sábado, 28 de fevereiro de 2009

A CONQUISTA DA DIETA IDEAL

Neste bate papo com nossos leitores virtuais e pacientes – identifiquei uma preocupação de grande parte: a dieta – O que comer?

Nos dias atuais, embora as armadilhas sejam cada vez mais perigosas: agrotóxicos; aditivos alimentares, alimentos artificiais; indicar uma dieta não é tão complicado; mas hoje há tantos tipos no mercado que não é fácil dizer qual a melhor.

A única certeza: os grupos básicos de alimentos a serem ingeridos diariamente continuam valendo para todas elas.

Qual a melhor dieta para minha pessoa?
Primeiro é preciso definir: quem é a sua pessoa?
O conhecimento de nós mesmos é fundamental para definir o melhor tipo de dieta; por outro lado a dieta atual pode ajudar muito no auto – descobrimento; lembra da máxima: somos o que comemos?
Do que gosto?
Quais minhas origens raciais e de cultura?
A quantidade supre minhas necessidades?
Eu me alimento de forma regular?
Faço algum preparo para a refeição?
Quando termino a refeição – como me sinto: Ativo ou sonolento? Leve ou pesado? Feliz ou com sentimento de culpa?

Um pouco mais complicado é individualizar a dieta, várias metodologias ajudam a definir quais os alimentos mais indicados para nosso tipo, por exemplo, a dieta do grupo sanguíneo; o sistema da medicina ayurvédica (tipologia vata, Pitta e kapha); o sistema da medicina oriental, etc.

O problema maior consiste em implementar a dieta, colocá-la em prática; pois superar a educação, a cultura e as dificuldades do dia a dia; pode tornar-se uma tarefa além das nossas forças.

Outra pergunta que exige resposta:
Por que desejo mudar minha dieta?
Os motivos podem definir o bom ou mau resultado. É comum que as pessoas troquem causa por efeito. Por exemplo, mudanças de hábitos alimentares voltados para a perda de peso, raramente dão certo – a explicação é simples: perder peso na mudança de hábitos deve ser efeito e não meta; cada vez que uma pessoa com sobrepeso sobe na balança ela está alimentando seu subconsciente com um programa de auto-sabotagem; pois ainda está em conflito entre satisfazer suas necessidades afetivas e compensar seus conflitos com comida e o tênue desejo de adequar-se aos padrões de beleza ou até de continuar vivo (problemas de colesterol, diabetes, etc.).
Pense bem.
Identifique-se.
Clareie seus objetivos.

Recomendo a leitura do livro: “Quem ama cuida” – Edit. Petit – SP.

Logo recomeçamos.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

ABAIXO O BESTEIROL

ABAIXO A POLÍTICA DO POLITICAMENTE CORRETO...

Num mundo tão globalizado e doente; é difícil saber quem tem a patente do que.
Mas, antes de tudo é preciso combater o concorrente: A PANACÉIA.
Medicamento da hora: a panacéia atenua os sintomas da falta de discernimento dos que foram contaminados pelo vírus da preguiça de pensar a serviço do nosso mal querer, inventaram para nos manter: COBAIAS, de duas quatro ou nenhuma pernas.
Chega de: receitinhas de comadres cientistas com pós – graduação em encher lingüiça; de enrolação de padrecos e pastores; de vivos e de mortos do mesmo saco.

A receita para que nos tornemos de fato humanos: pensar de forma crítica e participativa (enfrentadora).

Dia destes, ouvi (espero que não tenha sido apenas eu) durante um trabalho uma informação que me deixou estonteado: “Vocês assumiram compromissos financeiros com causas; que não conseguem cumprir e nem são nossa meta principal”. Parando para pensar: muitos dos trabalhos que poderíamos e devemos desenvolver no grupo estão sendo sistematicamente bloqueados por intenções (bem intencionadas); mas, nada práticas para o momento atual. Como sempre: trocamos a causa pelo efeito.

Vamos para as ruas gritando e levantando a bandeira: ABAIXO O BESTEIROL!

