sexta-feira, 26 de setembro de 2008

91% DAS LEIS NÃO SERVEM PARA NADA

Confesso que não fiquei espantado; triste sim; desalentado também; ao ler a notícia na Agência Estado da constatação da Transparência Brasil que os 55 vereadores de SP que consomem dos cofres públicos R$ 310 milhões/ano ou 5,64 milhões por cabeça para o contribuinte para apresentarem 3.021 projetos entre 2005 e 2008; constatou-se que 1.202 propostas quase 40% são “frescuras” e inutilidades como dar nomes a ruas, inventar méritos de títulos de cidadão paulistano, mudar nomes de ruas e outras babaquices. O pior é que 686 desses inúteis projetos foram aprovados; mas na outra ponta da linha dos 1.819 projetos possivelmente úteis apenas 206 foram referendados. “O exame das proposições por vereador revela marcada predileção por assuntos sem importância”, afirma Fabiano Angélico, coordenador de projetos da Transparência. - Grande novidade; dirão alguns, mas, a pergunta: O estamos fazendo para mudar o curso das coisas? – Nada, pouco ou o necessário?
Até certo ponto, fiquei feliz, pois apenas uns 4 ou 5% atendem aos interesses de grupelhos, o resto é nosso espelho: incompetência mesmo; nada a ver com maldade e falta de caráter; o que nos leva á mais ou menos 95% de inúteis na Câmara Municipal de SP. Mas, e nas outras se SP é o centro nevrálgico da intelectualidade e máquina motriz do País?
Desisti de votar; nem vou justificar - quero um tempo para refletir sobre minhas convicções – Devo confessar aos amigos: nunca ajudei a eleger nenhum candidato – todos em que votei perderam a eleição. Serei um imbecil ou um alienado? – Está difícil decidir. Mas, que isso não sirva de álibi para o leitor.
Minha fé na atual humanidade e seus sistemas de convivência está em baixa. Tomando a notícia como exemplo, se 91% das Leis são burras e inúteis; qual será o porcentual das que detém alguma importância, e que sobrevive com integridade á aplicação dos profissionais da Justiça? – Qualquer pessoa que não seja border line tanto na capacidade intelectual quanto ética pode deduzir que a justiça neste país funciona razoavelmente em primeira instância; daí em diante: salve-se quem puder (dispor de mais poder de barganha ou $).
Minha decepção maior é com os “colegas de profissão” que se candidatam a border line da política – nunca vi nem li nem tive notícia de alguma proposta inteligente a respeito de saúde de fato – é sempre a lenga lenga de fortalecer a doença: mais hospitais, remédios mais baratos, mordomias para aidéticos, cancerosos, hipertensos, diabéticos, obesos, dispépticos... Propostas de educar para a saúde? – Zero.
Vivemos na política abaixo do border line; estamos na era do Zero: saúde zero, fome zero, hombridade zero... Se Deus é brasileiro! – Paizão volte logo das férias; ao menos puxe com força nossas já tão esticadas orelhas para que deixemos de ser safados – que tal um terremotozinho; um furacão, um (dê asas á sua imaginação para completar o quadro).
Socorro! Quem puder que me ajude – estou perdido. Melhor – sou covarde e acomodado – Confesso: meus ideais e minhas lutas da adolescência e da época de faculdade foram para o fundo do baú ou do sarcófago do meu espírito? – Quem me ajuda a levantar a poeira – Bem vindo o espírito do Vandré e outros...
Paz? – Não vim trazer a paz, mas a espada... Quem foi o incompreendido cara que disse essa tão mal incompreendida verdade “temporal”...
Paz ou desembainhe a espada? – Haverá paz sem luta?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Livros Publicados

Livros Publicados
Não ensine a criança a adoecer

Pequenos descuidos, grandes problemas

Pequenos descuidos, grandes problemas

Quem ama cuida

Quem ama cuida

Chegando à casa espírita

Chegando à casa espírita

Saúde ou doença, a escolha é sua

Saúde ou doença, a escolha é sua

A reforma íntima começa no berço

A reforma íntima começa no berço

Educar para um mundo novo

Educar para um mundo novo