Como crianças; sempre que possível gostamos de nos
colocar nas mãos dos outros; para escapar da responsabilidade.
E na sistemática tentativa de fugir dos deveres nos
recusamos a entender o simbolismo da cruz:
Escolha.
Decisão entre uma opção e outra.
Acomodados aos mecanismos infantis de exigir e ter; nós
evitamos o esforço dirigido para a construção de uma personalidade equilibrada;
capaz de enfrentar as “provas da vida” que nos chegam por sintonia, segundo a
lei.
Daí, nós nos acreditamos credores de todos os direitos
Divinos; e, nos esquecemos de dar nossa contribuição ao próximo e à sociedade.
Criamos mecanismos inconscientes de fuga dos deveres;
reagindo contra eles pelas mais variadas formas de atitude mediante as quais
demonstramos nossa infantilidade.
Criaturas ainda
insensatas nós reagimos quando deveríamos agir.
Assumimos posturas extravagantes quando contrariados;
ao abandonarmos as diretrizes da razão.
Ao não superarmos as crises da infância espiritual; nós
nos tornamos seres suscetíveis, medrosos, instáveis e ciumentos.
Desenvolvemos comportamentos parasitas e buscamos
amparo nas criaturas que consideramos fortes ou coroadas do êxito.
Instáveis, amamos como fuga e ao querermos sempre
receber e não dar amor; nós transferimos as responsabilidades para o ser de
eleição; sufocando-o e tornando a relação afetiva insuportável.
Facilmente nós descambamos para a agressividade e a
violência quando não conseguimos nossos intentos ou não temos as necessidades
satisfeitas.
Demonstramos insensibilidade com os problemas do
próximo; e supervalorizamos os nossos.
Amadurecer é ajudar a criança interior a brincar de gostar
de pensar...