Em toda e qualquer atividade mercantil há época de vacas gordas e de vacas magras a gosto do freguês.
Sob a ação de fatores idênticos, a mesma situação pode trazer carências e adversidades para uns e abundância para outros – uns ganham e outros perdem – mesmo que o bom senso diga que, se uns ganham e outros perdem; todos perdem; pois nas interações humanas a relação correta é de ganha – ganha.
O mercado da doença e da cura não poderia fugir á regra.
Nosso assunto de hoje é a respeito da crise ambiental que se avizinha e que vai afetar pesadamente a área da saúde nos próximos meses de outono, inverno e primavera. Quem diria; os distúrbios climáticos podem afetar de forma tão interessante o mercado da saúde.
Em virtude da ação do fenômeno climático “la niña” que se formou é provável que tenhamos um outono e inverno muito secos e com temperaturas que vão variar do oito ao oitenta em poucas horas a partir de abril. Isso vai ser o paraíso, especialmente, para as doenças como pneumonias, gripes, resfriados e crises de doenças alérgicas (asma, bronquite, rinite, sinusite, conjuntivites, dermatites, etc.) que vão orgulhosamente assumir ares de epidemia.
Nesse contexto quem vai lucrar são os laboratórios e todos os que vendem remédios (boa hora para lançar produtos voltados para as doenças da moda ou da estação; sejam velhos maquiados e turbinados ou novos produtos; está na moda os com apelo “natural”).
Os profissionais de saúde liberais e as organizações e corporações vão ter até dificuldade em atender a demanda (época de vacas gordas).
Os profissionais da saúde assalariados, tanto da rede privada quanto da pública, vão sair perdendo e muito – para atender a demanda eles vão precisar encurtar mais ainda o tempo de atendimento, o risco de agressão verbal e física aumenta demais em virtude da qualidade da educação da população – a vida profissional pode estar em risco, especialmente para os que trabalham em pronto atendimento; pois ás vezes quando pegam um caso inicial de pneumonia, por exemplo, nem Deus faz o diagnóstico “correto” no período de incubação da doença; para se resguardar medicam com o velho chavão de “cobrir tudo” e seja o que Deus quiser: antitérmico, antinflamatório, antibiótico, corticóides, xarope e outros sintomáticos – quando a postura correta seria observar e reavaliar em algumas horas – mas, isso é sonho quase impossível – os profissionais mais “maltratados” e desconsiderados pela população é a turma da linha de frente.
O seguro saúde é outra vítima dessa sazonalidade; mas perde apenas na parte financeira que sabem muito bem recuperar com suas artimanhas e mecanismos de defesa financeira.
A grande vítima:
Quem perde mais nessa ciranda é o doente; da saúde á dignidade e a paciência; quando não a própria existência.
A parte mais triste e hilária desse problema é que tudo poderia ser resolvido de forma simples e fácil (claro que com o concurso da boa vontade e do tempo) através da educação para a saúde ao invés da educação para a doença.
Sim; mais da metade das nossas doenças são aprendidas.
Há que se considerar também o lado ético e moral do problema.
A medicina não comporta o mercantilismo:
A cura real e definitiva não pode ser comprada ou vendida, é conquista.
Ela deve estar embasada no conhecimento que, é o conjunto de informações recebidas e assimiladas por cada indivíduo, além disso, é necessário checar as informações para adquirir consciência e, aprender a discernir para pô-las em prática.
Cabe ao paciente aprender a discernir entre o certo e o duvidoso nas informações médicas e principalmente das verdades científicas voltadas para o consumo que abundam na mídia da atualidade; a postura do doente será um fator de peso para eliminar o mercantilismo na área de saúde.
Prestem atenção ao que vem pela frente:
Salas de espera lotadas até não caber mais.
Horas e horas de espera permutando vírus e outros bichos.
Consultas fast food.
Vai faltar filme para “rao xis” de seios da face e do pulmão.
Saiba escolher o horário (se tiver disponível) para agendar sua consulta (médicos são seres normais e também estressados).
Mais dicas na seqüência do bate papo.
Atchim! Saúde! Nada. É gripe! Ou será alergia? Ou um mix disso tudo?
Amém...
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