Disseminado e incentivado
desde as civilizações antigas o “vício” alimentar
sempre foi danoso à saúde; mas hoje se torna rapidamente mortal devido à parafernália
química usada na indústria e conservação de alimentos.
Ainda permanecemos na fase
oral individual e coletiva; inclusive, muito dos rituais nos quais cada
festividade tem suas comidas especiais ainda persistem; a maioria das
sociedades valoriza demais uma mesa farta e variada, e isso é reforçado pelos
conceitos da sociedade consumista, que apregoa o “quanto mais: melhor”, para
que vende; claro.
E como a maioria dos
consumidores é constituída por avessos ao ato de pensar e refletir - firmou-se
o conceito: quanto mais se come mais saúde se tem.
Ou estes primores da falta de
raciocínio crítico:
Desta vida só se leva: o que
se come e o que se bebe!
Graças a Deus não perco jamais
o apetite!
Por nunca ter-lhe sido
permitido sentir plenamente a sensação real de fome; a criança tem o tempo todo
o apetite parcialmente satisfeito; isso gera o apetite seletivo:
Não gosto disso!
Só como aquilo!
E desse modo faz-se do ato de
comer uma exacerbada fonte de prazer; mesmo que inventemos desculpas e
justificativas, sabemos que muitas das vezes em que nos alimentamos o fazemos
por outras razões que não a fome violando uma lei básica da vida; cuja
paciência se esgotou.
Deve-se rejeitar no apetite o
prazer físico como um fim em si mesmo, pois, se sofre naturalmente as
conseqüências desta escolha na forma de doenças de instalação rápida ou tardia.
Para avaliar a qualidade do
estrago do APETITE SELETIVO na infância – analisemos o processo de trás á
frente.
Observe a vida de adultos que
são tradicionalistas ao extremo na comida: comem sempre a mesma coisa; não
ousam variar e se recusam a experimentar o novo o diferente.
Vida afetiva pobre, até péssima.
Vida profissional limitada, ás
vezes até medíocre.
Essas pessoas foram educadas (treinadas)
a fechar portas, a limitar ao invés de ousar, de abrir portas para experimentar
o novo, o diferente (o que explica o fato de quase sempre serem pessoas
preconceituosas).
Onde o erro?
Na tentativa de seguir os
padrões sociais, culturais e científicos; a família quer que a criança coma; não
interessa o que – daí: só prepara para comer o que a criança gosta...
Solução?
É preciso dizer?
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