Quem quiser entender que entenda.
Quem quiser continuar a tomar os remédios da panacéia que o faça...

Morte ou vida ao BESTEIROL?

Paz; mas nem tanta...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

COMO COMEÇAR UMA CONSULTA MÉDICA COM O PÉ ESQUERDO

Começar mal uma relação médico - paciente é fácil:

Bata a porta. Entre de cara amarrada. Não cumprimente. Comece reclamando do atendimento do colega anterior; do sistema de saúde. Diga que está cansado de procurar ajuda e ninguém resolve seu problema. Faça o próprio diagnóstico. Pressione: Dr. O senhor é minha última esperança! Reclame do quanto esperou para ser atendido. Responda que não sabe por que está ali. Despeje a história da sua vida para justificar seus males. Seja prolixo. Descarregue na mesa do médico um calhamaço de velhos e mofados exames sem que ele peça. Fale que já procurou os melhores especialistas.

Enfim; encare o médico como um adversário; logo de cara... Essa é a melhor maneira de começar uma consulta com o pé esquerdo.

Que o sistema de saúde não funciona como deveria; não há como negar. Mas, o problema da saúde publica é mais cultural e educacional do que algo realmente pessoal; particular e específico.
Médicos não são seres de outro planeta, nem anjos, santos ou coisas do gênero; acima da atividade profissional são pessoas normais com necessidades normais, iguais a todo mundo.
Os médicos mercantilizaram a medicina? – Claro que não. Os intermediários o fizeram e com o consentimento de todos.
Vivemos na Era do ter, possuir, aparentar, comprar – doença, saúde e cura; sujeitou-se ao marketing: enquanto alguém achar que pode comprar saúde outro vai achar que pode vendê-la, a preços módicos, em prestações ou á vista muito caro. A medicina de grupo ou convênio veio dar o golpe de misericórdia nas relações médico – paciente. Uns acham que pagam muito e os médicos ganham pouco – Quem lucra? – Ninguém, pois os convênios estão quebrando; mesmo com toda a burocracia; inventaram e inventam mil formas de glosar e fazer com que o médico preencha mil formulários para dificultar os pedidos de exames e procedimentos; aumentam os custos dos locais de atendimento; estressam todo mundo e quem sai perdendo todos; é claro que muito mais os pacientes; pois de forma inconsciente para se vingar o médico continua transferindo o raciocínio diagnóstico para o exame de laboratório; se der alguma coisa alterada existe doença; caso contrário é problema emocional. Há solução? – Apenas depois de catarmos os cacos do sistema que está se auto-destruindo; mas, a saída está na educação; pois a maioria das doenças é falta de educação em viver e pobreza de cuidados com a própria vida.

Até que o processo detone para recomeçar em bases mais inteligentes:
Educação não faz mal a ninguém. Um sorriso nunca é demais.
Médico não é adversário; deve ser companheiro e parceiro...

Boa sorte.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

VOCÊ TEM COLESTEROL?

