terça-feira, 29 de março de 2011

É MAIS FÁCIL FAZER O MAL DO QUE O BEM

Desde sei lá que parte da eternidade, nós caímos feito “patinhos” em muitas “pegadinhas dialéticas” cósmicas; talvez pelo fato de não sermos muito dados a pensar, refletir.
Inevitável nestas bandas do universo usar a dialética para explicar experiências e acontecimentos da nossa vida. Daí que, Deus e o diabo, bem e mal, luz e sombra – são expressões necessárias para nosso raciocínio; e que parecem ser inseparáveis num mundo onde as pessoas necessitam de conceitos bipolares.

Expressões enganosas do tipo:

Toda transformação para o bem demanda mais trabalho, energia, esforço e determinação num longo prazo.
É mais fácil ser diabo do que Deus.

Esse tipo de fala nos ilude, quase nos faz pensar sejam essas colocações verdadeiras.

Na realidade dá muito mais trabalho e canseira praticar o mal do que o bem. Vamos usar a prática da mentira como exemplo; faltar com a verdade (com muita ou pouca intenção) dá uma canseira enorme; pois quem usou de tal artificio vive em permanente alerta com medo de ser descoberto. Essa realidade até explica em parte a queixa coletiva de cansaço, esgotamento, falta de energia – até certo ponto somos uma farsa quase coletiva. Um dos pilares da educação tradicional é a mentira e dentre suas facetas; está a criação pela criança de personalidades múltiplas. Em cada lugar somos uma pessoa; temos a personalidade que usamos na vida em família (mais próxima da verdade; pois lá relaxamos e nosso espírito mostra sua cara com mais facilidade), a que usamos no trabalho, na escola, com os amigo, com os desconhecidos, nas lides religiosas – até as famílias se formam de maneira equivocada e mentirosa; quando nos apaixonamos ou nos interessamos muito por alguém, nós inventamos uma personalidade específica para conquistar aquela pessoa – o resultado disso está no dia a dia e nos noticiários.
Falar a verdade é simples, fácil, descansa, refaz, dá uma incrível sensação de paz.

Noutro exemplo, saúde um bem e doença um mal. Gerar saúde e preservá-la é muito mais barato, simples e prazeroso do que cuidar da doença. Mas, como ainda vivemos na sociedade das pessoas que acreditam no mal; se identificam mais com o diabo do que com Deus – na nossa cultura, a saúde não tem valor algum para pessoa alguma até que seja perdida; daí passa a ter um valor máximo; então quem tem valor é a doença. Os pais ensinam os filhos a adoecerem e até os premiam quando eles conseguem ficar doentes, o que não é difícil; com mais atenção, carinho, presentes, e liberação de cumprir com as obrigações.

Se nós não fossemos tão lentos no raciocínio teríamos entendido que gerar o novo, construir, ser cuidadoso, falar somente a verdade, acolher, ouvir, participar, contribuir, libertar, sorrir, trabalhar para o bem – refaz, descansa, traz alegria, serenidade e paz. Ao contrário, destruir, descuidar, mentir, agredir, abandonar, cultivar a doença, desmanchar, maldizer, chorar, sofrer – dá um cansaço incrível, angustia, deprime, nos deixa em pânico, com dores em todo corpo e na alma.

Até os diabinhos já entenderam que o mal por si só não existe nem dá retorno; só dá muito trabalho inútil e canseira; na realidade ele é um diminuto bem. Eis, aí o motivo pelo qual eles foram pintados de vermelho: De raiva.

Até o diabo já percebeu que sua idéia inicial é furada – daí que ele mudou de estratégia. Exemplo, desde que me conheço por gente participo de atividades voluntárias. Tenho percebido uma estratégia bem ladina dele. Na base de criar sofrimento, perdas e outras dores morais os trabalhadores visados (os que podem fazer alguma diferença) são atirados nos braços de Deus e ficam firmes; mas, com algumas facilidades como aumento de salário e benefícios materiais as pessoas deixam as tarefas voluntárias; pois, de forma preparada, os horários não batem.

Experimente praticar o bem.
É trabalho que se faz uma vez só.
Não dói; é simples; não requer prática nem habilidade – apenas a boa vontade.

Precisamos deixar de ser cobaias da dialética e dos intermediários; até de alguns que se colocam como a serviço de Deus.

É mais fácil fazer o bem do que o mal.
É mais fácil ser deus do que diabo.

Claro que todo mal que fizemos e continuamos fazendo é a raiz do nosso sofrer.
O antídoto é fazer o bem sem descanso; até porque ele não é cansativo.
Apenas não fazer o mal não resolve nosso passado que se manifesta na atualidade como o momento presente.
Não ir além das obrigações, não praticar de forma consciente e premeditada o mal hoje, sem fazer o bem, trará um amanhã ainda sofrido.

Namastê.

Um comentário:

  1. Adorei a reflexão! Mas tem seus invés. É mais fácil não dar esmolas do que estender a mão no bolso e fazer uma compri há para a pessoa necessitada. É mais fácil dar um favor por um suposto beneficio, do que pesquisar a vida progressão do candidato e votar consciente. Normalmente o bem que desejamos, este não o fazemos.

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