quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SOMATIZAÇÃO: A ARTE DE ADOECER




Adoecer não é fácil não; é tarefa que exige muito esforço, estresse e dedicação ao sofrer.
Embora muita gente ainda se ofenda quando seus sintomas e sofrimento sejam diagnosticados como de fundo psicológico: é problema emocional; coisa da sua cabeça! – Isso é irritante – Quero que já esteja no físico: já - afinal: tanto trabalho para nada – O que vou dizer ás pessoas? Que justificativas vou dar? O que vou alegar? Vão dizer que sou uma pessoa fingida! – Um falso doente. Os exames não deram nada? – Tá errado! Melhor refazer! Vou mudar de convênio; de laboratório; de médico. Que absurdo; pago tão caro o convênio e os exames dão negativos...

Somatizar é transferir uma emoção ou sentimento para o corpo, de forma a causar um distúrbio físico; e isso, não ocorre assim tão facilmente de uma hora para a outra como muitos imaginam; leva um tempo; ás vezes a perder de vista; quase milenar.
Até pouco tempo, era difícil para as pessoas entenderem que, apenas a emoção em descontrole fosse capaz de gerar uma doença física; pois o ritmo de vida era bem mais lento, a tolerância orgânica era bem maior; hoje, todos os limites foram extrapolados e está ao alcance de qualquer pessoa relacionar seus defeitos de caráter às suas doenças físicas – inveja dá uma doença; medo outra; ansiedade outras...
Nem é preciso a ajuda do Dr. Google - O próprio dicionário dá pistas:
Soma s.m (Do gr.soma, somatos, relativo ao corpo) O corpo o organismo.
Somatizar é apresentar uma resposta física, orgânica, para uma idéia, sensação, emoção, sentimento, ou estresse psicológico.

Evitando a responsabilidade; afinal a gente já paga tanto para que outros a assumam - nós buscamos sempre um agente externo para nossas moléstias e peripakes; é difícil aceitar que a construção delas seja um processo cumulativo: gota a gota. E para que elas se materializem seja preciso criar um terreno propício; além de plantar é preciso: cuidar, regar; algumas doenças são muito sensíveis e curam-se com facilidade; mantê-las exige muita tenacidade.

A moléstia orgânica é resultante de uma somatória de fatores: tendência pessoal; pensamento em desalinho; emoções mal elaboradas; ambiente em desequilíbrio; produtos tóxicos: conservantes, corantes; agentes infecciosos: bactérias, vírus, fungos; vícios; drogas; alimentos; medicamentos – verdadeiros adubos na cultura das doenças.

Tudo isso sobra para o corpo físico que funciona como um “dreno”.
Quando ele não funciona; não faz a sua parte; a mente das pessoas entra em parafuso: como tudo está ótimo nos meus exames; se eu me sinto quase morto – esse corpo está com problemas – quero me sentir bem; aliviado; descarregado...
Em teoria; na cabeça da natureza; a doença física deveria funcionar como um esgotamento de resíduos mentais e queima de toxinas físicas. Isso até fica claro nas doenças febris: um corpo intoxicado ao menor desequilíbrio emocional precisa queimar toxinas para manter a vida. Observa-se na febre: em primeiro lugar desaparece o apetite dando lugar ao jejum curativo; aumenta a sede para uma drenagem rápida; diminui a atividade física para o repouso curativo; muitas vezes bastava respeitar o processo natural para alcançar a cura, sem necessidade de medicamento, que apenas alimenta o processo levando á recaída.
Se entender os programas básicos e primários estabelecidos pela natureza e repetidos centenas de vezes durante uma única existência – não são entendidos – o que se pode dizer de uma função mais avançada?
Mais complicado ainda; compreender que de certa forma a doença seja a cura natural em andamento.

Costumamos confundir causa com efeito até na origem de nossos distúrbios psicológicos.

Como exemplo; nós podemos citar a dinâmica da irritabilidade:
Se eu reajo contra uma situação com irritabilidade; na verdade significa que sou uma pessoa que se irrita com facilidade frente a um empecilho natural, um acontecimento ou contra determinada atitude de alguém. Não é a situação que me torna irritável; essa já é uma característica da minha personalidade; apenas evidenciada pela ssituaçãp.
O que ocorre é o inverso da forma como costumamos analisar as ocorrências desse tipo; como um imã, a minha irritabilidade natural é que atrai as pessoas e os acontecimentos que evidenciam como sou. Perceber isso; e o que deverei fazer para mudar esse estado de coisas; muda todo o resultado; e pode alterar profundamente minha qualidade de vida – e a das pessoas que comigo convivem.

Melhor começar a treinar isso; pois, pensamos, sentimos e agimos vinte e quatro horas por dia; e cada distúrbio da nossa personalidade tem um órgão alvo – inveja dá uma doença, intolerância outra, medo outra, etc.
Melhor nos conscientizar logo disso.

Mas, fique tranqüilo:
Meu amigo ET manda dizer que sua somatização acontecerá em breve.

Namastê.

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