A PERCEPÇÃO DA PASSAGEM DO TEMPO DEPENDE DO ESTADO EMOCIONAL DO OBSERVADOR?
O lado subjetivo do tempo faz com que o mesmo
observador o perceba passar de forma diferenciada, em diferentes situações, a
que possa estar submetido.
No caso, o conceito de perceber a passagem do
tempo depende de como ele ordenou a sequência dos eventos.
Exemplo: quando estamos na cidade grande o
espaço de tempo linear de um dia necessitaria de pelo menos trinta horas ao
invés de 24, para que as expectativas e os prazos estabelecidos fossem
cumpridos. E, a mesma pessoa isolada numa fazenda ou num local ermo, após alguns
dias lá sofreria de tédio; pois cada um demoraria uma semana para passar.
A diferença nesse caso é a quantidade das expectativas e de prazos num e noutro lugar, e do número de eventos ou experiências a serem ordenadas.
Não somos ainda capazes de isolar nosso estado
emocional e afetivo da condição de observador de um evento “espaço-tempo”.
Situações de euforia e de alegria levam o
observador a sentir a passagem do tempo de forma rápida, vapt-vupt.
Já as situações opostas tornam o mesmo evento
muito lento, uma eternidade.
Um exemplo típico do cotidiano: para quem não gosta muito do que faz, a semana de Segunda a Quinta leva um mês para passar, já da Sexta á tarde até o Domingo parece que o tempo voa, acaba em minutos...
Nas últimas décadas a tecnologia de
comunicações cria a cada dia novos artefatos que trazem aos ouvintes,
espectadores e internautas, eventos com uma relação de incrível disparidade na
relação espaço - tempo.
Situações que ocorrem no outro lado do planeta chegam ao observador quase que em tempo linear real, e de certa forma não nos preparamos para isso; daí o risco de problemas de saúde aumenta dia a dia; pois nossa capacidade de adaptação está em fase de esgotamento.
Como estou a ordenar as experiências e
expectativas no espaço/tempo?