Prestar atenção nas conversas sobre doenças em salas de espera de consultórios ou em lugares em que seja impossível não ouvir é até divertido. Dia destes durante uma viagem fui obrigado a escutar um campeonato de doenças entre duas senhoras, que mal se conheceram e já arrumaram assunto para seis horas de viagem; sem parar. Vamos chamá-las de Candinha e Maria. A disputa começou com a pergunta da Maria: – Você tem colesterol? – Foi a deixa; a Candinha logo disparou: – Tenho e é altíssimo! – A Maria meio que balançou; sentiu que tinha uma adversária á altura; a parada ia ser dura; mas, não se deu por vencida: - O meu já chegou quase a trezentos! - Pois o meu já passou dos trezentos; ano passado quase morri, estava muito mal; sentia dor de cabeça, não dormia direito, de vez em quando sentia um calorão! – Meu médico, me recitou três remédios; por sinal um deles muito caro; e o colesterol não baixava! – E eu; se não tivesse convênio já tinha morrido; tenho que fazer exames quase todo mês! – O meu convênio, é o melhor, nós economizamos em tudo; mas não podemos ficar num convênio como o nosso antigo, onde você tinha que brigar para fazer exames! – Quinze segundos de silêncio talvez buscando tempo para pensar em novo assunto. – Tomo seis remédios; tenho pressão alta; começo de diabetes; tenho colesterol; tenho tireóide; tomo hormônio para a menopausa; e meu médico me receitou vitamina. A Candinha quando percebeu que ia perder por pouco (parece que tomava só cinco); logo rebateu: - Eu já fiz três cirurgias; da última quase morri; foi por Deus! – A Maria era fera; Ah! Eu já fiz quatro; e uma foi da cabeça! – Coitada da Candinha estava perdendo de lavada; o jeito foi trazer o marido para a disputa: - Meu marido coitado é que nem eu; toma cinco remédios e já foi operado da próstata (o médico disse que era maligno). Novo minuto de silêncio; pensei comigo: Graças a Deus, acabou o assunto; que nada; logo a Maria conta atacou – O meu já morreu coitado; mas sofreu, mas sofreu; três cirurgias; dois meses na UTI... Um pequeno acidente na estrada fez com que a conversa mudasse para os acidentes; bem que tentaram me colocar como arbitro na sua disputa; mas, estou vacinado; de tanto fingir que estou dormindo até consigo.
Ficou difícil definir um ganhador; pois consegui dormir um pouco. Vontade de meter o bedelho na conversa não faltou; mas esses exercícios são valiosos para aprender a arte do silêncio. Mas, convenhamos amigo: - Você tem colesterol? – Você tem tireóide? – Eu acho que um tiquinho de educação em saúde faria milagres...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

MELHOR SER SURDO - MUDO/

MELHOR SER SURDO?

A forma mais maravilhosa de ver a vida: alegria, gozação. Como disse o sábio e azul Chico Buarque: Deus é um cara gozador que adora brincadeira; pois me fez nascer feio e desdentado...
Haja Deus.
