sexta-feira, 21 de maio de 2010

PULA TOTÓ!!!

Há ou deveria haver significativas diferenças entre educar uma criança e adestrar um cão.

Deveria.

Recomendam os entendidos em adestramento dos totós que a educação do filhote deve começar por volta dos 2 meses de idade.

Quando começar a educar uma criança?
Diz o bom senso que até antes da gestação.
O problema não é tanto a educação da criança em si; mas, a reeducação dos pais.
Até as pessoas que detém alguma capacidade em se tratando de inteligência cognitiva, afetiva e emocional não se preparam; mesmo sendo dotadas de pedigree cultural - A maioria teima em transferir a educação dos filhotes para educadores profissionais (treinadores/adestradores).

Segundo preconizam os adestradores na fase de educação básica do animal não há primeira, segunda ou terceira lição; o treinamento deve ser constante no dia a dia.

Assim como papagaios não adestram cães; pais que só discursam ou gritam também não educam crianças.

Neste bate papo vamos usar algumas etapas do treinamento de cães como linha de raciocínio nada crítico; apenas comparativo (ainda não tomei vacina contra raiva).

Na aprendizagem do certo e do Errado
As semelhanças são inevitáveis – o filhote de totó é como uma criança – é preciso ensinar desde cedo a diferença entre o certo e o errado senão ele cresce mal educado como os de rua; e daí o bicho pega na periferia.
O segredo é repreender na hora certa e elogiar sempre que faz a coisa certa.
Uma dica dos instrutores: quando elogiar seu cão mostre entusiasmo e o contato físico deve acompanhar as palavras.
Esse é um dos grandes erros no treinamento de humanos; boa parte dos pais se especializa em cobrar dos filhos ou compará-lo com os irmãos.
Nem sempre os elogios vêm acompanhados de carícias; especialmente se estiver saudável; já quando está dodói é beijinhos e afagos prá todo lado.
Se precisar repreender o animalzinho, faça-o logo após o acontecimento e demonstre que não gostou. Não bata nele nem o agrida de qualquer forma; apenas olhe em seus olhos e diga – Não! – num tom bem enérgico – e se ele fizer alguma gracinha não ria; nem se desmanche em mesuras - Não é preciso gritar; apenas mostre a ele quem manda.
Na educação das crianças; algumas apanham quando os treinadores perdem a paciência ouvem 30 ou 40 NÃO PODE ao dia; mas, sem nenhum conteúdo – e depois, de algum tempo perdem a noção do que seja negação ou permissão e tornam-se a projeção humana de Marley e Eu. Observe muitas famílias; quem manda? É o filhote.
Dormindo no local correto
Na instrução do animal é preciso treiná-lo a dormir, descansar e tirar suas sonecas no lugar certo: sua caminha. Ao se acostumar ele cria um ambiente de descanso para todos. Não dê comida para os bichos á noite. Ensine-o a fazer suas necessidades fisiológicas rotineiramente antes de dormir – se morar num apto forre um local com fixo – para que não suje a casa toda.
Leve seu animal para fora e não o ponha para fora de casa.
Humanos apresentam uma incrível dificuldade para colocar seus filhotes dormindo no seu próprio espaço – e depois, se arrependem amargamente e até querem algo para dopar o bichinho.
Instituir uma rotina de necessidades fisiológicas nos humanos é mais difícil pelo uso das práticas fraldas. Quando conseguem treinar os filhotes a abandonar as fraldas para fazer suas necessidades no local correto sentem-se verdadeiros heróis.
Algumas crianças são tão mal treinadas que fazem suas necessidades nos locais mais absurdos.
As Primeiras Noites
Animais precisam de referência; quando adotar um filhote procure levar um objeto que tenha cheiro da sua mãe; um pano em que ela estiver deitada, um jornal; qualquer coisa. Nas primeiras noites o animalzinho pode estranhar, ganir, uivar – esse é o momento em que roupas velhas, brinquedos favoritos, rádio ligado, luminosidade fraca. O importante é não ceder tirando o animal de sua caixa. Conversar com ele pode; mas, com firmeza nesse primeiro confronto de vontades nas primeiras noites. Energia e carinho são requisitos básicos para que o cãozinho aprenda a dormir profundamente sentindo-se amado e seguro.
