terça-feira, 5 de outubro de 2010

RESSACA MORAL NO PÓS PLEITO

Século vai, século vem...
Mudamos muito, isso ninguém pode negar.
Progredimos também, e não é preciso ir muito longe para descortinar o até vertiginoso progresso, basta retroceder uns cinqüenta anos e comparar. Tudo muito rápido, coisa de doido como dizem.
Mesmo que algumas pessoas discordem, mudamos para melhor, muito melhor. Os apocalípticos, a turma do fim do mundo, esses, acham que não; imaginam que tudo está piorado: violência, fome, guerras, desmandos, manipulação, genocídios na cara dura ou escondidos, doenças cada vez mais mortais, depressão, pânico. Podemos, sem muita convicção, provar a eles que estão enganados; mas, isso caso consigamos solucionar um pequeno problema pessoal e coletivo: me engana que eu gosto.
Fingimos que está tudo bem quando não estamos afetados diretamente pelas situações mais sofridas.

Pegando carona no rescaldo das eleições; nosso assunto é o consentimento para nos enganarmos uns aos outros e a nós mesmos.

Esse mote ou piada, envolve aspectos muito sérios de qualidade humana ou da falta dela. Não é uma atitude puramente masoquista; na verdade, a maioria de nós não sente prazer em ser enganado. É um tipo de engano ou de burla quase consentida pela preguiça de pensar e de agir; gerada pela mornitude. Pois, fica mais ou menos explícito na situação que, o sujeito tem conhecimento da burla, embora no momento nada faça para mudar a situação devido aos mais variados motivos; que vão da falta de ética à pobreza em educação – daí a filosofia: Perdido por um; perdido por mil! – Vamos zoar na hora de votar! – Nesta eleição revivemos muitos “cacarecos” (um famoso rinoceronte do zoo que recebeu mais votos do que os candidatos).

É um consentimento raramente verbalizado, um tipo de recado camuflado, enviado no bojo de um padrão de atitudes de reação a uma situação que envolve uma sensação de descontentamento. É uma forma de aviso: tolero, mas me aguarde.
Aguardar para que?
Com o passar do tempo se torna um estilo de vida que acomoda interesses tão complementares quanto conflitantes e perigosos.

O desejo consentido de sermos conduzidos e manipulados torna-se algo cada vez mais perigoso para a paz íntima e coletiva, nisso talvez os apocalípticos tenham razão.
Somos especializados em esquecer as recomendações mais antigas e atuais para que se viva bem: responsabilidade e planejamento.
Não sei que tipo de desculpas dávamos antigamente para não seguirmos as recomendações das leis naturais.
Hoje, a nossa melhor desculpa é essa vida maluca, esse corre-corre infernal. Desprovidos de um motivo lógico; simplesmente não temos tempo para pensar em nós mesmos.

Em se tratando de eleição, adeptos do “não me comprometa”; nós dizemos que as pessoas são “eleitas” para resolver nossos problemas; pois, ganham para isso.
AFINAL ESTOU PAGANDO!

Fazemos isso, também com a saúde, o direito, a educação; enfim quase tudo que representa nossa forma de viver atual.

Algumas pessoas acreditam em lavagem cerebral em massa via TV, principalmente; em nanochip introduzido no DNA via alimentos, vacinas, medicamentos. Sei lá; achava uma viagem na maionese; mas, analisando os políticos que já foram eleitos em eleições anteriores; e pior, nesta – começo a acreditar em lavagem cerebral.

A eleição mostrou que somos um povo “camarão”; o resultado dessa lavagem cerebral vai feder, e muito – daqui a alguns meses o cheiro vai ficar insuportável...

Fiquei com uma dúvida: que motivos teria a atual oposição para se esforçar tanto para continuar oposição?

Nosso foco é saúde.
Como vai ficar a saúde após a ressaca das eleições?
Pior; e não apenas para os muito pobres; principalmente para a classe média e assalariados; pois, o que vem pela frente; aumenta o estresse que agrava todas as doenças e males em andamento - e vai matar muita gente; até de raiva.

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