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quinta-feira, 11 de agosto de 2011
DESASTRE: ACOMODAÇÃO E ROTINA NA SEXUALIDADE
Que os relacionamentos estão ficando cada vez mais superficiais; descartáveis; sofridos e até doentios – até nas relações sexuais; isso é vero; e muitas são as causas; dentre elas:
Sonhos de felicidade romanceados; expectativas de prazer, felicidade e gozo em demasia que inevitavelmente levam á frustração e variados tipos de doença psicológica, comportamental e física – chegando com facilidade ao câncer; e mais caminhões e caminhões de motivos; tudo isso está criando um verdadeiro “tsunami” na sexualidade das pessoas que nenhum remedinho mágico vai resolver.
Nosso assunto de hoje é o parar para pensar num detalhe importante, e esquecido devido á vida rotineira; mas que pode fazer a diferença:
Quando a paixão perde força cede lugar á rotina, aquela mesmice de sempre que deixa as partes insatisfeitas embora quase sempre acomodadas; nessa condição há um grande risco de tornar o relacionamento sexual numa masturbação a dois; servindo apenas para diminuir tensões e jogar energia fora produzindo cansaço até esgotamento; quando a relação sexual deveria ser uma transfusão de energia e de vitalidade – capaz de curar muitas doenças.
De quem é a culpa?
Vamos relembrar que homens e mulheres possuem sexualidade e libido bem diferentes; não apenas na anatomia.
Resolvi abordar o assunto; depois que um paciente ligou para dizer algumas “coisas” a respeito de sua esposa que ia passar em consulta; talvez crendo “ser” o tal; e imaginando que ela não seria capaz de falar a respeito de si mesma e do que sente – claro que fiquei quieto; bem que a vontade era de dizer que ele cuidasse de si mesmo – o que talvez a deixasse mais feliz e saudável – embora nesse quesito: de médicos e padres todos temos um pouco – não comentar nada que nos seja confiado são ossos do ofício de viver que ninguém escapa – especialmente numa atividade em que nem Deus deve tirar comentários a respeito de quem quer que seja ou do quer que seja – é engolir em seco e agir como diz a molecada: ema, ema, ema...
Mas, o que me chamou a atenção foi sua fala:
- Ela passou mal de madrugada, quase a levei para o pronto-socorro com falta de ar e mal estar; não entendo estava tudo ótimo; tomamos um vinho, fizemos sexo (com uma entonação especial) – e ela me acorda de madrugada; passando mal – e eu com tantos “problemas”. (...).
Vida de médico de família é melhor do que todos os livros de medicina e comportamento juntos – mas é uma barra...
Claro que tirei minhas conclusões – faço o que posso - mas comentários são prá lá de bem vindos.
Namastê.
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