A escolha inconsciente de ser (não apenas estar) um médico da família – nada a ver com o médico de família do SUS e similares (convênios regiamente pagos para os burocratas), proporciona fazer diagnósticos mais precisos; mas, nem tão rápidos e nem tão funcionais; segundo a forma de pensar e viver da atualidade; isso me proporciona como profissional uma reforma íntima mais acelerada, usando o trabalho e os pacientes.
Por exemplo:
Usando um telefonema que recebi há meia hora:
Pedro Henrique é um paciente de 15 anos que atendo há alguns anos (desde bebe; mas sem seqüência; apenas quando a coisa aperta) o que me proporcionou diagnosticar a origem de suas doenças físicas e a evolução das mesmas com facilidade por conhecer avó, tias, pai mãe: impaciente, intolerante, ansioso e medroso. Dentre as somatizações dessas doenças: rinite, sinusite e vômitos freqüentes, etc. Sobressai a herança paterna, seu pai é seu espelho cármico e sua fonte de inspiração nesta existência (modelo pedagógico subconsciente), bem que sua mãe o avisa – mas, ela não percebe a influência que lhe causa: controladora de dar dó...
Quem procura acha; tive todas as chances de me tornar um médico top line ($) e as desprezei; então tenho que agüentar as malas sem alça que me podem treinar a carregar a minha até um local mais prazeroso (foqueú – me diz o ET que teima em me acompanhar).
Realmente:
Que droga perceber a lei de sintonia; quando ela (a mãe dele) me liga depois de algumas horas ou dias a respeito da falta de melhora do filho – na hora, minha impaciência e intolerância aflora; mas, depois vira uma festa; como o diálogo de minutos atrás:
- Dr. Desculpe ligar; mas o Pedro Henrique não melhorou; está tomando o medicamento desde ontem e continua espirrando pela manhã – ele é exagerado – até a vizinhança ouve; e meu marido fica inconformado – ele diz que eu devo levá-lo até um otorrino para que essas crises desapareçam; não agüento mais.
Para encurtar o papo: Sabe o senhor curou meu marido, desse mesmo problema há vinte anos com uma simples dose única... – Disse a ela sem pensar: que lástima! – Se ele estivesse vivenciando isso hoje não falaria tanta abobrinha – Mas, de novo, para encurtar a história: Ela reclamou do seu papel; e eu disse a ela; o jeito é orar – Ela retrucou: vou toda segunda feira na missa da libertação – Eu disse: então peça a Deus que seu marido fique surdo; mas, apenas pela manhã; pois agüentar uma mala dessa surda o dia todo; ninguém merece (talvez esteja enganado); nada de praga pelo amor de Deus – Nós rimos; gostosamente eu e ela. Minha vibração melhorou a dela; acho que também. Mas, quanto tempo isso vai durar? – Até o próximo telefonema; pois; haja Deus. E cuidado com o que pedimos...
Cuidado com a repetição dos ditados populares: MELHOR SER SURDO DO QUE OUVIR ISSO; pode tornar-se uma chata realidade; a encher o saco de pessoas que se meteram a tentar ajudar os outros sem estarem devidamente preparados. Deus ás vezes se finge de surdo para nos ajudar...
Mas meu amigo ET tem soluções para escaparmos das teles da vida – Aguardem.
Até que novos produtos estejam na praça;
MELHOR CONTINUAR SURDO – MAS, COM INTELIGÊNCIA: SER MOUCO POR OPÇÃO...
Será?