Nos humanos a referência é a mãe; mas, alguns fazem o seio materno de chupeta – alimentam-se á noite. Apenas dormem com luzes acesas. Os pais cedem e levam o filhote para seu próprio local de dormir – depois querem uma mágica para destreinar ou recondicionar os maus hábitos.
Até que idade você carregou seu famoso “cheirinho”?
Ainda dorme com TV ligada? Luz acesa?
Fazendo as necessidades no lugar correto
Filhotes têm um relógio biológico perfeito: após comer, correr, brincar. Acostume-o a fazer suas necessidades sempre no mesmo lugar. Eles são limpos por natureza; não evacuam nem urinam perto dos locais onde dormem e comem. Escolha onde será o banheiro oficial do cão, antes de começar a treiná-lo. O local deve ser de fácil acesso e limpeza; sempre que possível forre-o com jornal que pelas suas características é a fralda do bicho. Molhe uma ponta de um jornal com a urina do bicho e deixe-a sempre por cima para que através do seu odor ele a procure como referência para fazer suas necessidades. Leve-o sempre até o jornal após as refeições. Como saber? Ele começa a andar em círculos, fica inquieto e cheira o chão – é hora de levá-lo ao banheiro. Elogie sempre o bicho assim que ele terminar. Acidentes sempre são possíveis; quando ocorrer desinfete o local e tire o cheiro.
Os filhotes de humanos nos primeiros meses têm um relógio biológico perfeito – mama: evacua. Mas, a encrenca chamada fralda cria a maior confusão e depois as pessoas que seguem o treinamento do papagaio atrapalham tudo; e as crianças desaprendem o momento certo de evacuar e de fazer xixi sem que precisem receber ordens. Elas sinalizam quando querem fazer suas necessidades; o problema é os adultos perceberem e arranjarem tempo para treiná-las.
Dieta
Filhotes de cão mamam leite de cão – depois, comem o que corresponde á raça.
Comiam; hoje a praticidade da ração canina criou uma infinidade de doenças nos bichos.
Alguns donos e tratadores enchem o pote de ração e deixam 24hs por dia – hoje, os bichos apresentam doenças de humanos.
Do lado humano é pior.
Esse assunto dá pano prá muitas mangas; algumas já abordadas nos assuntos discutidos nos vários blogs que mantemos.
Mas, vale a pena ressaltar o uso do alimento como prêmio para “bom comportamento” – coisas básicas como encher a pança de arroz e feijão e depois receber de presente a tal da mistura. A sobremesa é o cúmulo do prêmio por bom comportamento por não deixar nada no pote (melhor; no prato).
Mas, a melhor cópia do treinamento dos animais; ao avesso; são as guloseimas (balas, chiclets, bolachas e os famigerados e fedidos chip) – os totós são premiados por bom comportamento e ao mostrar suas habilidades – já, as crianças recebem como prêmio as tranqueiras para ficarem quietas.
Um absurdo treinamento ao contrário.
Claro que essa raça com ou sem pedigree não poderia dar certo.
Os treinamentos de cães reforçam o lado positivo: Pula totó! (ganha um biscoitinho e um afago) – Deita totó! (ganha outro e mais carinho) – Que lindo! - Bem treinado esse seu totó! Parabéns!
Loucura total:
Os filhotes de humano recebem as guloseimas para ficarem quietos e ao invés de carinho e afago: agressões físicas, afetivas, verbais: Fica quieto! Se comporta! Vai ver quando chegar em casa!
Pegando leve:
Coitadas das crianças recebem prêmio para fazer tudo ao contrário: a vovó acabou de chegar e pede pro neto fazer tchau? – e dá-lhe guloseima para premiar a nova aquisição de treinamento...
Mães andam com a bolsa cheia de tranqueiras para eventuais emergências educacionais.
Verdade ou mentira?
Se você tem filhotes pequenos em fase de treinamento; dê um susto em você mesma; e despeje o que tem na bolsa – assuste-se; mas, sem ganir nem latir. E por favor, não se estresse para não começar a soltar pêlo.
Melhor parar por aqui; pois a comparação entre veterinários e pediatras pode nos deprimir.
Mas, por favor, não rosne nem lata para seus pais – eles o treinaram segundo as normas e os padrões...
Se nos tornamos tomba lata é nosso problema.
PULA TOTÓ!
Dá a patinha! – Vamos fazer as pazes!

Américo Canhoto: QUANDO A NORMALIDADE PASSA A ENTEDIAR

Américo Canhoto: QUANDO A NORMALIDADE PASSA A ENTEDIAR

QUANDO A NORMALIDADE PASSA A ENTEDIAR

Como uma droga, o estresse vicia...

