quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A VÍTIMA É SEMPRE CULPADA

Para nós que adoramos posar de vítima; aceitar que todo aquele que se encontra nessa situação, sem desculpas nem justificativas, é réu da própria consciência; é muito sofrido. É como enfrentar na arena da consciência o “antagonista” das nossas escolhas; de mãos limpas, sem as armas das desculpas e justificativas.

Aprendemos e progredimos sob a ação da lei dos opostos neste universo bipolar que atualmente nos hospeda.
Como já foi bem dito: “Na lavoura da vida há tempo de plantar e de colher”; normalmente um detalhe importante é omitido: nem sempre se colhe exatamente o que se plantou; pois, para que a colheita seja boa é preciso cuidar do desenvolvimento da lavoura – plantar e não cuidar é sinônimo de desastre.

No presente as opções estão limitadas pelas conseqüências das escolhas efetuadas nos tempos passados. Ontem nós criamos as barreiras e as cercas dos limites das nossas possibilidades atuais.

Nossa evolução não é uniforme, em virtude disso, as opções e a liberdade de escolha num determinado espaço de tempo é desigual; analisando-se esse fato num contexto limitado, a lei de causa e efeito assume a aparência de um determinismo, sempre simploriamente confundido com sorte, azar ou destino.

Discernir é a arte de escolher com raciocínio, antevendo os possíveis efeitos das opções. Estamos sempre plantando alguma coisa, invariavelmente; escolher o que plantamos é necessário e bom.
Como todas as outras, essa arte apenas se desenvolve com a prática. Quem não usa o livre arbítrio de fio a pavio nunca será capaz de desenvolver a capacidade de discernir nem a sabedoria; mesmo saturado de conhecimento e teorias.

Quando o assunto é opção ou escolha uma questão a resolver é a liberdade ou não para executá-la; inserida nas possibilidades do livre – arbítrio atual.

Seres humanos necessitam aprender a interpretar a realidade:

Denomina-se livre-arbítrio, a liberdade que temos de usar o raciocínio contínuo. Denomina-se determinismo ou responsabilidade, a fatalidade sob controle do conhecimento e da boa vontade em adequar as conseqüências desencadeadas pelo uso dele às leis naturais que regem a ética cósmica.
À polaridade livre-arbítrio/determinismo dá-se o nome de lei ou conjunto de causa/efeito. Portanto, quando interferimos na realidade de outros seres também nos tornamos responsáveis pelo seu padrão de qualidade, sejam capazes de já pensar, decidir ou, ainda não.
Desse modo uma vítima nem sempre é culpada só; quase sempre há co-réus: família, sociedade, cultura, sistema de crenças...

A longo prazo a vítima é sempre a única culpada; a médio prazo a culpa pode ser distribuída entre os que influenciaram ou determinaram as escolhas.
Na qualidade de seres interativos somos vítimas de nós mesmos e uns dos outros.

Algoz de ontem, que permaneceu de braços cruzados; vítima culpada de hoje.

Não se aprisione na cadeia do remorso. Coloque-se em liberdade condicional; substitua a pena de reclusão na culpa pela prestação de serviços á comunidade.

Cuidado para não usar de forma esquizofrênica o livre – arbítrio:
“A culpa é minha; eu a ponho em quem eu quiser”.

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