quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

NÃO E A SOBERANIA EMOCIONAL

Continuando...
Seu baldinho da paciência está cheio?
É urgente aprender a dizer - Não!
Nossa dificuldade em negar é inegável.

No território das nossas emoções não somos reis – não temos soberania emocional.

Nesta conversa relacionada á capacidade de soberania emocional para verbalizar sim ou não; nós procuramos a simplicidade. Vamos dividir os motivos que nos dificultam permitir ou negar em dois grupos básicos: os internos, e, os externos (relacionados com a influência do meio sobre nós).

Dentre os relacionados com a nossa pessoa:
Ainda estamos em crescentes dificuldades, pois não definimos internamente o papel de cada uma das características que compõem nossa personalidade.
Quem é quem no nosso mundo psicológico?
Quem manda?
Quem é o chefe?
Os instintos?
As emoções/sentimentos?
As necessidades fisiológicas?
A inteligência?

Somos pouco competentes em nos comportarmos de forma integrada. Significa que boa parte de nossas atitudes são comandadas pelas emoções momentâneas, pelo embalo – no vamu vê no ki dá; prá vê cumo fica!
No ser humano soberano, o comando é da razão ou inteligência. Ela, é que deve definir as atitudes, a postura, o comportamento perante nós mesmos, os outros e, o meio ambiente. Sempre preservando os instintos e educando as emoções.

Poucos de nós já atingimos esse patamar evolutivo:

Estarmos soberanos,
quanto a fatos externos a nós mesmos.

Por isso,
Permitimos que outros nos dominem em todos os sentidos da vida: familiar, social, econômico, afetivo, sexual, emocional, cultural, etc.
A voluntária lentidão no pensar, é que originou a escravidão de todos os tipos.

Quem não é soberano: é dependente ou vassalo.
E,
Quem depende não é capaz de negar quando deseja.

Nossa infância é prolongada e dependente; daí sofrermos fortemente a ação do meio em que somos criados. Somos influenciados de forma marcante, e nem sempre adequada, pela vida em família, educação, cultura, mídia e valores econômicos.
No decorrer da infância, deveríamos ser preparados para assumir passo a passo o controle de nossas vidas e destino. Mas, não é isso o que ocorre na prática. Geração pós geração, de certa forma, somos impedidos de amadurecer, e de nos conduzirmos com relativa liberdade. Continuamos extremamente dependentes do meio em que vivemos, escravizados até, pela mídia e seus valores. Aqui no nosso país pela facilidade de mão de obra barata para atividades domésticas; criamos algumas gerações de pessoas folgadas, intolerantes á frustração, dor (geração analgésico).
Para resolver esse problema será preciso reformar a educação em seus conceitos mais básicos.
E para começar:

Transparência e honestidadade nas intenções.
Comunicação adequada e coerente.
Pensamento crítico.

Uma das dificuldades em concordar ou discordar com inteligência, é o predominância em muitos momentos do nosso lado esquizofrênico: dizemos sim, quando na verdade queríamos dizer, não. Ou, dizemos não, quando gostaríamos de dizer, sim. Mais complicado se torna quando, a razão diz não e, o coração (emoção) diz que sim; ou vice versa.
Para aprender a usar de forma correta e inteligente o ato de concordar ou de discordar, além da inteligência e da capacidade de discernir, é preciso desenvolver a transparência nos desejos e, a honestidade nas intenções.
Honestidade?
Sim!
Pois:
Somos ás vezes, pouco honestos com as pessoas, ao permitirmos ou ao negarmos; dizemos uma coisa, pensando e sentindo outra. pretendendo lucrar de alguma forma com o ato de permitir ou de negar.
Neste sistema de viver: cada sim e cada não tem seu preço...

Não basta pensar e sentir;
É urgente alinhar o pensar e sentir às atitudes e à verdade.
Expressando tudo de preferência com palavras.

Honestidade de princípios, por si só, não basta mais. Num mundo tão rapidamente informatizado:

Pensar, sentir e falar não bastam mais;
é necessário aprender a ouvir;
para comunicar com inteligência.

Em nossas vidas a arte de pensar de forma crítica é fundamental.
Comunicar, é uma arte que depende de inteligência, raciocínio lógico, simplicidade e humildade para saber ouvir.
Falar por falar, é como dizer sim; até um papagaio o faz com muita maestria (alguns humanos falam sem conteúdo melhor que muitos papagaios); Já para aprender a dizer não, é preciso saber ouvir com inteligência para capacitar-se a explicar a razão, o motivo da negativa; Essa atitude ainda não é para qualquer um.

Desenvolver o raciocínio crítico, aprender e praticar a ética da honestidade das intenções e a arte da comunicação de forma simples e clara; deve ser uma das matérias mais importantes da escola. Pois, não basta ensinar a ortografia e a técnica da linguagem, é preciso mostrar também de forma prática o valor das palavras, das frases e dos textos segundo o lado psicológico, e da Ética e da Moral Cósmica.
Coloquemos alguns neurônios na nossa Maritaca interna – os ouvidos alheios agradecem...

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