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sexta-feira, 1 de julho de 2011
QUANDO A SIMPLICIDADE OFENDE
O que mais adoramos é complicar a vida – cantamos a simplicidade e a pureza em prosa e verso; mas por ser direta e reta ela ofende nossa tortuosa forma de pensar, sentir e agir.
Vamos usar um “causo” para ilustrar.
Um senhor precisou viajar para um distante país para tentar melhores condições de vida. Deixou a família, a esposa e um gato que era sua paixão, nutria imenso amor pelo bichano.
Passados alguns meses recebe uma carta da esposa onde de forma pura e simples, ela deu a notícia:
- Seu gato morreu.
Ele ficou abalado, irritado mesmo; e escreveu a resposta criticando a forma como a esposa lhe deu a notícia:
- Sua falta de respeito pela minha dor foi enorme; faltou-lhe sensibilidade e inteligência para me dar a notícia; quase me matou do coração. Tu deverias ter preparado meu espírito e dado a notícia aos poucos. Numa carta deverias colocar: teu gato subiu no telhado; depois nas outras pouco a pouco: teu gato caiu do telhado; depois, teu gato foi levado ao veterinário; depois, teu gato está em risco de vida – até que finalmente viesse da notícia da morte.
A pura e humilde esposa não retrucou.
Daí a algum tempo o senhor seu marido recebe nova carta: Tua mãe subiu ao telhado...
Talvez demore um pouco até que aprendamos a ser simples e diretos na fala e nas intenções.
Nossa mente tortuosa costuma prolongar nossos sofrimentos e angústias. Curtimos demais uma preocupação – ficamos deslumbrados com um problema em gestação.
Para quem quiser aprender de forma simples e divertida a viver a vida com qualidade, e deixar de se ofender com a pureza e a simplicidade pregada pelos Mestres e Avatares; isso é mais fácil do que se imagina – pois estamos cercados de mestres: sempre há crianças por perto – aprender com elas pode ser simples e divertido.
A senhora é a chata da Dona Marocas? - Minha mãe mandou dizer que não está!
Crianças são deliciosamente esbeltas nas intenções – para elas não há saia justa.
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Muito bom! A sinceridade é importante para que não arrastemos um sentimento por um tempo que pode se perder e então não saberemos mais o que fazer no emaranhado que criamos.
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