quarta-feira, 20 de abril de 2011

FINAL DOS TEMPOS - A IMPLOSÃO DAS CONTENÇÕES

Quem já criou o hábito de parar para pensar sabe quem somos e o que fazemos aqui; daí, inicia um processo voluntário de implosão dos mecanismos de contenção do ego, que gera a vida de aparências; libertando-se das desculpas e justificativas; uma das principais fontes de atraso na nossa evolução.
Essa descoberta ocorre nas pessoas que já apresentam razoável condição de leitura da vida; o que as conduz a uma melhor percepção de si mesmas, de suas tendências e impulsos inadequados e de como enfrentá-los; e como “insight”: a descoberta de que podem conduzir seu destino e de manipular sua vida.

Mas, nosso aprendizado é gradativo e quando feito de forma atabalhoada pode trazer sofrimento.
Bem aventurados os aflitos...
Sábio Jesus, quando nos avisou que a reforma íntima sem planejamento e critério pode adoecer, como Mestre cansou de afirmar que cada coisa tem seu momento; que a evolução não dá saltos pois, implica em educação que, é aprender aventurando-se a errar e acertar.
Exemplo, se descubro que sou intolerante, agressivo e impaciente; não basta interpretar essa conduta como inadequada e tentar erradicá-la ou me conformar dizendo que sou uma pessoa nervosa; nesse primeiro momento, desencadeio uma crise interna cujo atrito entre impulsos e tendências versus a consciência ética em desenvolvimento vai gerar somatizações, quase que inevitavelmente; pois ainda apenas pensamos em mudanças quando o sofrer já está em curso.
Se já consigo perceber a inconveniência de agredir meu semelhante quando meus interesses são contrariados; mesmo que ao conter-me transfira a energia negativa ao meu próprio corpo físico: estômago, fígado, pele, coração...; antes isso; pois não dependo do perdão do outro; no futuro.

Quem avisa amigo é:
Um sério problema que se avizinha é o Tsunami de acontecimentos que vão gerar emoções descontroladas e ativar os impulsos sem controle. Se tenho o impulso de agredir quando sou contrariado nos meus interesses, vou agredir; depois vou pensar e tentar consertar os estragos.

A restruturação da personalidade pode e deve ser feita sem sofrimento; uma forma simples é fazer um levantamento das qualidades que ainda não possuímos e desenvolvê-las com alegria e prazer ao invés de brigarmos com os defeitos; pois naturalmente as qualidades irão sobrepujando os defeitos.

Para que atravessemos esta fase sem sofrimentos desnecessários; é preciso viver a realidade sem dourar a pílula, sem tapar o sol com a peneira.
Ainda egoístas e sem educação emocional; quando lesados pelas atitudes dos outros nos sentimos ofendidos; nos magoamos e reagimos, revidando; e o grande perigo: o revide costuma superar a ofensa; o risco de cadeia cósmica é grande nesta época de transferências e remanejamento espiritual.
Se há contenção passiva e cisão da personalidade: revido no próximo, no mais fraco, subordinados e família. Ou somatizo; ou reajo retaliando no outro.
Mais consciente: observo, raciocino e reflito sobre a necessidade do perdão; argumento ao meu sistema emocional com inteligência e equilibro meu campo afetivo.
Percebo a necessidade de perdoar para ser perdoado para não eternizar o desentendimento; e corto os vínculos que me unem ao inimigo de hoje com a tesoura do perdão; mas nessa fase primária ainda imponho condições.
Mais amadurecido: experimento a necessidade de perdoar aqueles que me ofendem e caluniam; para numa segunda etapa aprender a amar os inimigos. Já sinto que somos irmãos; e sinto isso de forma inteligente, raciocinada sem fantasias nem alegorias afetivas.
E, quando já consigo perdoar incondicionalmente descubro que trilhei apenas metade do caminho.
Somente terei atingido a perfeição parcial quando não mais sinta-me ofendido pelas atitudes dos outros. Necessito nada perdoar, já que nada mais é capaz de me ofender.

Sem estresse inútil; pois temos um longo trabalho pela frente.
Para que a caminhada seja produtiva, é preciso cultivar o otimismo e a fé no nosso futuro; mas o otimismo necessita de inteligência, lógica, e raciocínio crítico baseado na realidade que é a verdade que nos libertará; conforme disse Jesus.
Palavras bonitas são guloseimas emocionais que quando em excesso adoecem o espírito; causando anemia da vontade, fraqueza da perseverança; e revolta quando surgem as primeiras provas mais complexas. É preciso nutrir o espírito com a “pratada” de raciocínio lógico para enfrentar a longa e árdua subida em direção á nova fase dos bancos escolares da Terra Renovada.

Namastê.

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