E Eu; o que devo fazer?

Aguardem novas situações - que podem ser as suas.

quem quiser aproveitar o momento de boa vontade; que aproveite.

Beijos silenciosos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

NO BEM OU NO MAL - SEJAS O MELHOR

EM TUDO QUE FIZERES – SEJAS O MELHOR

Nossa sociedade já foi predominantemente rural, cosmopolita, psicodélica, modernista, neurótica, hoje é esquizofrênica; tanto na postura quanto nos valores. De qualquer ângulo que a vejamos, sob qualquer prisma que a analisemos é possível concluir que vivemos num país estilo Juqueri.
No assunto anterior “Dias de Fúria” uma das propostas da sociedade que mais se ouve: acelerar a construção de mais prisões e, de preferência as de segurança máxima, para manter a tranqüilidade dos cidadãos do bem bom. As pessoas não se interessam em saber como o seu dinheiro é usado e, quanto custa cada preso internado nessas prisões; pior ainda, acham que o estado tem máquina de fazer dinheiro; o que mais se escuta: o governo tem que fazer isso! Tem que fazer aquilo! – Não interessa saber que o governo, somos nós. A maioria reclama da carga de impostos; então, sonega tudo que é possível, compra “produtos pirata”. Essa maluquice é facilmente compreensível: a maioria é constituída de analfabetos funcionais, até sabem desenhar as letras e ler; mas, são incapazes de compreender textos de mais de dez laudas e se comunicam usando a linguagem do “manês” e do “lulês”. Pela ausência crônica de educação política o descaso e a falta de responsabilidade dos cidadãos é assustador; pesquisa recente aponta que 54% dos eleitores um mês depois não se lembram mais nem do nome do candidato em quem votaram; quanto mais exigir dele que cumpra com as promessas que o levaram a ser eleito.
Claro que a maioria não terá interesse algum em discutir nada de importante; mas para quem se preocupa ao menos em ler, vale a pena sempre observar os fatos, por ângulos que nunca pensamos antes.
Vamos brincar de analisar nossa postura social e jurídica segundo a contravenção e a aplicação da justiça. Para tornar o raciocínio mais interessante, vamos fazê-lo sob a visão de Paulo de Tarso; sou admirador dele; foi um sujeito fantástico, e cada dia mais atual - numa de suas cartas aos gentios ele disse mais ou menos o seguinte: tudo que fizeres faça bem feito, sejas o melhor; e parece que sua visão abrange até o mal feito; ele enxergava longe.
Segundo a nossa jurisprudência, em se tratando da interpretação das leis e da justiça; pequenos crimes sofrem todas as penas da lei; mas, quanto maior o crime, maiores as regalias e a até a impunidade. Daí, se o amigo cometer uma contravenção qualquer, parta para as cabeças, vá fundo, pois se o fizer pobremente, vai sofrer as conseqüências de forma sofrida; para você malfeitor pé de chinelo, todos os rigores da lei e todos os sofrimentos do cárcere – pois não terá como pagar aos doutores da lei que o conduzirão pelos porões da justiça ou pelo propinoduto até a liberdade; ou em último caso, a uma colônia de férias carcerária cinco estrelas (prisão de segurança máxima) que custa os olhos da cara para as cobaias do sistema. Confesso que, achava estranho: simples suspeitos sem provas contra eles, confessarem crimes que não cometeram e muitos com requintes de crueldade que nem aconteceram – Serão esses caras malucos (do jargão13)? – Grande parte não é - por incrível que pareça são muito ladinos; embora de forma instintiva; com um pouco de observação dá para entender como funciona o sistema penal e carcerário. Lá no xadrez de qualquer tipo, a moeda mais forte é o medo que consiga gerar, nos em torno; claro que nada supera o dinheiro, esse abre todas as portas e compra tudo; mas na ausência dele, para sobreviver é melhor dar uma de doidão de dar dó. Imbecilidade ou esperteza? - Vamos nos colocar no lugar do sujeito, fora das grades vai ser discriminado, nunca arranjará emprego, passará fome, voltará ao crime, droga e bebida; se ficar preso numa cela de detenção provisória vai ser estuprado, humilhado e, se demonstrar fraqueza, vai apanhar em dobro dos policiais e dos colegas – nesse ambiente a principal moeda é o medo que consiga infundir nos profissionais da justiça e nos outros bandidos; quanto mais maluco, maníaco e violento aparente ser mais seguro estará – claro que há risco; pois, dia menos dia terá que provar sua malvadeza para sobreviver (do lado espiritual essa situação é tal e qual; mas, muito mais forte e interessante – material para próximas conversas). Numa cela de detenção temporária a comida é um lixo, tem que dormir no chão, sua família não terá direito ao “bolsa prisão” (do lado espiritual: preces e rogativas); sexo: só homo; mas, quando julgado ou não; estiver numa prisão de segurança máxima, comerá do bom e do melhor (dia destes tive acesso a uma lista de compras de penitenciária top line e fiquei encantado (com inveja) como tratamos bem nossos irmãos que se desviaram do bom caminho; é tudo coisa de primeira linha: carnes só maturada, filé de peito de frango, vários tipos de queijo, verduras, frutas e legumes de primeira; chuveiro quente, roupa de cama trocada; roupa lavada, visitas sexuais semanais; possibilidade de manter os negócios da família funcionando a todo vapor e mil possibilidades de coçar – trabalhar? Deus me livre. Além disso, a família tem direito a uma bolsa $.
Está errado? – Claro que não – os cidadãos que trabalham para manter essas pessoas longe deles e da sua família têm obrigação de trabalhar e muito para cuidar deles. Não adianta ter peripaque e ficar revoltadinho – Está com desejo de matar? – Cuidado, não venha nos fazer companhia; precisamos de você aí fora; trabalhando, dando duro - Calma aí mano! - Somos subproduto da sociedade de consumo, farinha do mesmo saco – Apenas, você trabalha mano e nóis goza... Ocê é educado mano; nóis não mano... Eduque bem seus fios mano; pros nossos usufrui, mano... Calma, calma, vai uma bíblia aí?...
Educação? – Pára com isso... É baboseira.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

