Somos capazes de fazer abstrações, de criar uma vida imaginativa povoada de sonhos, desejos, medos, angústias...
Exatamente nesse ponto: na capacidade mal conduzida de imaginar, inventar e criar, está a raiz do problema do estresse crônico. Ele é uma ilusão mental/emocional individual e coletiva. Até aí, tudo bem; o perigo disso, reside no fato de que tudo que acontece no campo da energia pode se concretizar e se materializar nesta dimensão.
O estressado crônico logo começa a trazer para o corpo sua desarmonia na forma de distúrbios do metabolismo: aumento da produção de colesterol, concentração de gordura abaixo da linha da cintura. Alterações na produção dos hormônios, especialmente aqueles diretamente relacionados com o instinto de defesa da vida: adrenalina, acetil/colina, vasopressina, cortisol, serotonina, etc.
O número de situações de estresse real a que estamos submetidos no dia a dia é mínimo se, comparado com os episódios de estresse mental/emocional que nós mesmos inventamos e alimentamos.
Soa estranho ouvir que há um tipo de estresse útil e outro inútil; mas, é real. A natureza não dá ponto sem nó, a reação de estresse aguda (realidade) sempre é muito útil na evolução dos seres vivos: movimento, vibração, interação. Já o estresse crônico (ilusão), quase sempre é inútil e doentio.
Até é possível que, as razões ou o que motivou a situação de estresse crônico, tenham lá a sua utilidade pessoal ou até para o bem comum; mas isso é raro.
Várias são as situações habituais de estresse inútil e doentio; eis algumas:
Nos esgotamos ao tentarmos controlar a vida dos outros, ou tentando manipular os acontecimentos querendo bancar “deus”.
Orgulhosos e controladores pensam que apenas eles fazem as coisas bem feitas e trazem para si toda a responsabilidade de tarefas que podem e devem ser delegadas aos outros.
Os pouco competentes para assumir a existência passam a centralizar toda a sua vida apenas no trabalho profissional, esquecendo todas as outras tarefas. Viciam-se nele e se desesperam quando são descartados ou substituídos por outros.
Os escravos da rotina que aliena.
Os gulosos que querem tudo de uma vez.
Os crédulos que não gostam de pensar e, que se deixam escravizar por valores transitórios criados pela mídia que a cada dia cria novos objetos do desejo.
Os que imaginam que ao fazer a tarefa dos outros para tornar-lhes a vida muito cômoda, adquirem méritos que vão levá-los ao céu ou paraíso.
Os inseguros que tentam se afirmar a qualquer preço, através da valorização do ter, possuir, aparentar.
O estresse crônico é a materialização de um estilo de vida.
A marca registrada da “vida moderna” é o desejo e a capacidade de competir; como se estivéssemos disputando uma corrida.
Sobrepujar o outro quase se torna a razão de viver de muitos.
Reflexão:
Para que serve meu estresse?
Namastê.
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