ONDE NÃO DÓI?
Vivemos na Era do Com Dor, em razão da nossa postura frente à vida e seus valores.
Postura: dentre muitas velhas e novas colocações da comunicação; a usaremos a analogia da forma de pensar, sentir e agir que se materializará no corpo físico como atitude ou postura corporal.
Inquietude física: ranger de dentes, sobressaltos, espasmos musculares...; não conseguimos mais relaxar, nem durante o sono. Ossos, músculos, tendões, ligamentos, toda a estrutura de sustentação do corpo humano no estresse crônico permanece em tensão e rígidos o tempo todo, e depois de algum tempo, é normal que as inflamações comecem: tendinites, L.E.R, bursites, artrites, artroses, fibromialgia etc.
A Era do (com) dor foi uma lenta construção dia após dia, acontecimento após acontecimento e, depois de algum tempo surgem os resultados, no caso, os sintomas. Não é um quadro agudo.
Tanto no corpo físico quanto na parte psicológica e ética: as pessoas se deitam e despertam já cansadas, com o corpo todo dolorido. Isso não é novidade, para alguns esses problemas não são recentes. O esperado é que piore; pois a maior parte de nós vai continuar com o mesmo tipo de vida - não se trata de uma visão pessimista; mas sim, realista.
Todos os que hoje já se desesperam e se revoltam com suas limitações e dores; começam a perceber que a ação da medicina a cada dia se torna limitada - o alívio que os remédios proporcionam é cada vez menor e o tempo de duração do efeito também.
Ao menos numa coisa essa situação atual nos conforta; quando Jesus disse que no final dos tempos haveria dor, choro e ranger de dentes; logo ficamos imaginando o final de tudo, um desastre a lá filmes catastróficos – mas, não; talvez o que ele previu foi apenas fibromialgia, bruxismo, peripaques, transtorno bipolar, crises histeria, depressão, pânico – tudo resistente a tratamentos.
Ufa!
Que alívio!
Não adianta ficar dizendo que viver assim é melhor morrer – isso mata lentamente – melhor ir se acostumando – afinal, a gente se adapta e se acostuma com tudo. Apenas cuidado para não exagerar e começar a dizer: Aí, que dorzinha gostosa!
A investigação médica ficou mais fácil; hoje, o médico pergunta ao paciente: - DIGA ONDE NÃO DÓI!
Outro aspecto positivo é que melhora a relação de troca afetiva entre as pessoas: vai começar o troca-troca de massagens. Você faz nimim – depois, eu faço nossê! – claro que alguns só vão querer receber e não vão querer dar; coisas da natureza humana.
Solução?
Pode começar alongando; tanto a musculatura quanto a mente...
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