terça-feira, 22 de setembro de 2009

HOMEOPATIA E A RECICLAGEM DA PERSONALIDADE

HOMEOPATIA E A REESTRUTURAÇÃO DA PERSONALIDADE

Os conhecimentos de medicina psicossomática vieram trazer um pouco de luz á nossa compreensão a respeito da influência do psiquismo das emoções e do caráter ás doenças que se manifestam no corpo físico.
A prática da Homeopatia ampliou mais ainda minha visão a respeito da necessidade de conhecer a nós mesmos; pois é um tipo de medicina que atua de forma profunda na intimidade energética de cada pessoa – indo na causa e não apenas ficando na periferia do bloqueio dos efeitos das escolhas (hábitos e condutas) e das características da personalidade.
Para escolher bem o medicamento de início do tratamento (primeira consulta) e no seguimento do caso (consultas de reavaliação), é preciso conhecer quem é aquela pessoa – suas tendências em todos os sentidos – suas características de personalidade – sua forma de agir e de reagir – Claro que o principal é ter conhecimentos médicos para que se faça um diagnóstico clínico e se tenha um prognóstico de evolução.
A Homeopatia vem sendo mal usada tanto por médicos que apenas receitam baseado nos sintomas físicos. Mas temos um grave problema com o receituário feito por leigos receitistas. A auto-medicação na homeopatia é desastrosa. Os remédios receitados pelas “comadres homeopatizadas”; e dos denominados terapeutas promovem distúrbios consideráveis em muitos casos simples para quem conhece o assunto.
O que gerou isso?
Sem dúvida a ignorância - Talvez escudados num dos muitos falsos conceitos a respeito da homeopatia: “Se o medicamento homeopático não faz bem também não fará mal” imaginam as pessoas – o que é um grave engano; como tantos outros.
A Homeopatia mal colocada pode ser mais danosa do que a alopatia com todo seu leque de efeitos colaterais.
Exemplo, muitas pessoas são tão sensíveis que começam a apresentar sintomas produzidos pelo medicamento mal colocado – e como se sentem pior (agravação inicial antes da cura é outro dado a ser considerado) buscam de volta a alopatia e começam a tratar sintomas causados pelo medicamento homeopático num efeito matrix (uma das bases da Homeopatia é a experiência no homem são) – E nessas situações, que se tornam verdadeiros experimentos, alguns pacientes ficam presos ao uso de medicamentos de uso contínuo alopáticos; pois ninguém tem coragem de reavaliar e parar com a medicação. Exemplos: Uma pessoa começa a tomar um medicamento homeopático para um sintoma específico (unha encravada) – mas, na matéria médica do medicamento consta que essa substância diluída e dinamizada é capaz de produzir palpitações no homem são - depois de algumas tomadas essa pessoa sensível começa a sentir palpitações e logo corre para o cardiologista que confirma alterações no ECG e o paciente é medicado; as palpitações iriam desaparecer um tempo após a parada do medicamento homeopático – mas, por muitos fatores essa pessoa pode tomar o remédio alopático para sempre – embora os efeitos colaterais possam ajudar a pessoa a libertar-se – Benditos efeitos colaterais... Noutro caso, esse bem comum; uma receitista que pode ser uma mãe que indica para a vizinha o uso de Mercurius Solubilis CH6 para a amigdalite do seu filho; pois no dela é tiro e queda – e o garoto começa a apresentar um comportamento infernal mesmo numa dinamização baixa como a CH6 (o relato da personalidade do sujeito cujo remédio de “fundo” Mercurius Solubilis é assustador); e a manifestação pode ocorrer; daí não custa nada a criança ir parar no psiquiatra ou no psicólogo – claro que o efeito é reversível algum tempo após a parada no uso.
Dá para imaginar a loucura? – Pela sua importância voltaremos breve a esse assunto.

Na escolha do medicamento homeopático, os sintomas em ordem de importância: sintomas mentais – emocionais; características gerais; sintomas e sinais físicos.
Os mais importantes e decisivos são as características mentais e emocionais.
Pronto encrencou! - Pois, logo de cara, na primeira consulta nos deparamos com uma dificuldade gerada pelo sistema de educação: formação de múltiplas personalidades e visão deturpada de nós mesmos – isso é tão importante que escrevi alguns livros sobre a temática educação, comportamento, filosofia de vida e saúde. A maior parte de nós nem imagina quem é; nem como reagimos e nos comportamos – e o pior, nós nos “achamos” sem que o sejamos...
O que fazer? Como abordar o paciente lutando contra o tempo e a cultura alopática de doença? – Se na medicina tradicional quanto menos o paciente falar de si mesmo e de suas angústias existenciais melhor; pois o médico não terá recursos para medicá-lo em cima disso, um dos motivos pelos quais as entrevista são curtas.
Outro detalhe:
A consulta não pode ser muito dirigida, caso contrário vamos tratar um paciente imaginário, virtual mesmo; aquilo que a pessoa imagina ser; ou o que o médico “forçou” sem perceber; nas duas situações: nada ou pouco a ver com a realidade.
Quando dizemos ao paciente: Fale alguma coisa a seu respeito; como você é; como se vê. – A respostas costumam ser: Quer saber a respeito do que? – Nossa agora me pegou! - Como é difícil falar sobre nós mesmos! – Não sei dizer!
A maior parte quando está acompanhada; pergunta ao outro – E daí; como eu sou?
O desconhecimento a nosso respeito é imenso – e nossa percepção é bastante deformada. Caso o profissional não seja experiente ele vai tratar uma pessoa virtual e inventada ou será obrigado a medicar apenas os efeitos sem atuar mais profundamente nas causas.
Estudar o paciente é uma arte que exige tempo e boa vontade da equipe interessada nos resultados: paciente/profissional; daí, não combina com o sistema de medicina de grupo onde tempo é dinheiro e as consultas não podem durar mais do que cinco minutos; caso contrário o profissional não conseguirá pagar nem as despesas de manutenção do local de trabalho e nem pagar a parte dos sócios compulsórios: impostos de vários tipos, taxas de sindicatos, etc.