Não agüento mais! Preciso tirar umas férias!
Na fase de perda do pique ou de depressão orgânica do estresse; todo mundo almeja ir para um lugar e descansar, relaxar. No entanto, logo depois de algumas horas ou de poucos dias longe do corre – corre, o sujeito passa a se entediar e, não vê a hora de voltar ao batente e matar dez leões ao dia; isso, quando consegue realmente se desligar durante o repouso. Abandonar os obsessores eletrônicos: celular e Internet, é um martírio. O estilo de vida atual também suga nossa vitalidade; você sai de férias e continua trabalhando á distância via celular ou Internet – parte pela falta de sensibilidade de algumas chefias nas empresas; parte pela insegurança de alguém na sua ausência desempenhar melhor do que você e tomar seu lugar.

Não vejo a hora de voltar á velha rotina!
Daí vem a pergunta: - será que estou viciado em situações que levam ao estresse?
Podemos dizer que sim; pois, na primeira fase (alarme), os hormônios liberados durante a reação de estresse, criam uma situação de aumento de criatividade e de resolução de situações fora dos antigos padrões; e, a pessoa, sem perceber, passa a buscar mais adrenalina e outros hormônios liberados nessas situações; até em momentos de lazer: esportes radicais ou perigosos, entretenimentos com elevado teor de clima de suspense, terror, etc.

Cuidado:
Férias podem dar crise de abstinência:
Baixou o nível de adrenalina soa o alarme.

Se fosse apenas isso, estava bom!
A lei da inércia que não obedecemos nem no trânsito; também pode dar cabo de nós. A chance de morte súbita; peripaque ou doença física aumenta demais nas paradas: dormir; finais de semana; feriados – e no começo das férias. Já atendi muitos pacientes que costumam dizer: Dr. Acho que fizeram macumba prá mim – é só eu sair de férias que adoeço! – Com certeza este mundo está ficando muito doido; daqui a pouco vai ter gente arrumando a profissão de personal trainer para você sair de férias em segurança.

Férias engordam?
Esse é o fim da picada; pois, em algumas situações; a vida mansa e a saída da rotina não se acompanham da diminuição da ansiedade; e então: dá-lhe comida.
Mas depois, perder esses 3 ou 4 kilinhos a mais, no mínimo, vai dar um estresse danado.

A que ponto nós chegamos:
Se nós sobrevivemos ás férias; depois alguns dias de nos adaptarmos á vida mansa (quase no fim); retornar ao trabalho pode dar deprê ou pânico; pior, se tudo estiver correndo bem por lá; e você descobrir que é facilmente substituível; daí: saí das férias e vou para a terapia.

Além do perigo de entrarmos rapidamente na última fase do estresse crônico; que é a fase de esgotamento e até na de pé na cova; nas férias ou no retorno dela; ainda há o risco de se criar dependência química nas fases de depressão energética e física no pós-estresse.
Podemos criar o hábito do doping com ou sem receita.
Quando precisamos de nos dopar com estimulantes para levar um simples e corriqueiro cotidiano; o futuro é bastante sombrio.
E como não temos botão de liga e desliga; de manhã só pegamos no tranco com a cafeína e colegas - e á noite para dormir só com droga sonífera será preciso entrar num programa de reabilitação para dependentes químicos.

Entrar em qualquer situação desse tipo que vicia é muito fácil; sair é complicado - principalmente devido a dois fatores: falta de vontade e débil honestidade de propósitos.

Me engano porque eu gosto:
Mentimos para nós mesmos; e para os outros; quando dizemos não ser capazes de sair de uma determinada situação viciosa em estresse - na verdade, adoramos a sensação da adrenalina e do medo; daí, desejamos continuar nela e mentimos, tornando a vida complicada em razão da culpa e da própria mentira que gera mais adrenalina...
Mais fácil, eficiente e simples seria admitirmos que ainda não desejo largar o vício da adrenalina a mil; e que aceito assumir as conseqüências; sem desculpas, revolta, nem chororo.

Eliminar a necessidade de vivenciar as sensações do estresse crônico exige discernimento, boa vontade e capacidade de executar. De fato, não é para qualquer um não...

Muito breve algum visionário vai ganhar dinheiro criando um programa de reabilitação para dependentes de altas taxas de adrenalina.

Parece brincadeira; mas, é sério – ficar entediado da vida normal é uma coisa; porém quando começamos a ficar entediados da vida com adrenalina a mil – estamos de partida numa viagem radical para o outro lado da vida. Será que lá tem adrenalina a mil?

Ema, ema, ema, cada um com seus probrema...
Mas:
Por favor; preservem as crianças não as viciem em adrenalina a mil.

O amigo anda entediado; quase deprê?
Pede ajuda pro teu Pai João.
Inventa novos motivos prá viver – zin fio!

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