domingo, 1 de agosto de 2010

CANALIZANDO OS IMPULSOS

Nossos impulsos devem ser domados?
Um amigo comparou nossa luta para domar nossos impulsos a uma cena daquelas em que se vê um sujeito grudado no cangote dum touro tentando ali permanecer por alguns minutos – confesso que nessas coisas de ser humano versus bicho; sempre torço pelos bichos (acho que sou do contra) – na hora achei engraçado e vi minha incipiente consciência levando cada tombaço daqueles, um atrás do outro – minha consciência vai ter que treinar muito, até fazer amizade com eles – a cada dia acredito mais que a vida investe nos fortes e decididos – talvez o melhor a fazer seja dar boa direção aos nossos impulsos no caminho do amor e da paz.

Nossos impulsos são todos iguais?

O impulso pode ser comparado ao instinto particularizado, personalizado.

As pessoas podem ter impulsos parecidos, mas nunca idênticos; pois, o ser humano é único, não se repete.
É um potencial de energia nem bom nem mau; apenas uma força. Definir se o impulso é bom, se deve ser cultivado, fortalecido ou bloqueado depende de julgamento, da análise dos efeitos que costuma produzir e que podem ser analisados á luz da ética e da moral cósmica – quiçá até da própria justiça comum, quando geram conseqüências capazes de afetar outras pessoas ou o ambiente.
Os impulsos podem ser reciclados mediante esforço e trabalho consciente. Podem também ser modificados e ter a polaridade invertida segundo a ferramenta da vontade.

Na constituição da nossa personalidade entram como componentes importantes: instintos, impulsos (todo instinto é um impulso; embora nem todo impulso seja instinto), razão, emoção e sentimento.
O impulso é a energia gerada por uma forma reativa de agir sem triagem nem controle da razão; diz-se que uma pessoa é impulsiva quando muitas de suas atitudes obedecem ao comando da emoção ou dos instintos como forma de reagir. Exemplo: uma pessoa que contrariada nos seus interesses tem o impulso de agredir. Na perda do controle racional ela agride de todas as formas, até fisicamente; já quando o controle é parcial, a agressão pode situar-se apenas no campo verbal ou nas atitudes. E, se a censura racional for muito poderosa o impulso pode ser contido na sua manifestação exteriorizada; mas, é capaz de agredir seu próprio corpo (estômago, cefaléia, aumento da pressão arterial, etc.).

Para que vigiar e domar os impulsos?

A energia gerada pelo impulso é como uma flecha; uma vez disparada, atingirá o alvo.

Mesmo após a censura e a contenção, os impulsos podem acarretar danos consideráveis tanto na pessoa que os emitiu; quanto naquela a que foram direcionados. Pois, mesmo contidos eles continuam em atividade no plano energético, e a força desencadeada pela sua liberação pode atingir o alvo; caso haja sintonia (somos vítimas apenas de nós mesmos). A energia liberada, mas contida, retorna ao agente emissor e, é capaz de promover distúrbios e até doenças físicas, como cefaléias, hipertensão, gastrites...

Alerta.

Essa prática pode mudar sua vida; e até arrumar uma vaguinha na Nova Terra; aquela, depois da plástica energética e geográfica:
A forma mais correta de canalizar os impulsos; e não apenas bloqueá-los; é aprender a refletir, e a racionalizar cada situação em andamento antes que o gatilho seja acionado liberando a energia da reação impulsiva. Ao automatizarmos a reflexão, antes da reação, iniciamos o processo de assumir o comando da existência e quando agimos mais do que reagimos passamos a gerenciar melhor nosso destino e a influir de forma positiva no ambiente e nas outras pessoas.

Exercício.

Lembra do exercício anterior publicado no artigo: EDUCANDO SEUS IMPULSOS: A REPETIÇÃO LEVA Á AUTOMAÇÃO – publicado em 01/08/2010 no bloog: http://educarparaumundonovo.blogspot.com
Vamos incrementá-lo.
Observe seus impulsos, anote os que, já percebeu, identifique quem ou o que costuma ativá-los. Quem ou o que, funciona como gatilho de sua impulsividade?
Tente criar uma situação que seja capaz de desencadear uma reação ou atitude impulsiva já sua conhecida, e que, não seja capaz de afetar outras pessoas (para evitar dívidas com a própria consciência: “Carma”). Não a censure, mantenha o foco da consciência apenas no impulso e permita que ele siga seu curso até o final. Observe como se sente depois disso, anote. Você percebeu que convive com bons e maus impulsos (depende das reações que provoquem em você, nas pessoas e no meio)?

