segunda-feira, 1 de março de 2010

PROBLEMAS DA EXISTÊNCIA ATUAL – UMA NOVA REVOLUÇÃO CULTURAL SE FAZ NECESSÁRIA.

Em virtude de não sabermos quem somos nós; e o que fazemos aqui – nós vivemos a ditadura do tudo pelo prazer:

Essa forma de viver leva á perda do senso de limites.

Os limites pessoais e interativos estão sendo extrapolados a jato. O estilo de vida consumista está consumindo o próprio homem. Estamos nos auto – devorando – e ao admitir que eu não suporto mais viver dessa forma; sinalizo claramente que, perdi o senso de fronteiras do que é possível, do que é real, ou do que é ilusão; e da forma mais perigosa: não sou mais capaz de diferenciar a vida da morte em vida.

Tudo pelo prazer envolveu demais o sexo:

A intensa sexualização das relações humanas criou a sociedade do orgasmo a qualquer custo; não importam as conseqüências nem a idade; atrair parceiros para relações sexuais começa cada dia mais cedo; as desilusões e as doenças kharmicas também.

O uso da sexualidade torna-se dia a dia uma masturbação coletiva; pois, nas relações sexuais há cada vez menos troca de energia vital tendendo a transformar-se num processo de vampirização; onde se busca apenas o prazer pessoal; e quando há preocupação com o outro; é apenas ligada ao próprio desempenho do momento: “foi bom para você”? (mesmo que não tenha sido ninguém é capaz de afirmar que não foi; com medo da perda da parceria).

As seguidas, e cada vez mais precoces, frustrações com as promessas do orgasmo como a única fonte de alegria e prazer na vida humana, tornam-se um fator de grande peso no desalento e na falta de esperança de realização e felicidade duradoura – e uma fonte inesgotável de renda para a indústria farmacêutica...

A desumanização da sexualidade torna-se cada vez mais evidente no progresso de mercado dos “sex shops”; nele surgem “artefatos” para dar mais prazer com qualquer coisa que as mentes mais doentias imaginem; a substituição da própria mão e dos próprios dedos para atingir um prazer solitário; coisas do arco da velha para todos nós ainda incompetentes na arte de amar; esse imaginário que já é doentio; é substituído por perversas aberrações mecânicas.

Quem falar em animalização da sexualidade deve rever todos os conceitos de viver como candidato a ser humano.

Parte da culpa é da vida em família:

Boa parte das famílias; são constituídas segundo a lei de causa e efeito (destino); elas se estruturam no embalo; na paixão; na imposição das situações; na necessidade; nos interesses ou nos casamentos arranjados; etc. (tanto faz).

A cultura do romance e do pensamento mágico nos induz a imaginar que alguém pode nos fazer felizes ou infelizes, alegres ou tristes para sempre.

A somatória das influências externas, mais as tendências e as características do caráter de cada um, transformou a vida em família num caldeirão de problemas e reclamações; onde o sentimento de posse; misturado às projeções das expectativas; sendo realizadas por outrem; essa mixórdia de enganos nos torna pessoas cansadas, infelizes, inúteis.

Muitos dos que clamam não agüentar mais; que estão cansados de viver são pessoas que passaram pela vida sem viver; pois a maior parte do tempo, eles se anularam em função da família. Esse argumento, nós usamos como desculpa e, nos enganamos ao enxergar algum mérito nisso; viver em função da família é uma auto – mentira; pois nossa condição evolutiva não nos permite ainda esse tipo de renúncia de pensar antes nos outros; essa visão é uma ilusão; e a realidade, é que nos projetamos neles e os usamos para aliviar o medo de erramos, ou de não nos tornarmos pessoas realizadas e vencedoras; sem dúvida, o caminho mais fácil sempre foi jogar nas costas do outro a responsabilidade; se virar virou; se colar colou; caso contrário, a falha foi dele, fiz o melhor que pude, anulei-me para lhe dar o melhor e outras lamúrias inúteis que cansamos de ouvir todos os dias.

Sofrer ou felicitar-se através do outro é um tipo de parasitismo humano; que nada tem a ver com o sentimento do amor.

Nossa maior desculpa é o excesso de trabalho:

Todos os outros seres que compartilham conosco o planeta são criados para a vida; nós os humanos somos “criados” (educação formal) para nos profissionalizarmos, para podermos consumir o que nos sinalizam, indicam ou nos impõem; até mesmo o que produzimos; e nos consumimos a nós mesmos e uns aos outros sem necessidade.

Embora o ato de induzir para atender aos próprios interesses seja uma canalhice humana; a sociedade e a família induzem as crianças e os jovens a muitas coisas, até para a atividade profissional; e depois quando o sujeito desperta para a vida vê-se obrigado a realizar um trabalho que não lhe traz satisfação (deixando de lado as situações de exclusão social).


Tudo pela profissão:

Somos criados exclusivamente para a vida profissional; mas será que nossa vida pode ser resumida a isso?

Tardiamente, descobrimos que esse tipo de educação; embora, seja muito importante no estilo de vida atual, não é tudo; Daí, quando não estamos bem no trabalho, não importa os motivos, é como se o mundo desabasse; e, muitas vezes é quase impossível recuperar o equilíbrio e a alegria de viver.

