sexta-feira, 4 de março de 2011

A MORTE DO MILAGROSO



Para mentes embotadas, tempos acelerados podem tornar-se tempos difíceis; pois, nossas antigas crenças e conceitos podem desabar, nos deixando sem chão no terreno do psicológico.
No antigo ritmo de vida a lei de causa e efeito podia ser ignorada tamanha a distância entre uma e outra; hoje não mais.
Uma escolha feita hoje iria apresentar efeitos, cinco, dez, duzentos anos depois; daí a crença em sorte, azar, destino, milagres, Deus quis ou deixou de querer – mas daqui em diante; causa e efeito sairá na mesma foto.

Estamos encrencados, curadores e doentes.

Buscamos a cura milagrosa, mas como a doença é criação humana e não Divina; comete grave infração à lógica quem solicita a Deus sua cura sem a contrapartida da mudança do modo de viver; isso, eqüivale a pedir perdão; a brincar de – “desculpa Papai do Céu que não faço mais”.
Perdão é apenas intenção e não atitude; nada é; enquanto não seja concretizada. É preciso cuidado para evitar a busca do miraculoso, da cura sem responsabilidade, da saúde sem compromisso de elevação moral; ou aplicação das Leis Cósmicas. É tempo perdido, e sofrimento desnecessário ao atrasar a vida própria e a de todo mundo. Saúde ou doença: questão de filosofia de vida, de livre-arbítrio que determina saúde ou doença, viver ou morrer, quando e como morrer; não é questão de sorte, azar, destino, Deus quis ou deixou de querer.
É preciso deixar o conceito Deus em paz; pois há milhares de anos Moisés deixou um aviso a respeito do uso preguiçoso da inteligência atribuindo a Deus o que nos compete executar. - “Não utilizar seu santo nome em vão”.
Todos nós somos capazes de extrair desta frase conceitos amplos e atuais, basta refletir. Quando se busca a cura apenas na pura intervenção dos recursos da medicina; também se pede perdão; ou pior tenta-se comprar o perdão no contexto do consumo – essa idéia foi institucionalizada pela indústria farmacêutica, formadora do estilo atual de medicina.

Daqui em diante todo cuidado é pouco; para que nós não entremos em desespero – o que antes funcionava, não mais faz efeito.
Na busca da cura definitiva quem vislumbra a verdade assina compromisso com ela; portanto negar fatos reais vividos é assinar um contrato com o sofrimento.
É falta de responsabilidade; delegar a outros nossas escolhas; que sempre nos trarão conseqüências futuras; no contexto da nossa saúde além da ajuda externa necessária devemos buscar soluções próprias e definitivas.

Requisitos da realização da cura: desejar é vontade ativa; mas é preciso saber desejar ou trabalho persistente; termina em merecer que é a resultante de todos esses fatores.

É com pesar que comunicamos a todos os amigos o falecimento do Senhor Milagroso. Vai deixar saudades para a maioria de seus antigos clientes.
Comunicamos que será substituído nas atividades de cura pelo Senhor Trabalho auxiliado pelo senhor Tempo e Dona sabedoria.

Que Deus o tenha.
Amém.

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