto para os efeitos da ansiedade mórbida quanto para a própria; que pode ser considerado um distúrbio da personalidade e, personalidade não se constrói nem desconstrói com remédios; mas, com esforço e conhecimento de nós mesmos.
Planeje usar remédios pelo tempo mais curto possível; pois, as recaídas serão cada vez mais rápidas

Definitiva:
Reforma da personalidade – mudança de hábitos – aprenda a fazer uma coisa de cada vez – viva um dia após o outro – não invente problemas e aprenda a separar os seus dos das outras pessoas – planeje sua vida – não faça tarefa dos outros.

Ferramentas auxiliares: aprender a meditar para acalmar a mente (invente o seu jeito) – reaprender a respirar – atividade física regular – evitar os alimentos que fermentam e os excitantes – criar uma rotina para evacuar.

Dicas práticas:
Faça fisioterapia para desobstruir a tuba auditiva – encha bexiga (10x) uma vez ao dia.
Nas fases de acúmulo de gases faça um chá com erva doce (1colher de chá) e algumas raspas de noz noscada; para 1 copo de água; assim que levantar fervura, desligue, abafe e tome aos poucos.
Lave os olhos e o nariz várias vezes ao dia.

Acima de tudo não acredite em curas milagrosas com remédios – faça seu próprio milagre – cure-se; que até o planeta agradece.

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