DIAS DE FÚRIA

O PIOR ESTÁ POR VIR?
Analisando as imagens mostradas pela TV a respeito dos atos de vandalismo acontecidos na comunidade de Paraisópolis no bairro do Morumbi em SP; um fato me chamou a atenção, a maioria dos manifestantes é constituída de adolescentes; logo eu me lembrei, de dois fatos que guardam entre si a presença de jovens; recentemente ocorridos no litoral da baixada santista de SP um deles no município de Praia Grande; outro em São Vicente; aparentemente os motivos que levaram ás manifestações são diferentes. A ocorrência no Morumbi parece ter sido encomendada e planejada pelo poder paralelo (organização criminosa); a de Praia Grande se assemelha, mas talvez mais pelas circunstâncias; a de São Vicente traz a suspeita de ocorrência gerada pelo “embalo” de um show (bebida, droga e som que anestesia a mente dos jovens; facilitando a incorporação das letras de músicas, levando a atitudes de agressividade e violência).
Em todas as épocas a força da impulsividade dos jovens sempre foi usada e manipulada através do incitamento. Um jovem não ateia fogo num índio dormindo; dois jovens, já há uma possibilidade; três jovens, essa possibilidade aumenta muito; basta um estímulo de uma mente forte e perversa para detonar a atitude impensada de alguns jovens até promissores cidadãos.
Claro que atitudes de vandalismo e de fúria patrocinadas por jovens irados não é exclusividade nossa, vez ou outra assistimos a distúrbios até em países de primeiro mundo; e sempre houve; talvez o que choque, seja a perda de conteúdo da motivação; cada vez mais sem nexo.
Por que os em condição de fazer algo deram permissão para caminhar em direção ao caos? – Interesse, comodismo, pobreza de valores éticos e covardia. Resumindo: até pouco tempo, poucos minutos atrás, nossas crianças (as dos outros) eram mortas pela droga, maus tratos; e a maior causa de mortalidade entre jovens do sexo masculino, especialmente na periferia é assassinato; mas, isso não é suficiente para nos tirar da modorra do conforto; nós os que podemos e devemos fazer alguma coisa concreta (nada de falatório); para evitar o caos que se avizinha. Qual o anestésico de consciência mais usado: o problema é dos governantes. Qual o atalho? - A fuga; pois até o momento, ainda é possível, blindar o carro, esconder-se atrás de vidros escuros, altos muros e contratar seguranças (em São Paulo o número de seguranças particulares é bem maior do que o número de PMS); ou esbravejar, assistindo o noticiário em casa, no happy hour nos botecos, nas associações, nas instituições religiosas – fugir dos grandes centros para cidades menores pareceu a muitos uma boa solução; enganosa, pois nas pequenas cidades o aumento da violência e dos crimes aumenta em proporção até maior.
Vivemos “dias velozes e furiosos”, daí; antigos adágios continuam válidos; mas perderam completamente a eficácia – vamos a um deles: a estória do beija flor que levava água no bico para apagar o incêndio na floresta – muito lindo que, cada um faça sua parte – mas, nada eficiente e atitude pouco inteligente; pois, o que vai resolver? – Nada. Atitude mais inteligente do pássaro (cidadão) seria usar o bico comprido, forte e pontudo para cutucar o paquiderme (forças do estado) para que usasse sua, ás vezes, inútil e sugadora tromba. Atitudes isoladas não funcionam mais, é preciso juntar – lembra de outro adágio; esse sim válido: - “Se correr o bicho pega; se ficar o bicho come; se juntar o bicho foge”... Ou nos organizamos rapidamente como sociedade ou a choradeira vai ser grande.
Há alguns anos vozes isoladas se levantaram para alertas a respeito dos descaminhos da educação; todas ridicularizadas. Muito se fala em educação; mas, poucos se interessam por ela. A maioria confunde educação com instrução; pais querem terceirizar a educação dos filhos.
É irritante ouvir dos acomodados adoradores de crenças em conto de fadas, papai Noel, soluções mágicas...; que a visão dos que alertam, é negativa e catastrófica.
Não é preciso bola de cristal nem usar argumentos de mudanças planetárias; vamos brincar de pensar e colecionar figurinhas (notícias) para montar o álbum dos próximos tempos. Claro, para alguns algumas situações e fatos representam problemas; para outros a mesma situação é vista e sentida como lição; questão de foco.
Uma verdade é certa, nossa sociedade está gravemente doente, quase terminal e as soluções paliativas que foram aplicadas não irá salvá-la; ao contrário talvez a mate mais rapidamente.
Vejamos uma amostra das soluções preconizadas pela mente simplória de grande parte dos “cidadãos de bem”:
- Mais polícia nas ruas. Não adianta muito, apenas aumenta o risco de tiroteios e ações indevidas da própria polícia.
- Mais prisões. Além delas, funcionarem, inevitavelmente, como escolas e universidades do crime; as pessoas que pedem mais prisões não fazem idéia doe quanto custa manter um preso (assunto interessante para um próximo bate papo).
- Pena de morte. Se fosse solução em países onde é adotada não haveria tantos crimes. Aqui ela já existe; mas, os expectadores não se deliciam com a morte de jovens desempregados da periferia que são jurados de morte e mortos, ás vezes, apenas por ter nascido em berço não tão esplêndido.
- Põe esse pessoal para trabalhar. Arrumem empregos para eles.
- Vamos Evangelizar esses jovens. Se andar com uma bíblia debaixo do braço, palestras e leituras tivessem o poder de transformar nossa índole; seríamos todos santos e a terra seria o próprio paraíso.
- Enfim, muitos dos leitores já ouviram soluções tão inúteis quanto descabidas; mas, vamos brincar um pouco de imaginar:

