quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A INTUIÇÃO COMO RECURSO DIAGNÓSTICO EM MEDICINA

A PRÁTICA MÉDICA E A INTUIÇÃO

A modernidade conduziu a prática médica á robotização do raciocínio diagnóstico e á mecanização nos tratamentos, sob o inevitável patrocínio da indústria farmacêutica; inevitável, por que no mundo sob o comando do “deus dinheiro”, é natural que ela patrocine novas descobertas científicas; embora quase sempre; nem tão éticas assim; pois, investe em criar doenças que não existem para lucrar cada vez mais. A cada dia, novas e rendosas patologias são inventadas; claro que não perigosas nem letais; como é do nosso humano gosto; pois mesmo os médicos sonham em ter bons resultados para que possamos atender aos sonhos de consumo – Claro que nem todos compactuam com essa forma de agir; mas a “galinha dos ovos de ouro” da indústria farmacêutica e dos que a ela estão correlatos, está nas doenças fictícias: sintomas ou sinais transformados pela mídia em doenças; tais como: problemas do inevitável envelhecimento; sintomas do climatério; disfunção erétil; azia e queimação; tosse, coriza, espirros, obstrução nasal; constipação intestinal; aumento do colesterol; febre; dor; falta ou excesso de apetite; alergias; ansiedade; depressão; angústia; rugas; obesidade; manchas na pele; acne; queda de cabelo; insônia; fibromialgia; dores articulares; perda de memória; insônia; cansaço; desânimo – Ufa! – Cansei! – Mas, podemos afirmar sem medo de errar que a esmagadora maioria da fonte de renda da indústria farmacêutica provém das doenças que coloca na cabeça das suas “cobaias humanas” que, além de tudo; pagam muito caro para adquirir esse status: doentes – Claro que a indústria teria dado com os “burros na água” se não contasse com a valiosa ajuda dos profissionais da educação (pais, professores e sociedade em geral – na extrema valorização da doença; pois, como já cansamos de dizer: em nossa sociedade saúde não tem valor algum até que seja perdida...
Claro que o comércio e a indústria do diagnóstico cada vez mais caro e sofisticado não poderia ficar atrás - e desse casamento nasceu um “filhote” que faz jus aos pais: a antiga medicina de grupo; hoje rebatizada como seguro saúde ou convênio.

Após essa breve introdução, vamos ao assunto, a urgência em: DESMATERIALIZAR O RACIOCÍNIO NO DIAGNÓSTICO MÉDICO.

Hoje vamos bater um rápido papo sobre o uso da intuição.
Nosso inconsciente é um repertório fabuloso de vivências que podem ser trazidas ao consciente quando o desejarmos e de forma controlada – não apenas em momentos de alerta total ou perigo.
Como recentemente passei a me identificar com os escritos de Pietro Ubaldi – aliás; já me identificava sem saber; pois, ao receber de presente de um amigo um dos primeiros exemplares publicados no Brasil pela Ed. LAKE; encontrei uma pessoa que pensa e sente como eu; claro que resguardadas as proporções. Mas, hoje encontrei num site; por acaso: www.guia.hev.mon.br/intuição.htm um resumo de seu conceito de intuição colocado no livro “A grande Síntese”, que pretendo usar para tentar traduzir aos amigos do bloog um flash de experiência pessoal com a intuição como recurso diagnóstico acessível e que se usado com atenção não falha.
Leia com atenção:

