Alguns seres se especializaram em dar “nó na cabeça” dos pobres candidatos a ser humano usando a dialética e jogo de palavras.
Uma das nossas atitudes mais “sem noção” como dizem os jovens é pedir perdão a Deus dos tais “pecados”. Essa atitude é um paradoxo; pois se Ele tem que perdoar; então, não é Deus.
Ainda nem nos humanizamos direito, e já cultivamos a mania de nos acharmos o centro do universo; e até criamos um Deus á nossa imagem e semelhança: que se ofende, magoa, vinga, pune.
A atitude de perdão, pressupõe que houve uma ofensa: um ofendeu, outro se sentiu ou foi ofendido; houve percepção da ofensa e reflexão que conduziu ao discernimento sobre a inadequação e necessidade de mudança.
Sem levar para o lado pessoal, outra das nossas manias; nós nos ofendemos até com certas verdades - quando peço perdão a Deus estou assinando um atestado de incapacidade de uso do raciocínio lógico; isso significa que ainda sou um arremedo de ser humano; muitas pessoas sentem-se ofendidas com essa realidade.
Perdoar é uma atitude inteligente.
Deus não é a inteligência suprema?
Então; Ele tudo perdoa.
Errado, ele é muito mais que inteligência, emoção e sentimento; é a Fonte Criadora que jamais se ofende ou pune; apenas ama e cria.
O perdão divino está inserido nas Leis imutáveis.
Errou? Conserta – Feriu? Cura.
Desnecessário pedi-lo.
Mas, mesmo cá mais em baixo; entre nós:
Perdoar, não é apenas um pensamento fugaz, uma emoção ou um sentimento; concretiza-se na atitude.
No caminho da humanização muito ainda nos falta; pois, apenas os já seres humanos perdoam.
Sobrepor a razão ao instinto e à emoção é um claro sinal de evolução. A racionalidade identificou uma situação desconfortável e houve opção de tentar mudar; o que, não quer dizer que razão, emoção e instinto concordem e atuem juntos, nem tampouco que a razão seja mais importante do que a emoção ou o instinto. Daí os vários tipos e fases de perdão.
Até para desmontar o conceito de pedir perdão a Deus:
O aprendizado do perdão passa por várias fases até chegar ao ato amoroso. Ora, Deus não tem que aprender mais nada.
Remédio?
Entre nós:
Substituir o pedido de perdão por atitudes renovadas.
Namastê.
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