Há momentos em que sinto vergonha e nojo de ser um candidato a ser humano. Conforme colocamos no artigo “A teoria da reconstrução e os abutres” – após desastres coletivos a escória movida pelos interesses põe a verdadeira cara prá fora; mesmo mascarados de santinhos e piedosos de primeiro mundo e até emergentes – e – a fauna é rica: conglomerados financeiros; aparições políticas; guerra pelo poder de comandar a reconstrução para ganhar $ - sempre o deus $ que traz poder e felicidade para essa turma; traficantes de poder, de seres humanos e de órgãos para transplante e pesquisa.
Que os consumidores de cocaína, heroína, maconha e outros mantenham a produção e o tráfico é problema deles (claro que o livre arbítrio é limitado e sempre sobra prá quem está em torno: afetividade, família, sociedade). Quem mantém os traficantes e produtores de drogas? – Até um nada dotado de inteligência crítica é capaz de responder: os consumidores que podem pagar – Mas, isso antes; pois a ganância travestida de astúcia desmedida criou drogas muito baratas para viciar até a pobreza. Mas, o que isso tem a ver tráfico de órgãos e de crianças? – Muito mais do que desejamos aceitar; pois reabrir essa ferida vai doer muito; mas, a cura vai depender de drenagens e mais drenagens dos “verdinhos $” interesses purulentos.
Está inserido no DNA cultural - Para muita gente de primeiro mundo; o tráfico de pessoas coloridas e pobres faz parte da ecologia humana – mas, mesmo não legalizada a escravidão continua cada vez mais grave; pois disseminada pela mídia e globalização – Só prá descontrair, pois o assunto é nojento: vamos brincar um pouco de falar de uma realidade relacionado ao tráfico de crianças haitianas: Num passado não tão distante assim; o patrão comprava a escrava e “comia” a mercadoria, sozinho; e, de tão inteligente que se achava; depois ainda usava os “frutos” como mão de obra barata; mas, hoje eles são mais espertos e vendem para seus concidadãos as imagens do uso fruto de sua prepotência.
Confesso que não vi, não ouvi, nem li, que alguém ou uma entidade, lideranças religiosas ou ONG de primeiro mundo tenha abordado de forma crítica e com a contundência necessária a despertar os que ainda podem fazer, e tem a responsabilidade de fazê-lo; pois como disse um Mestre muito comentado e nada praticado: “A quem muito for dado; mais será pedido” – traduzindo: sem desculpas; sabe então faz!
Com certeza muitos cidadãos do mundo primeiro, passado o impacto do desastre, até torcem o nariz para os novos e maiores problemas que os haitianos vão começar a enfrentar: serem tratados como gado em sua própria terra.
Tráfico de seres humanos – que coisa mais degradante e nojenta – As migrações forçadas pelas circunstâncias fará com que escória da humanidade trafique e escravize até os próprios irmãos – isso se vê a todo instante na relação entre os imigrantes ilegais.
Mas, retornado ao problema do Haiti.
Para que um primeiro ministro assuma a gravidade do problema; é por que ele é real – provavelmente ele não está querendo aparecer...
Qui, 28 Jan, 10h21
Washington, 28 jan (EFE).- O primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, afirmou que existe tráfico de crianças e de órgãos em seu país após o terremoto do último dia 12.
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• Especial sobre o Haiti
"Há tráfico de órgãos para crianças e outras pessoas, porque existe uma necessidade para todo tipo de órgãos", afirmou Bellerive em uma entrevista à "CNN" publicada hoje em sua edição digital.
O primeiro-ministro haitiano não deu detalhes, mas quando a jornalista Christiane Amanpour perguntou se também há tráfico de crianças, Bellerive respondeu: "As informações que eu recebi dizem que sim".
O Governo do Haiti tenta localizar crianças deslocadas e registrá-las para entregar a membros de sua família ou dar para adoção, explicou.
Segundo Bellerive, o tráfico de crianças é "um dos maiores problemas que temos".
O primeiro-ministro declarou que está trabalhando com as embaixadas em Porto Príncipe para proteger as crianças dos traficantes.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) já expressou sua preocupação com a saída de crianças supostamente órfãs do Haiti sem contar com a documentação adequada ou sem que os trâmites legais de sua adoção tenham sido concluídos.
A Unicef falou inicialmente sobre 15 crianças sequestradas em hospitais haitianos, mas depois disse que precisava confirmar esse número.
Na terça-feira, diferentes organizações do norte da República Dominicana disseram que o trânsito de crianças haitianas para cidades do país após o terremoto é alarmante. EFE
A pergunta é: QUAL O DESTINO DESSAS CRIANÇAS?
Como esse é um assunto que vai rolar durante algum tempo com denúncias vazias atrás de denúncias vazias – talvez amanhã tenhamos novos dados; mas, o que provavelmente será seu destino segundo os dados atuais do comportamento humano:
- Muitas serão adotadas para que sirvam de mão de obra doméstica barata; quase escrava durante alguns anos; em países de primeiro mundo.
- Várias serão mortas para que seus órgãos sejam usados no mercado negro de transplantes.
- Muitas engrossarão o “bolsa adoção” que os governos de primeiro mundo oferecem a algumas famílias como meio de vida.
- Algumas serão leiloadas na indústria da pornografia – quem dá mais pelo filme ou vídeo? – tem só 5 anos mas corpinho de 13.
- Algumas serão adotadas apenas para expor aos em torno a “bondade” e o humanismo de adquirir um filho colorido.
- Algumas raras crianças haitianas receberão a dádiva divina de serem adotadas por pessoas com potencial realmente humano e serão respeitadas, amadas...
A esperança: QUE SURJAM PESSOAS E ORGANISMOS QUE CONTROLEM O DESTINO DOS DESPOJOS HUMANOS DECORRENTES DESSE DESASTRE.
Está difícil escreve com essas drogas de lágrimas teimando escorrer dos olhos – mas, são lágrimas de revolta e dor – provavelmente vou pegar conjuntivite...
Até logo mais – pois, este assunto não vai terminar tão cedo.
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