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sábado, 9 de abril de 2011
PATOLOGIA DO AMOR
Continuando.
De novo: amar a tudo e a todos começa pelo aprendizado do amor a nós mesmos. Nossos órgãos e células necessitam de pensamentos, sentimentos, afago, carinho, olhares e palavras amorosas. Os próprios animais se acariciam através do corpo e das brincadeiras.
Nós devemos ir além, pois somos os únicos com reais possibilidades de sermos éticos no planeta; e para que nos amemos é preciso que aprendamos a nos respeitar e cuidar.
O primeiro passo, é que nos aceitemos tal e qual nós somos, ou melhor, tal e qual nós nos fizemos através das nossas escolhas anteriores; pois hoje somos o fruto de nossas escolhas de ontem e como pensarmos, sentirmos e agirmos hoje; nós determinaremos como seremos amanhã.
Sinais de falta de amor próprio.
• Desconhecer e não respeitar os próprios limites.
• Portar vícios como: fumo, álcool, drogas, ingerir medicamentos desnecessariamente.
• Adoecer com freqüência.
• Viver em angústia, depressão ou pânico.
• Cultivar sentimentos de menos - valia
• Levar vida sedentária ou praticar exercícios de forma exagerada e narcisista.
• Promover desvios nos instintos, viciando-os para obter prazer. Como fazer do alimento uma fonte de prazer, ser um glutão. Ou também desviar de seus propósitos naturais o uso da energia sexual com exageros ou continências sem sentido.
• A preguiça e o trabalhar além de seus limites.
Doenças morais originadas do não saber amar a nós mesmos.
Nosso sentir-se feliz ou infeliz e a harmonia orgânica de nosso ser depende da capacidade que desenvolvemos de nos amar.
Algumas das doenças causadas por esse amor devem-se ao excesso de energia estagnada no circuito da energia vital; é o amar-se em circuito fechado, sem trocas. O amor deve fluir sempre, não pode ser guardado, nem estocado, pois a energia do amor quando não flui intermitente faz adoecer e pode até matar. Algumas das doenças que se manifestam no corpo a medicina nem consegue catalogar ainda; sua etiologia é o desamor ou até o excesso de amor concentrado na forma de energia egoísta.
Egoísmo:
Mesmo que não tenha intenção de lesar aos outros; o egoísta causa distúrbios a si mesmo, criando em seus circuitos de energia vital uma sobrecarga capaz de levar a disfunções e até, a doenças.
Orgulho:
O orgulhoso concentra energia demais em si mesmo. Uma pessoa que tenta vender a imagem de ser mais e melhor do que os outros para satisfazer-se; não consegue manter para sempre essa postura; pois um relê chamada humilhação, de tempos em tempos promove um curto-circuito capaz de deixar fluir a energia acumulada, protegendo-o de uma pane total.
Narcisismo:
Quem sofre do complexo de narciso, tenta concentrar toda a sua atenção no que pensa serem seus dotes físicos. E por auto/admirar-se doentiamente, deixa de integrar-se e impede que o amor flua. O narcisista não dispõe de tempo nem de recursos para trocar afetos nem energia.
Vaidade:
O vaidoso é um tipo variante de narcisista que deseja ser o tempo todo admirado pelo que aparenta, e não pelo que é.
Doenças originadas do amor entre nós.
Qualquer escolha que façamos contém em si a probabilidade de afetar o universo inteiro. Tudo está conectado entre si. O ato de viver é troca interminável. O ato de amar é troca interminável. É preciso manter o fluxo de dar e receber. Receber é estabelecer uma relação de troca. E se vivenciamos o ato de receber como um fenômeno unilateral que se limita a algo a nos ser dado, separarmo-nos, aos poucos da troca e das probabilidades de efetuar conexões que representam em ultima instância a vida. Eis aí, a origem das doenças, dos males e sofrer.
A doença do amor é o sofrer, que é o não preparar-se adequadamente para dar e receber; em última instância: permutar energias.
Origem das doenças humanas relacionadas ao amor.
Para compreender como se formam e como se mantém as doenças relacionadas à fisiologia do amor; nós nos reportamos á acupuntura: energia de menos num determinado ponto traz problemas - energia demais também trazendo problemas no fluxo (fluir, trocar) de energia vital; que precisa ser restabelecido para a cura.
Expressões doentias do amor entre nós.
Paixão:
Estar apaixonado por algo ou alguém é uma forma de obsessão, capaz de produzir distúrbios tanto na saúde do emissor quanto no alvo desse fluxo de energia. O apaixonado aprisiona.
Ciúmes:
O ciumento costuma ser também um apaixonado. Sente-se dono da outra pessoa ou do objeto do seu ciúme, sendo capaz de causar-lhe danos em nome do seu amor.
Amor possessivo:
O amor como sentimento de posse é um desequilíbrio que adoece. Um clássico exemplo é a asma. Muitas vezes para se conseguir a cura de um asmático, além do tratamento, é preciso afastá-lo do agente; e buscar tratamento psicoterápico para o familiar causador do problema.
Apego:
Um tipo de amor possessivo no qual a pessoa põe o sentimento que nutre pelo outro como uma das principais razões do seu viver. É um dos desequilíbrios afetivos que muitos pensam ser amor. Como costuma atrair perdas e ser corrigido por elas; muitas pessoas passam a levar uma existência quase vegetativa quando perdem um familiar, por exemplo.
Amor controlador:
É o tipo de amor que predomina. Exemplo, o amor das super/mães que dão a sua vida pelos filhos desde que eles façam tudo o que elas querem.
As nuances do amor e seus distúrbios variam ao extremo, abordamos aqui apenas alguns focos. A idéia central desta série de conversas sobre o amor é estimular a reflexão a respeito de temas importantes demais para nossa vida e evolução, como é o sentimento do amor.
Paz e luz.
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