quinta-feira, 7 de maio de 2009

CARIDADE E ESQUIZOFRENIA

A ESQUIZOFRENIA E A SOLIDARIEDADE

Confesso que estava “encucado” pela diferença gritante de mobilização da solidariedade em prol dos irmãos em sofrimento pelas enchentes no norte/nordeste; em comparação com as vítimas de Santa Catarina. De início usei a desculpa da enxurrada de pouca vergonha promovida pelos políticos carreiristas de safadeza (muitos deles com sutaque); juristas juramentados; a gripe suína – Mas, descobri que não se trata apenas disso – a dificuldade reside de fato no preconceito lenta e historicamente criado; pois quer queiramos discutir ou não o problema; o sofrimento de “barrigas verdes” é mais tocante para os do sudeste do que, o de “cabeças - chatas”. Claro que há um longo processo cultural envolvido nas manifestações “sentimentais”; para o sofrimento de uns somos mais condescendentes do que para o de outros; pois há interesses camuflados, negados; subconscientes; em jogo; para exemplificar: nesse caso; os “barriga verde”, não subirão para cá; já os “cabeça chata podem vir em massa para Sum Paulu (até engrossando a torcida dos times adversários) ou tornando-se pessoas que a simples presença deixa em alerta os cidadãos locais.
Embora o número de desabrigados nessa catástrofe (sempre anunciada); e o sofrimento seja maior do que o do sul; a atenção da mídia é desproporcional; daí a mobilização do sentimento de piedade das massas seja menos visível – Há uma explicação histórica: a condição de submissão dos “locais” aos interesses dos poderosos (políticos) que até passaram a dominar o restante do país (basta ver o número de políticos e FP de todos os tipos e posição de mando e de comando. Ora, na cabeça dos “híbridos” habitantes da região sudeste, o que já foi enviado de recursos coletivos da nação era suficiente para transformar a região num paraíso; no entanto, o que se vê é a dependência eterna de “bolsas, ajudas e esmolas” a uma população que não se emenda; mesmo a sua tão decantada fibra como valorização é um engodo; por exemplo: quem mandava no cangaço era a “Maria Bonita”; o Lampião era um arremedo...
Essas conclusões não são minhas; ontem durante meu trajeto de Metrô do Jabaquara á Sé, fiquei ouvindo; sem querer querendo; a conversa de dois jovens, tipo executivos de banco que subiram na estação Conceição – um típico nortista e o outro com todo jeito de sulista – foi cômico; se não fosse trágico ouvir a conversa dos dois a respeito de uma notícia veiculada na tevezinha do vagão a respeito dos números das vítimas das enchentes no norte/nordeste; claro que não devo alimentar os preconceitos com os conceitos pejorativos que usaram – mas, tentei resumir neste bate papo a conversa que mantiveram durante o trajeto. Mas, algumas foram impiedosas e marcantes: no kit de ajuda deve ir um estoque de pílulas anticoncepcionais; vale castração; de cada família: se morrer um sobram dez; um corrupto a menos em Brasília.
Os rapazes deviam ter entre 20 e 30 anos de idade; mas deu para perceber que o seu Deus era o $. Mas, de onde retiraram seus valores, seu código de ética? Do exemplo histórico de seus antecessores?

Estou até hoje pensando a respeito.
O que fazer?
O que é caridade?
Qual a diferença entre uma situação e outra?
Os bens materiais do nordestino são menos valiosos do que o dos sulistas?
Os filhos, os gatos, os cachorros do nordestino não são tão importantes quanto os que foram perdidos no sul?
Será que vale a pena abrir mão dos minguados reais que suamos para manter alguns dentro das suas expectativas de vida: coçar e viver de bolsa esmola? – Qual o papel da fala de alguns políticos influentes que suas mães foram heroínas sustentando a família gerada por pais bêbados, inconseqüentes?
A solução seria marchar até Brasília em paz e retirar de todos os cargos públicos os que ali se instalaram para criar privilégios?
Quem se habilita a desratizar o serviço publico?

Muitas outras questões poderiam ser levantadas.
Mas:
Com a palavra os paladinos da caridade e da solidariedade.
E aí amigo já mandou seu chequinho para a conta solidariedade de ajuda aos desabrigados da enchente? E aos da seca?
Ah! Já foi cobrado no imposto de renda, imposto sobre tudo; confins da pqp...
No entanto; as vítimas das atuais enchentes e secas clamam por você: caridoso cadê ocê; eu estou aqui sofrendo; só prá ti vê.
Cara! - Não vai levantar aquela maldita plaquinha da Gobo: “EU JÁ SABIA”...

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