O retorno ao continente de MÚUU...
É sabido que a energia contida nos vários tipos de alimentos
nos influencia até no comportamento.
Quem come muita carne fica com jeito de boizão?
Sabe-se desde lá quando, como espécie nós somos consumidores
de produtos bovinos – daí, não é de se estranhar que tenhamos comportamentos
que se assemelham aos deles - coisas simples:
Viver em rebanhos; repetir condutas; mascar o tempo todo;
ruminar idéias; não ousar vontades próprias; sentir-se confortável nas
padronizações; lentos nas decisões, etc.
Nossos limites são imponderáveis e tênues como a linha
divisória entre a sanidade e a loucura, saúde e doença. Parte de nossa
concepção sobre os individuais e os de relacionamentos pode ser enquadrada como
subjetiva entre sentir-se bem ou mal, feliz ou infeliz, etc.
Há uma tentativa de padronizá-los, baseados em conceitos
bovinos que envolvem a maioria; um exemplo é medir as capacidades intelectuais
que vão da genialidade passando pela normalidade mediana bovina, seguindo pelas
consideradas limítrofes chegando até as deficientes.
Quando nos baseamos padrões de normalidade de limites no
rebanho; qualquer coisa pode estar acima, dentro ou abaixo; especialmente no
que mais interessa: no peso.
O problema torna-se mais complexo quando entram em jogo
desejos e expectativas tornando-o mais subjetivo ainda.
Mudando de pasto:
Interessa-nos discutir além dos efeitos da manipulação dos
limites para determinados fins, também a responsabilidade.
Exemplo, qual a minha cota quando extrapolo os meus e
adoeço? E quando contribuo para que o próximo faça isso?
Será que limites existem para serem
superados?
Alguns guias de manadas afirmam que não; pois pode ser
perigoso para o equilíbrio do rebanho.
Perigosamente discordamos:
Cremos que sim.
Pois, barreiras não as há para serem quebradas? – Cercas
para serem puladas?
- Parece lógico.
Toda a diferença se resume em saber o que se faz; o que se
busca e quais as intenções?
Como dizem os sábios do rebanho:
“As coisas mudaram muito rápido”, “antigamente tudo era bem
diferente” – o capim era mais verdinho; a água mais limpa; o ar mais puro; não
era preciso vacinas, antibióticos – hoje com a ração que engorda mais rápido;
mas, no deixa molengões e sem defesa; é preciso usar essas novidades; mas, como
fazê-lo sem extrapolar os limites?
Mudando de rebanho:
A cada dia ficamos mais espantados, desconcertados mesmo,
com os efeitos sofridos de atitudes que sempre adotamos e que não nos traziam
problemas.
Alimentos que sempre usamos passam a fazer mal.
Pequenos excessos habituais começam a produzir grandes
estragos. A recuperação de pequenas extravagâncias torna-se cada dia mais
demorado; o que antes se recuperava com uma boa noite de sono, hoje pode levar
dias e, ainda podem restar sequelas.
Pequenas ofensas fazem as pessoas derramarem baldes de
lágrimas, ou para os mais violentos: retaliações que as superam em muito.
Doenças antes banais que teimam em não ceder aos remédios.
Alguns apenas se espantarão, outros ficarão meio que
revoltados.
A maior parte vai correr para a busca de soluções
milagrosas; claro que padronizadas; e muitos vão se decepcionar rapidamente.
Na área da saúde vai ocorrer uma debandada dos medicamentos
químicos; devido á exacerbação dos efeitos colaterais, e os que forem em busca
de milagres nas terapias alternativas também vão se decepcionar, após algum
tempo.
Engraçado, é que o retorno das coisas boas
também está muito rápido; no entanto, nossos valores culturais voltam-se mais
para o mal, então; o bem que está em alta acaba passando desapercebido. Ás
vezes, o retorno das coisas boas que fazemos recebe o nome de sorte ou a mão de
Deus.
AINDA VIVEMOS NO CONTINENTE DE MÚUUU?
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