Deixando de lado as dificuldades em se usar a homeopatia pelo desconhecimento de nós mesmos; vamos ao que interessa: Como posso melhorar o conhecimento a respeito da minha pessoa?
As formas variam de acordo com o grau de consciência já adquirido; mas uso um pequeno roteiro para meus pacientes:
1 – Através do próprio sofrimento (sintomas). Exemplo, toda vez que tenho uma crise de rinite ou de enxaqueca (pode ser qualquer doença; especialmente as crônicas), ao invés de apenas me preocupar em tomar o remédio; devo ir para um canto, me recolher e questionar: Que tipo de pensamento, sentimento e atitude estavam em jogo antes? O que comi ou deixei de comer? Que práticas ocorreram? – Tudo deve ser anotado para posterior comparação. Depois de um tempo de treinamento fica fácil associar a somatização á personalidade; pois, inveja dá um tipo, intolerância outro; ansiedade e medo resultam em outros, etc.
2 – Estudo dos modelos familiares. Quem eu copiei na infância? Com quem me pareço?
3 – Uso do “efeito espelho”. As pessoas com quem o santo não bate; pode ser o nosso espelho mostrando a parte que negamos em nós mesmos.

Como reciclar a personalidade para atingir a cura definitiva?

Não há mais dúvida que a reciclagem da personalidade é uma das condições para a cura definitiva. Especialmente na atualidade cada vê mais acelerada – Tomar remédio de uso contínuo não é cura; e, além disso, as pessoas não mais suportarão os efeitos colaterais. Ficar cortando as pessoas em pedaços também não resolve o problema, pois as causas iniciais geradoras da doença continuarão em atividade (as metásteses tumorais que o digam).
Terapias alternativas embora seja uma escolha com melhor relação de custo benefício, também não resolverão o problema para sempre. A aceleração em andamento deixa a causa e o efeito cada vez mais próximos: NADA MAIS SERÁ COMO ANTES...
A própria homeopatia, acupuntura e terapia de florais equilibram a personalidade durante certo tempo e até certo ponto; mas; não de forma definitiva.
É grande o número de pessoas que já vivenciaram a ação da homeopatia desejando ficarem alegres, felizes, calmas e motivadas com o uso da medicação – claro que esses tratamentos podem facilitar o trabalho de conquista de transformar a pessoa impaciente mais tolerante; o irado numa pessoa mais equilibrada, o invejoso numa pessoa mais cooperativa – Mas, nada substitui o conhecimento e trabalho sob a supervisão do tempo.

Algumas das recomendações que faço aos meus pacientes:
1 – As recaídas são inevitáveis. Trate-as com bom humor, muita gozação de si mesmo.
2 – Recomece.
3 – Agimos como criança – Trate a vida na brincadeira; mas assumindo suas responsabilidades.
4 – Bom humor e música são excelentes remédios.
5 – Seja simples.
6 – Aprenda a ser honesto consigo mesmo – Deixe de lado as desculpas e as justificativas.
7 – Viva apenas o presente.
8 - Respeite-se - Faça apenas o possível.
9 - Dê um passo de cada vez.
10 – Dê um chega pra lá na preguiça – Invente um método de trabalho para sua reciclagem. Anote tudo. FAÇA A MANUTENÇÃO DAS NOVAS ESCOLHAS.

Exemplo de método simples de trabalho:

Entre os anos de 354 e 430 viveu Aurélio Agostinho da cidade de Hipona – Era um jovem muito problemático na sua forma de viver – tal e qual a maioria de nós; ele era cheio de pequenos e grandes vícios considerados normais ou não na época em que viveu – Nós também estamos cansados de ver esse filme em nós mesmos e á nossa volta – Mas, um belo dia; claro que depois de muitos conflitos íntimos (e sem a ajuda da homeopatia, florais nem terapia) ele resolveu mudar-se intimamente e nas suas posturas.
O que ele fazia? – Sem saber inventou a reengenharia de empresa ou um método de reestruturação simples e fácil; tão simples e fácil que em poucos anos conseguiu aderir ao processo completamente transformando-se de forma significativa.
O que ele fazia?
Simples – Toda noite ele criava pequenas metas de mudança para cumprir no dia seguinte. Na noite próxima revia o que conseguiu e reformulava as metas sempre segundo seus recursos disponíveis – Assim ele seguiu com esse processo durante sua vida.
Hoje nós conhecemos Aurélio Agostinho de Hipona como: Santo Agostinho.

O trabalho do Agostinho está fácil para ser copiado hoje com tantos recursos.

Vale a pena refletir esta referência ao seu trabalho de reciclagem da personalidade ditada por ele mesmo.
“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar...”.
Santo Agostinho – (O Livro dos Espíritos - Allan Kardec)
Claro que cada caso é único – Mas, para nossos pacientes com insigth de mudanças procuramos sempre definir uma forma de trabalho em conjunto.

Boa reforma.

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