Quando não trabalhamos com motivação as conseqüências costumam ser: desemprego; depressão; angústia; pânico; revolta – e até descontamos nossas frustrações do trabalho nos amigos; nas pessoas que dizemos serem nossas queridas; na família; no animal de estimação; nos objetos; nos vícios; etc.


Atração de opostos:

Trabalho, lazer e entretenimento passam a competir – Claro que a encrenca seria imensa.

Quando o lazer se torna uma obrigação com data e hora marcadas, nos locais que dizem serem os mais bonitos e que são freqüentados pelas pessoas mais vitoriosas, além de que todos façam o que é a coqueluche do momento, o resultado é mais cansaço e frustração, antes, durante e depois.

O entretenimento é uma das grandes causas dos problemas de saúde física e mental da atualidade – pois, nosso organismo não é capaz de diferenciar realidade de ilusão; verdade de mentira.

A indústria do entretenimento rápido especialmente a TV, é responsável pela destruição da qualidade de vida de muita gente. Além de induzir á ociosidade (bem que Jesus nos alertou); pois o corpo físico não é capaz de diferenciar ilusão de realidade; submetidas diariamente à ilusão; as mentes menos desenvolvidas, exploradas pelas menos preguiçosas, enganam seus corpos o tempo todo sem descanso, e o resultado final que se anuncia daqui em diante é desastroso: doença e morte.

Até a religião estressa?

No mercado da vida, as ações dos conglomerados religiosos estarão em baixa vertiginosa; as ações da religiosidade estarão em alta - Daí; tome cuidado, muito cuidado com os aproveitadores da “última hora” que, não desejam continuar em Gaia; e já sabem disso há milhares de anos: São os falsos profetas das religiões que renascem em cada esquina da vida; aproveitando-se da nossa multimilenar pobreza de reforma íntima.

A associação da fé em Deus, com a melhora da vida material, base e conteúdo das religiões mais prósperas da atualidade e que mais crescem; cria inevitáveis conflitos entre a crença e a descrença; e que dia após dia tiram a esperança, ou sedimentam o conformismo quando as coisas não vão bem.

Ao colocar todos os acontecimentos da nossa vida na vontade de um Deus tão humano e materializado: vingativo e cruel quanto nós; inevitavelmente perdemos a pouca capacidade de controle da nossa vida que conquistamos e, nos sujeitamos integralmente á lei de causa e efeito.

Quando vivemos dia após dia á espera de um milagre para desfazer situações que nós mesmos criamos, e acreditamos que nem mesmo Deus está trabalhando a nosso favor; nesse ponto, nós estamos em perigo de desistir de viver, inutilmente, isso estressa; angustia; deprime; e mata; em todos os sentidos.

A dificuldade em acomodar os interesses dos religiosos aos nossos traz grandes problemas:



Separar o que ocorre intra - indivíduo da influência das coisas externas sobre quem nós somos; somente seria possível antes da primeira escolha inadequada: pecado original.

Apenas para facilitar iremos separar uma situação da outra (são inseparáveis).

Como já alertamos de outras vezes; quando começamos a pensar, uns antes e mais que outros, imaginamos que fosse possível controlar a vida das outras pessoas, manipulá-las segundo nossos desejos; desde que elas permitissem nossa influência.

Quando, alguns que pensam mais, se unem aos que pensam pouco; mas são dotados de grande poder físico ou financeiro criamos as ditaduras de todos os tipos ou, até a crueldade.

As condições que nos transportaram a essa situação atual de esgotamento vem de muitas e antigas Eras; onde mesmo, nas melhores condições não aproveitamos as oportunidades que nos foram oferecidas e; criamos alguns entraves ao nosso bem estar.

Essa atitude gerou a falta de maturidade psicológica?



Maturidade psicológica é algo interminável; embora possa ser situada no tempo e no espaço do indivíduo; com relação a um grupo, num determinado momento.

Como almas em progresso; nós trazemos ao nascer; tendências e impulsos inatos que irão sofrer forte influência do meio em que nos situamos - mas, por falta de conhecer e de praticar a Legislação Cósmica; o sistema de educação impede nosso amadurecimento; de tal forma que, na atualidade, a maior parte de nós, apresenta uma maturidade psicológica de criança de 2 a 6 anos de idade cronológica ou pouco mais. Dessa forma; em muitos sentidos, nossa vida é uma brincadeira de faz de conta quase que o tempo todo.

Para exemplificar, basta observar como a criança se sujeita com facilidade ás pressões de grupo e aos que ditam rumos e tendências na forma de viver; e, como os adultos imaturos, vivem em função de modismos, padrões de normalidades e, submetem-se a governantes, ineficientes, corruptos, sanguinários, lunáticos. As crianças têm mais facilidade para desrespeitar fronteiras e para perder o senso de limites de forma aguda; pois são incapazes de discernir entre o que é possível e o que não é; em cada momento; por isso, esgotam os desejos e se enfastiam’, com facilidade de tudo o que possuem ou estão fazendo; inclusive das pessoas; essa reação rápida serve como defesa relativa contra o estresse crônico.

No adulto e nas crianças precoces, essa defesa é anulada pela mente que, já analisa interesses e influências do meio, criando um impasse de progresso. O infantilismo do adulto que se recusa a crescer; leva a reações emocionais reprimidas pela dependência dos interesses próprios; ou nos induzidos, criando um impasse que nos leva á perda de energia, ao esgotamento físico e mental.

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