sábado, 4 de julho de 2009

QUE DELÍCIA DE PNEUMONIA

ESTAR DOENTE É MUITO BOM

ETs descuidados que se aproximarem muito de nós podem ser contaminados; talvez por isso estamos situados aqui na periferia da galáxia; isolados por cinturão de fótons e outros aparatos estelares para espantar viajantes do espaço curiosos.
O manicômio estelar chamado planeta terra interna bilhões de malucos.
Essas roupas metálicas com que se vestem e essas luzes irradiadas por ETs que, são vistos por alguns; ninguém me tira da cabeça que não é moda estelar, é apenas defesa; eles tentam se proteger dos vírus e fungos de burrice que exalamos ao pensar, sentir e agir; isso é altamente contagioso e pasmem: fruto de aprendizado passado de pais para filhos, de geração a geração num “pacote” que apelidamos de educação.
No assunto de hoje do bate papo: saúde e doença; dor e prazer.
Qualquer ser com um mínimo de raciocínio crítico entra em parafuso após analisar como nos relacionamos com a doença e o sofrer. O êxtase dessa maluquice é nossa relação com a morte: fingimos que tentamos a todo custo fugir dela, mas corremos para seus braços alucinadamente na tentativa de aproveitar a vida.
Usando um raciocínio extraterrestre bem simplório: saúde é um bem e doença um mal. Fazemos juras de amor aos nossos filhos; queremos que sejam saudáveis, felizes, pessoas de sucesso; então porque os ensinamos a gostar de ficar doentes?
A coisa chamada educação está ficando perigosa; pois hoje tudo voa.
Repasso uma vivência de trabalho:
Dia destes, um pequeno paciente de 3 anos, um desses guris azuis de mente inquieta, rápida, quase alucinada, como são chamados esses seres, me fez dar boas risadas no consultório. Depois de boas gargalhadas, pois eles têm uma seqüência de cumprimentos que minha pobre coordenação motora não acompanha; e isso para eles é uma farra (dia destes um me disse assim na lata: Tio, você é muito legal; mas muito burro; não consegue nem cumprimentar direito) – Disse a ele: E aí cara – você aqui de novo? – O que está acontecendo? – Está gostando de ficar doente? – Ele ficou com cara de tacho durante alguns segundos; mas logo tirou de letra e rebateu: Como é que você descobriu? – Acho que você é meio mágico!
Conversa vai conversa vem, a mãe se queixou: - Estava em casa prostrado e com febre, foi só chegar aqui que já melhorou (confesso que essa fala de algumas mães, me incomodava – me sentia uma tenda dos milagres sem direito a cobrar pelo meu trabalho) – No decorrer da consulta ele foi entregando o ouro: estava entediado com a escola; a relação com alguns amigos concorrentes não ia lá essas coisas; segundo a visão dele havia um caminhão de motivos para adoecer – de certa forma, sem querer querendo, ele disse ter descoberto que era capaz de adoecer quando estivesse chateado. De forma quase explícita, ele colocou: ali no consultório ele era o rei podia brincar era o centro das atenções e tinha permissão para colocar como estava se sentindo; em sua casa ninguém tinha tempo para ouvi-lo (convenhamos o rapazinho fala muito; morri de dó vendo uma lágrima rolar do olho da mãe – uma das boas alunas do meu curso de educação para a saúde na vida em família – quase chorei junto). Resumindo: o que sempre existiu na educação para a doença, está ficando muito grave; mas, por incrível que pareça a alguns; muito mais fácil de ser resolvido – creio que em pouco tempo ajudaremos esse rapazinho de 3 anos a lidar com saúde e doença de forma menos maluca do que os adultos da atualidade.
Já colocamos isso: como ensinamos nossas crianças a ficarem doentes, em artigos anteriores. Tenho um escrito antigo (uns dez anos) que enviei para uma editora avaliar se publicava ou não; elas têm um grupo que avalia material – enviei o original e ele voltou todo rabiscado com argumentações, tenho certeza que quem leu era um colega que ficou tão irado com o que leu; devo ter pisado em tantos calos, mexido em tantas feridas que me desestimulou a adequá-lo; quem sabe dia destes, eu volto a ele com uma coleção de situações como essa desse guri azul que, não teve medo nenhum de colocar que consegue ficar doente quando deseja e que o sistema é seu melhor aliado.

Retornei ao assunto, pois estou vivendo algumas situações de doença em família onde essa postura é mais do que clara. Pisei feio na bola na educação de meus filhos – Claro que com as devidas ressalvas no tempo e no espaço.

Material para reflexão:
Está doente? Vamos pegar algumas situações sazonais dessas que derrubam: Com gripe? Rinite? Sinusite? Dengue? Faringite? Pneumonia?
O que piora e o que melhora?
Os remédios estão fazendo efeito ou não?
Está de bem com a vida?
Motivado para viver?
O reconhecimento no trabalho veio acompanhado de mais trabalho ou veio junto algum aumento de salário?
Está com vontade de matar o chefe e de implodir a empresa?
Uma de suas razões para viver, é a condição de torcedor do contra ou a favor? Ficou triste pela não comemoração do feriadão da quinta gorda: dia de Manus tristes – ainda está curtindo o feriado do dia de Porcus tristes?
Saiu ileso do último noticiário? – o efeito Lula/Sarney não mexeu com sua saúde?
Se for convidado para uma situação muito motivadora (aquela festa tanto esperada; aquele encontro tão sonhado; uma possibilidade de subir na carreira, a notícia do tão aguardado reconhecimento no trabalho com aumento de salário) – Nessa condição favorável sara rápido?

Novamente nossa recomendação:
Adoeceu?
Tente responder a essas questões:
- O que tento justificar com a doença?
- O que tento ganhar com a moléstia?
- quem desejo punir com a doença?

Pedimos que nos passe a recita de como consegue motivar-se para não ir de uma simples gripe a uma pneumonia?

Saudações.

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