Imaginemos que esta crise econômica tenha vindo para ficar – na notícia a respeito da comunidade Paraisópolis a reportagem dizia que lá moram aproximadamente 80.000 pessoas e que em cada dez, quatro estavam desempregadas, com certeza boa parte serão jovens. Quando em grupo e com a mente desocupada, estão sujeitos a vícios e a serem induzidos a atos que depois se arrependerão.
Temos uma teoria, aguardarei a passagem do carnaval, especialmente nas cidades onde a bagunça ocorre na rua. A bomba relógio está armada e o tempo está se esgotando - Depois voltamos a conversar.

Paz.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

CRIANÇAS PAPAGAIO - BICHO EM EXTINÇÃO

CRIANÇAS PAPAGAIO HI-TEC – BICHOS EM EXTINÇÃO

Vivemos na era do desperdício e do descartável; inclusive, as crianças e a fala estão inseridas nesse contexto; inevitavelmente. Desde remotas eras os filhos sempre copiaram e reproduziram os pais ou modelos pedagógicos. Qual a diferença de ontem para hoje? – Vivemos uma acelerada fase de transição; e qualquer delas já vividas e por vir; sempre foram e serão difíceis e sofridas; ou não; depende da qualidade das escolhas; tanto de quem as faz quanto de quem recebe seus efeitos; afinal, nós somos seres interativos... Alguns menos dados ao trabalho de pensar; chamam isso de crise; e quando mergulham nessa idéia: deprimem-se, enlouquecem...
Nesta fase atual, muitas crianças vão usar a mediocridade humana de seus pais para crescerem mais ainda como pessoas; mas outras, não terão a mesma sorte; e sairão da aula muito antes de bater o sinal: GAME OVER – Caixão; conduzidos pela mão dos excessos que levam á obesidade, diabetes, câncer, enfarte, etc.

