terça-feira, 31 de maio de 2011

JEJUM: A DIETA DO FUTURO

Não importa a idade; desde o nascimento estamos com um pé do outro lado da vida; nós vamos passar para a banda de lá a qualquer momento. Quanto mais desapegados estivermos das sensações e das necessidades que criamos aqui; mais fácil será a readaptação lá – onde está o nosso futuro.

Uma das amarras que nos mantém prisioneiros da necessidade de retornar periodicamente para esta dimensão: A comida.
Mais comemos do que nos alimentamos; comer é ato instintivo, ação primária de sobrevivência. Na era da razão o instinto não é mais sozinho aparato eficaz na alimentação; é preciso raciocínio para comer; é vital observar, selecionar e disciplinar o que, de que maneira e em que momentos devemos nos alimentar. Segue uma dieta quem busca saber receber do alimento o que atenda suas necessidades de evolução física e ética; já observa, raciocina e percebe as limitações do seu organismo; daí em diante respeita-se e vive mais e melhor.

Disseminado e incentivado desde as civilizações antigas o vício alimentar sempre foi danoso à saúde, mas hoje torna-se rapidamente mortal devido à química.
Ainda permanecemos na fase oral individual e coletiva; a maioria das culturas valorizam demais uma mesa farta e variada, e isso é reforçado com conceitos da sociedade de consumo; que apregoa o “quanto mais melhor”; para que vende, claro, e como a maioria dos consumidores é constituída por avessos ao ato de pensar e refletir firmou-se o conceito: quanto mais se come mais saúde se tem ou estes primores: “Desta vida só se leva o que se come, e o que se bebe!, Graças a Deus não perco jamais o apetite!”.

O Jejum periódico é um exercício de grande valia para a inevitável mudança de dimensão.
Diferentemente das dietas mágicas que pululam por aí; ele é extremamente prático; sem calorias para contar; nenhum alimento para selecionar; fácil de preparar; barato; de resultados rápidos; gera economia, pois comendo além do necessário perde-se tempo e dinheiro; por exemplo: deixando de jantar uma vez por semana pode-se economizar até cinco por cento do orçamento doméstico com alimentação.
Além disso proporciona mais saúde física, sexual, mental, emocional; facilita a eliminação fisiológica de doenças e vícios; é excelente medicamento contra a insônia; é o tranqüilizante natural que relaxa o sistema nervoso e que alivia a ansiedade - quando comemos à noite o sono fica comprometido e cuidado: o apetite compulsivo e seletivo noturno é um sintoma de parasitose energética (obsessão espiritual).

O jejum aumenta a auto - estima pela percepção que podemos ser senhores dos desejos e não escravo deles; quando pode-se dizer não a um desejo; ao qual nunca resistimos, nós descobrimos que não conhecíamos a própria força.

Jejuando percebe-se que ficar sem comer não adoece nem faz mal e, por não se fazer acompanhar de fome; é mais fácil fazer jejum do que fazer regime; mas não acreditemos nisso por acreditar; apenas experimentemos: horas após o horário “condicionado” (preconizado pelo hábito) de nos alimentarmos a sensação de fome desaparece e, só retorna por volta do vigésimo quinto dia de jejum, quando se inicia o processo de inanição, embora quem coma compulsivamente não acredite que alguém possa ficar apenas algumas horas sem alimento.

A natureza ensina:
O apetite zero faz parte da evolução natural da cura; durante a doença febril o organismo “queima” toxinas, aumenta a sede, diminui a atividade motora e metabólica e desaparece o apetite; imitando a natureza ele pode ser usado como fonte natural de cura; e isso já é conhecido desde a antigüidade: “todos os homens tem em si um médico” dizia Hipócrates e “precisamos apenas ajudá-lo em seu trabalho pois comer quando se está doente implica em alimentar doença”, continuava ele.

Tão importante quanto a prática do jejum é o aprendizado de voltar a comer; por isso o jejum prolongado com fins terapêuticos deve ser supervisionado.

Reflexão para renovação ou atualização de dieta:
O corpo humano tem incrível capacidade de autolimpeza, pela renovação celular constante. Duas a três semanas são suficientes para classificar um alimento como adequado ou não ao nosso organismo.
É preciso analisar se estamos viciados em algum alimento ou bebida; pois alguns são capazes de produzir dependência química e dificultar a mudança da dieta. Muitas observações já se encontram nos códigos de recomendações ao consumidor; convém a todos estudá-las; isso não é apenas direito mas dever.

Outra importante função do jejum: Facilitar a conexão com a espiritualidade e o Eu superior. Muitos exemplos da importância do jejum nesse quesito foram oferecidos ao longo da história. O próprio Jesus o praticou para possibilitar a finalização de sua tarefa entre nós.

Além disso; deixando de lado o aspecto espiritual - não devemos descartar a possibilidade de num futuro mais próximo do que se imagina; sermos obrigados a reduzir drasticamente o consumo de alimentos pela falta deles; daí quem já estiver treinado...

Dica: ao desencarnar o apetite e a gula continuam os mesmos; mas comida física não há – Daí vamos brincar de obsediar os comilões?

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