Dica.

Será que uma das formas de ascender é aprender a arte de transformar maus em bons impulsos?
Compulsões, predisposições e tendências são conjuntos de impulsos em potencial que podem ser ativados ou desativados tanto na presença quanto na falta do desejo e da vontade em pô-los em ação.
Após termos identificado e distinguido alguns instintos e impulsos; e depois de separarmos uns dos outros, exercitaremos a forma mais simples e fácil de manejá-los. Feito isso, a nova tarefa em foco é identificar as compulsões, as predisposições, as tendências e também os vícios. Neste bate papo, apenas procuramos estudar todas essas características juntas, mas elas são distintas umas das outras; uma compulsão é diferente de uma tendência, de uma predisposição e de um vício; de início vá apenas ao dicionário; isso, já pode ser suficiente para começar a diferenciá-las.

Exercício.

De maneira gradativa tente identificar cada uma de suas compulsões, tendências, predisposições e cada um de seus vícios; vale a pena reciclar esse conceito, pois costumamos apenas nos deter na dependência do que é considerado pela maioria como ilegal. É importante anotar o que encontrar no estudo de si mesmo; para complementar suas observações para não perder a continuidade. Pois quando se exercita focar a consciência ou se pára para observar algo, a cada dia, novos detalhes são percebidos e acrescentados; daí basta adicionar.
Aos poucos, procure associar cada característica percebida com o que está ocorrendo no momento presente. Pessoas, situações, sons, odores, palavras, frases, inúmeros são os fatores capazes de desencadear ou interferir com qualquer uma dessas características.

Dica.

Quando submetidos à ação do raciocínio e das emoções os instintos sofrem-lhes a influência e podem ser deturpados dando origem a impulsos compulsivos ou vícios.
Só de brincadeira; analisemos um instinto: o de sobrevivência da espécie. Ao longo da evolução dos animais desenvolveu-se o instinto de buscar alimento e de comer quando se tem fome. Na fase intermediária como trogloditas; descobrimos e acentuamos a sensação de prazer ao comer. Hoje o ser humano é o único animal que come sem ter fome, usando a ferramenta da vontade; e com graves efeitos, que pioram a cada dia “epidemia” de diabetes e obesidade.

Alerta.

Cuidado; nossa vida não é tão fácil assim – não basta recuperar nossos instintos deturpados transformados em compulsões e vícios; é preciso não atrapalhar os dos nossos coleguinhas de evolução. Respeite os animais não tente humanizá-los; pois ao tentar humanizar os bichos – pode criar “Carma” á toa – Animais silvestres não adoecem como nós. Os impulsos, as compulsões e os vícios sofrem a influência do meio na sua formação, como no caso dos animais domésticos de algumas raças; que já comem sem ter fome e morrem de doenças tipicamente humanas: câncer, insuficiência renal, diabetes, obesidade, etc. O contato permanente com o homem durante muitas gerações deturpou o instinto, gerando uma viciação. No ser humano alguns comem sem fome como um vício; outros comem de forma compulsiva alguns tipos de alimentos para tentar abrandar a ansiedade.

Nossa intenção nestes exercícios é apenas criar o hábito de detalhar, impulsos, vícios, compulsões; portanto evite fazer julgamentos de bom ou mau, de certo ou errado; por um motivo simples: você lançará mão da desculpa que todo mundo faz que, isso é normal, e comprometerá o resultado do trabalho. Lembre-se que o interesse é seu, meu e nosso.

Pausa para reflexão.

Neste final de ciclo em Gaia nossas desculpas e justificativas não são mais aceitas. Em tempo: não procure remédios mágicos para reciclar sua personalidade – claro que alguns tipos de terapia podem ser uma alternativa a nos oferecer melhor condição de nos transformarmos.

Continua...

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