Os analógicos adultos de hoje estão empolgados com as capacidades das crianças em reproduzirem sua falta de competência de forma hi-tec; mas um perigo as ronda: a morte precoce – mais fácil uma pessoa de setenta chegar aos cem do que uma criança de dez completar quinze anos de idade cronológica. Poucos se interessam pelo assunto; a maioria não quer nem ouvir falar nisso; mas as crianças de hoje se tornaram descartáveis para os adultos. Então, vamos mudar de assunto e conversar sobre coisas light e até diet – no caso a fala inútil e geradora de problemas na tireóide.
Fala-se muito e ouve-se pouco.
De seu lado, as crianças modernas são mixadores natos e incansáveis; mas, haja ouvidos para os em torno agüentar tanta gritaria e baboseira. As crianças de hoje não falam elas gritam; e o pior; a maioria, sem coerência, tal e qual suas mães que, inevitavelmente vão sofrer de doenças da tireóide (quer saber mais? – pergunte-me como – Quer emagrecer? – pergunte-me como).
A criança sempre reproduziu o meio em que foi criada – O mundo está alucinado? – Pergunte-me; por quê?
Há trinta anos no meu local de trabalho interajo com famílias; e divido meu espaço com um ginecologista e uma pediatra que atendem mil convênios – ou seja: espaço lotado o tempo todo – de vez em quando brinco com as recepcionistas: passem os “terroristas” na frente para que vão embora logo, junto com suas mães ou substitutos; pois ninguém os merece. Será? – A gritaria é imensa, a falta de qualidade humana também, impressa no estado do lavabo, do banheiro e da sala de espera. O lado positivo e fantástico desta vivência, é avaliar os “diferentes” que surgem a cada dia mais: mães educadas e pacientes, crianças que não choram, não berram nem esperneiam, não invadem as outra salas. Segundo meu amigo índigo que ressurgiu das cinzas, são pessoas diferentes; seres mais preparados. Tenho uma dúvida: não sei bem a razão, mas logo no início de minha atividade com famílias coloquei nas questões de identificação, o quesito religião; o esperado por mim é que os filhos e netos de cristãos tivessem mais comportamentos adequados do que os sem religião; no entanto, não é o que verifico – estou analisando, mas confesso que não cheguei a uma conclusão ainda. Mas, complementando: Viajo muito por aí; não por opção nem por diversão; mas por contingência de vida e sobrevivência. Para ilustrar, dia destes viajando de São José do Rio Preto para São Paulo (atualmente 6hs) – fui obrigado a agüentar um pequeno papagaio alucinado junto com sua mãe e avó que se revezavam para mostrar ao mundo (companheiros de viagem) a “inteligência” da pequena arara azul (ainda bem que esse tipo não está em extinção – mas tomara que, os em torno; sim) – entre toques alucinados de celulares recheados de conversas inúteis e berrantes; para meu pesar; mas, não; espanto; deu para descobrir que eram cristãos. Na parada mais uma lição de má educação – a mãe que, pelas conversas paralelas é pedagoga de uma famosa escola cometeu um infanticídio evolutivo: comprou para a “ararinha azul” um pacote de batatas fritas; mas, a bela avezinha (a criança era belíssima) queria chips, berrou, esperneou e a pedagoga desceu do alto de seu ego, foi comprar a droga do chips – e fez questão de demorar – maldito chips que infestou o ambiente com cheiro de vômito azedo; ninguém merece! – Será? – A duras penas, contive minha intolerância – espero sinceramente que a ararinha azul não se transforme num anu tal e qual sua mãe avó (conhece o bicho? – procure na Net – será a tua cara?) – num corvo ou num urubu (que ao menos servem para alguma coisa útil; perceptível – minhas desculpas aos anus).
Tomara que a reforma ortográfica dê o que pensar – Coloque o acento onde puder, tiver vontade ou gostar – cada um com seus problemas...
Mas, que droga: problema de um problema de todos – Graças a Deus, estamos em fim de feira: “bai – bai”; foqueú; para os anus que não quiseram nem tiveram coragem para mudar seu DNA e, saudações para os urubus e corvos que, se transmutaram em ararinhas azuis...
Quem quiser virar que vire... Mas, pelo amor de deus – parem de romancear a vida o romance da hora: “O anu que virou ararinha azul”; esse na editora da vida; está esgotado... Sucesso?

Pergunte-me como...
Melhor: dê sua opinião.

Livros Publicados

Livros Publicados
Não ensine a criança a adoecer

Pequenos descuidos, grandes problemas

Pequenos descuidos, grandes problemas

Quem ama cuida

Quem ama cuida

Chegando à casa espírita

Chegando à casa espírita

Saúde ou doença, a escolha é sua

Saúde ou doença, a escolha é sua

A reforma íntima começa no berço

A reforma íntima começa no berço

Educar para um mundo novo

Educar para um mundo novo