sexta-feira, 29 de julho de 2011

O SER INFIEL




Somos seres únicos com pontos de vista semelhantes ás vezes; mas únicos. Na hora de interpretar qualquer coisa, sempre, infelizmente, nós acabamos levando para o lado pessoal.
Na crônica anterior abordamos o assunto ser fiel, fidelidade, que gera concordâncias e oposições. Hoje vamos tentar enxergar por um prisma diferente; não oposto; apenas diferente.

O conceito de fidelidade ou da falta dela causou desatinos que se perpetuam há milhares de anos; e ainda persistem na forma de ódio, mágoas e ressentimentos advindos de guerras, destruição, crueldade – especialmente o conceito ser fiel ou infiel a Deus baseado em crenças religiosas, especialmente as de conversão.

Somos malucos, pois sem medo de errar podemos dizer que a quase totalidade dos que se dizem fiéis até a Deus; o são apenas aos seus interesses do momento e dos que os manipulam.

O que representa realmente ser ou estar infiel?

Infidelidade
s.f. (do lat. infidelitas, infedilitatis) 1. Falta de fidelidade, deslealdade, traição. 2. Falta de exatidão, de verdade. - 3. Abuso de confiança.

A infidelidade consciente ou não; usada para preservar interesses e desejos do momento, essa, não tem o mínimo respaldo ético moral em qualquer circunstância de vida no espaço e no tempo.

O traidor, o infiel básico é aquele que não respeita a si mesmo; podemos dizer sem medo de errar que praticamente todos os que nos encontramos aqui em 3D somos infiéis aos compromissos assumidos conosco na feitura do projeto de vida atual – exemplo: nossas doenças representam a materialização da nossa infidelidade interior.

É possível pedir revisão de contrato:
Se desejamos abandonar a fidelidade a algo ou a alguém, primeiro expliquemo-nos e deixemos claro, os motivos; isso, é ser fiel; pois, não devemos fidelidade eterna a ninguém senão à nossa própria consciência que ainda necessita de reciclagem contínua, para que sejamos fiéis e não apenas estejamos fiéis.

Como saber?
Paremos e observemos as tendências de fidelidade e de infidelidade; talvez nunca tenhamos feito isso de forma consciente e analítica.

Um simples exercício de reavaliação de fidelidade pode se mostrar muito útil para a felicidade futura.

A que, ou a quem, sou fiel ou infiel?
Que justificativas ofereço à minha fidelidade?
E, quando sou infiel, como costumo justificar?
É possível ser mais ou menos fiel?
Sempre que me desculpo e justifico significa que fui infiel?

A pior infidelidade, a que trará choro e ranger de dentes, é a com relação a nós mesmos.
Assumimos um compromisso com a vida e o desprezamos sistematicamente; através: das doenças, especialmente as auto –
imunes; do desejo de tirar a própria vida; da depressão, etc.

Claro que na condição de seres interativos e interdependentes todo compromisso conosco mesmo não cumprido; nos torna infiéis com relação aos outros e até ao planeta.

Quando alguém nos perguntar: Você é fiel?
Muito cuidado na resposta; pois se viermos com o chavão: dos depende; das desculpas e justificativas; nós deixamos claro que ainda não somos.

Até mesmo na tal de fidelidade amorosa selada com fecho de ouro na colocação sem sentido: até que a morte os separe.

Se acreditarmos no Mestre: se pensar em trair já traiu – não é preciso consumar o ato – daí, todos somos traidores – quem nunca pensou em devaneio, sonho...

Como somente a verdade nos libertará é preciso descer do pedestal de anjos da asa quebrada; pois, ele não vi suportar o peso do nosso egão e o tombão vai ser grande.

Quem nunca traiu – atire a primeira pedra...
Cuidado para não acertar na cabeça da outra parte.

Com a palavra os amigos e amigas.

Um comentário:

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