“Não vos espanteis com esta incompreensível intuição. Começai por não negá-la e ela aparecerá. O grande conceito que a ciência afirmou (embora de forma incompleta e com conseqüências erradas), a evolução, não é uma quimera e estimula vosso sistema nervoso para uma sensibilidade cada vez mais delicada, que constitui o prelúdio dessa intuição. Assim se manifestará e aparecerá em vós essa psique mais profunda, por lei natural de evolução, por fatal maturação que está próxima. Deixareis de lado, para uso da vida prática, vossa psique exterior e de superfície, a razão, pois só com a psique interior que está na profundeza de vosso ser, podereis compreender a realidade mais verdadeira, que se encontra na profundeza das coisas. Esta é a única estrada que conduz ao conhecimento do Absoluto.
Só entre semelhantes é possível a comunicação;
para compreender o mistério que existe nas coisas deveis saber descer no mistério que está em vós.
Não ignorais isto totalmente; olhais admirados tantas coisas que afloram de vossa consciência mais profunda, sem poderdes descobrir as origens:
instintos,
tendências,
atrações,
repulsas,
intuições.
Daí nascem irresistíveis todas as maiores afirmações de vossa personalidade. Aí está o vosso verdadeiro e eterno Eu. Não o Eu exterior, aquele que sentes mais quando estais no corpo, aquele Eu que é filho da matéria e que morre com ela. Esse Eu exterior, essa consciência clara, expande-se no contínuo evolver da vida, aprofunda-se para aquela consciência latente que tende a vir à tona e a revelar-se.
Os dois pólos do ser — consciência exterior clara e consciência interior latente — tendem a fundir-se.
A consciência clara experimenta, assimila, imerge na latente os produtos assimilados através do movimento da vida — destilação de valores, automatismos, que constituirão os instintos do futuro. Assim expande-se a personalidade com essas incessantes trocas e se realiza o grande objetivo da vida. Quando a consciência latente tiver se tornado clara e o Eu tiver pleno conhecimento de si mesmo, o homem terá vencido a morte.
O estudo das ciências psíquicas é o mais importante que podeis hoje fazer. O novo instrumento de pesquisa que deveis desenvolver e se está desenvolvendo, naturalmente, é a consciência latente. Já olhastes bastante para fora de vós. Agora resolvei o problema de vós mesmos e tereis resolvido todos os outros problemas. Habituai aos poucos vosso pensamento a seguir esta nova ordem de idéias. Se souberdes transferir o centro de vossa personalidade para essas camadas profundas, sentireis revelar-se em vós novos sentidos, uma percepção anímica, uma faculdade de visão direta; esta é a intuição da qual vos falei. Purificai-vos moralmente e refinai a sensibilidade do instrumento de pesquisa, que sois vós, e só então podereis ver.
Aqueles que absolutamente não sentem essas coisas, os imaturos, ponham-se de lado; torneiem-se até chafurdarem-se na lama de suas baixas aspirações e não peçam o conhecimento, precioso prêmio concedido apenas a quem duramente o mereceu.
[63 - A GRANDE SÍNTESE - Intuição]

Nosso bate papo é sobre como desenvolvemos nossa intuição na arte da cura. Para mim sempre foi algo muito forte; mas, a cultura do racional acima de tudo, me tolheu; sempre fico em dúvida sobre quem deve comandar a vida, a razão ou a emoção? – começo a encontrar a resposta: nenhuma das duas e elas ao mesmo tempo a se fusionarem no tempo e no espaço. Lembram do conceito: Intuição é o instinto do futuro?
Uso para ilustrar a possibilidade de uso da intuição, minha experiência como aprendiz de Homeopatia. Ela, como todas as atividades humanas tem suas técnicas padronizadas – uma delas é a repertorização dos sintomas para se chegar a um diagnóstico para a escolha do medicamento a ser usado na busca cura; pois para quem não sabe, a homeopatia (em teoria) trata pessoas e não doenças; o que torna o diagnóstico no próprio tratamento (claro que para o sistema de crenças a respeito de saúde, doença e cura baseada na informação alopática torna-se algo muito estranho) – Um dos pilares da sistematização do diagnóstico homeopático pós Samuel Hahnemann foi o médico americano James T Kent. Quando atendo a um paciente pela primeira vez e sigo o repertório para escolher o medicamento – se faço o diagnóstico “desprezando” a intuição, muitas vezes, me dou mal; pois, nas fases subseqüentes tenho que recomeçar; e seja tanto nas doenças agudas quanto nas crônicas – claro que o instinto de sobrevivência e os amigos espirituais fazem com que nas doenças realmente agudas eu sempre vá pela intuição e a seguir confirmo pela sistematização. Uma das características pessoais é que sempre detestei rótulos e sistemas tradicionais como guias ou condutores. Minha amiga Dra. Mônica Medeiros diz que minha forma azul de pensar e sentir, é que me impele a agir de forma contrária aos padrões estabelecidos. Um reforço para me sair bem: nunca desprezo a intuição de pacientes quanto á própria doença e principalmente quando se trata da intuição das (bruxas) mães com relação ao problema dos filhos – seu diagnóstico caminha lado a lado com o meu – e quase sempre elas acertam.
Essa ferramenta está á disposição de todos e pode ser desenvolvida; tanto que uma de nossas mestras Espirituais, a Dra. Shellyana, sempre nos estimula na tarefa de assistência espiritual na Casa do Consolador (SP) a usarmos a intuição: “Sente; não pensa; aprende a ser eco do paciente – sinta suas necessidades – permita fluir”.

Claro que nem tudo é ciência; e muito menos apenas intuição.
Paz.

Nenhum comentário:

Livros Publicados

Livros Publicados
Não ensine a criança a adoecer

Pequenos descuidos, grandes problemas

Pequenos descuidos, grandes problemas

Quem ama cuida

Quem ama cuida

Chegando à casa espírita

Chegando à casa espírita

Saúde ou doença, a escolha é sua

Saúde ou doença, a escolha é sua

A reforma íntima começa no berço

A reforma íntima começa no berço

Educar para um mundo novo

Educar para um mundo novo