segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

 A CIÊNCIA E O PARADOXO DA LONGEVIDADE


A cada ano mais e mais pessoas são atendidas pelos serviços de saúde e a cada dia a indústria de medicamentos bate recordes de produção e de vendas; esse fato, dá a impressão que longe de ser um indicativo de melhor qualidade de vida, indica que a sociedade está cada vez mais doentia?

Parece um paradoxo, mas, curiosamente parece que as crianças e adolescentes de hoje adoecem mais que antigamente; ou o acesso ao atendimento ficou mais fácil?

Se isso fosse dito ontem soaria estranho e o autor dessa afirmativa seria rotulado de louco ou de pessimista. Pois, muitas pessoas dirão que as “condições de vida” melhoram a cada dia e que os avanços da tecnologia voltada para a saúde são fantásticos com relação a ontem, isso, também é uma verdade.

Mas, vamos além: E, se alguém afirmasse que, no rumo que as coisas caminham, as crianças de amanhã adoecerão tanto no campo físico quanto principalmente no mental/emocional ainda mais que as de hoje?
Essa afirmação parece ser um contrassenso maior ainda, mas talvez não seja.

Expliquemos: sem dúvida que melhoraram as “condições de vida”, mas de “vida/vegetativa” ou o lado orgânico da vida. Porém, o ser humano não se constitui só de material orgânico, não é só um amontoado de células regido por leis de casualidade. É muito mais que isso...
É nesse ponto que temos de refletir:
Se melhoraram as condições de vida orgânica, por outro lado, por enquanto, pioram as “condições de vida psico/emocional das pessoas” já que a maioria se encontra desadaptada a este momento de excesso de informações online.

Outro fator que também colabora para piorar a condição de vida psíquica e emocional das crianças de hoje é a visão de mundo voltada para o imediatismo, que gera a falta de tempo e de condições para se adaptar ao ESTRESSE CRÔNICO gerado em parte pela indústria do ENTRETENIMENTO uma das pragas do mundo moderno, que deteriora a qualidade de vida de muitos.

Não podemos fugir do que está ocorrendo, já que todos com certeza somos filhos e alguns de nós somos pais ou mães. Todos nos deparamos a cada dia com situações que apontam erros no trato com as novas safras da gurizada e a RESPONSABILIDADE é de todos...

FICA EM ABERTO A QUESTÃO:

HOJE SE TRABALHA MAIS A FAVOR DA SAÚDE OU DA DOENÇA?

 SAÚDE OU DOENÇA É QUESTÃO DE ESCOLHA?


O marketing de que curas são vendidas como sabonetes fixou-se e hoje é real. Buscamos a cura como se procuram mercadorias num mercado; não queremos nos curar queremos ser curados não importa de que forma e a que preço, muito menos medimos consequências.
A cura como necessidade de mudanças definitivas na forma de pensar, sentir e agir, de reformular hábitos e eliminar vícios prazerosos é evitada, pois, às vezes exige decisões contundentes na maneira de escolher, separar, avaliar.
O resultado é que esse tipo de busca não representa uma decisão séria de cura da nossa parte; uma opção verdadeira entre diferentes meios de vida, pois enquanto alguém achar que pode comprar saúde, outro pensará ser capaz de vender cura; pior, outros mais espertos tentarão intermediá-la.
Nada resolve tudo e, a medicina e o método científico não são exceções à regra. Quando totalmente atrelada à razão científica ela é neutra quanto a fins, e irremediavelmente, incapaz de responder à questão de como viver, para que viver; ora, parece que viver, é apostar na liberdade de pensar e escolher.
A metodologia científica, não nos diz como usar essa liberdade e o que fazer de nossas vidas. Qualquer ato de escolha, por mais simples que seja, ultrapassa a esfera de competência da ciência. Então, a saúde ou a doença passa a ser principalmente questão de filosofia de vida; é uma escolha como outra qualquer, envolve todos os nossos sentidos e capacidades, nem sorte, nem azar, nem destino.
Opção feita, aguardem-se as consequências.
O candidato a Ser Humano é insaciável; acreditamos que a vida existe apenas para nos dar prazer e, na ânsia de aproveitá-la, corremos para os braços da morte. Existe um apetite desgovernado por sensações aumentando em progressão geométrica, e, nossa capacidade de assimilá-las e integrá-las a um projeto de vida que faça sentido ainda é diminuta. Daí, a necessidade e a importância da doença, que regula a seletividade natural do uso das ESCOLHAS. Algumas pessoas começam a ver a doença com outros olhos e concluem que: Doença tem finalidade, sim.

Qual sua forma de perceber a criação das doenças e a cura?

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Qual seu entendimento a respeito?

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