sexta-feira, 19 de abril de 2013

APETITE SELETIVO: UMA FORMA DE LIMITAR A VIDA FUTURA DAS CRIANÇAS





Disseminado e incentivado desde as civilizações antigas o “vício” alimentar sempre foi danoso à saúde; mas hoje se torna rapidamente mortal devido à parafernália química usada na indústria e conservação de alimentos.

Ainda permanecemos na fase oral individual e coletiva; inclusive, muito dos rituais nos quais cada festividade tem suas comidas especiais ainda persistem; a maioria das sociedades valoriza demais uma mesa farta e variada, e isso é reforçado pelos conceitos da sociedade consumista, que apregoa o “quanto mais: melhor”, para que vende; claro.
E como a maioria dos consumidores é constituída por avessos ao ato de pensar e refletir - firmou-se o conceito: quanto mais se come mais saúde se tem.
Ou estes primores da falta de raciocínio crítico:
Desta vida só se leva: o que se come e o que se bebe!
Graças a Deus não perco jamais o apetite!
Por nunca ter-lhe sido permitido sentir plenamente a sensação real de fome; a criança tem o tempo todo o apetite parcialmente satisfeito; isso gera o apetite seletivo:
Não gosto disso!
Só como aquilo!
E desse modo faz-se do ato de comer uma exacerbada fonte de prazer; mesmo que inventemos desculpas e justificativas, sabemos que muitas das vezes em que nos alimentamos o fazemos por outras razões que não a fome violando uma lei básica da vida; cuja paciência se esgotou.
Deve-se rejeitar no apetite o prazer físico como um fim em si mesmo, pois, se sofre naturalmente as conseqüências desta escolha na forma de doenças de instalação rápida ou tardia.

Para avaliar a qualidade do estrago do APETITE SELETIVO na infância – analisemos o processo de trás á frente.
Observe a vida de adultos que são tradicionalistas ao extremo na comida: comem sempre a mesma coisa; não ousam variar e se recusam a experimentar o novo o diferente.
Vida afetiva pobre, até péssima.
Vida profissional limitada, ás vezes até medíocre.
Essas pessoas foram educadas (treinadas) a fechar portas, a limitar ao invés de ousar, de abrir portas para experimentar o novo, o diferente (o que explica o fato de quase sempre serem pessoas preconceituosas).

Onde o erro?
Na tentativa de seguir os padrões sociais, culturais e científicos; a família quer que a criança coma; não interessa o que – daí: só prepara para comer o que a criança gosta...

Solução?
          É preciso dizer?

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