quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SOLIDÃO E FOBIA SOCIAL

Desde muito cedo é possível diagnosticar um futuro fóbico social, na “pessoa de poucos amigos” ou naquela criança arredia que se esconde atrás da saia da mãe a espreitar as pessoas estranhas.

A criança ou o jovem que se isola na escola já sinaliza o problema futuro; além disso, passa a sofrer discriminação e preconceito; com facilidade sofre Bullying, o que agrava seu distúrbio.
São pessoas mais propensas ao suicídio, uso e álcool e drogas.

Alguns indivíduos nem são fóbicos sociais de nascença; o próprio sistema de vida atual, em especial nas grandes metrópoles, também pode desencadear o processo ou desenvolvê-lo com a ajuda da TV, que as famílias usam como babá. Algumas com certa predisposição para a paranóia, preferem “resguardar” a criança em casa o tempo todo, até dos amigos da idade, com medo do mundo lá fora.

Esse distúrbio de conduta cresce a olhos vistos; e o pavor de conviver com o próximo já atinge dez por cento da população mundial.
Para essas pessoas, o contato com o mundo exterior e a convivência social é algo penoso e sofrido; e até as coisas simples da vida cotidiana podem transformar-se num pesadelo; é comum que desenvolvam o Transtorno do Pânico.
Uma das bases desse medo é receber uma avaliação negativa dos outros; soma-se a esse distúrbio da personalidade os medos imaginários decretados pela mídia.

Costumam ser perfeccionistas e tem baixa auto-estima.
O fóbico social sofre antecipadamente frente à possibilidade de se relacionar com pessoas e ante a perspectiva de ser avaliado. Seguindo um padrão de repetição a fobia pode tornar-se específica a determinadas pessoas, situações ou generalizar-se; criando o estereótipo do “ser estranho”, da “pessoa esquisita” para a maioria que com ela irá conviver, mesmo que á distância.

Um dos recursos defensivos que os fóbicos da convivência humana usam é a tentativa de isolar-se, o que, breve torna-os solitários doentios. O tímido cria suas cercas íntimas já o fóbico tende a criar verdadeiros paredões.
A diferença entre o tímido e o fóbico social é que este sofre por antecipação; alguns deles chegam a inventar situações nas quais teriam que se expor à avaliação dos outros até sofrendo e adoecendo devido a essa ilusão.

O problema é muito grave; não se trata apenas de uma vida meio que solitária e sem qualidade; a própria existência pode estar em risco.
Parece uma coisa muito maluca, mas quando inventamos situações mentais que não existem; nós enganamos o nosso corpo que prepara o sistema de defesa, liberando alguns hormônios e desencadeando reações químicas que podem criar uma série de doenças de mau funcionamento dos órgãos e até doenças de lesão orgânica como pólipos, câncer, etc.

Está provado que pessoas com muitos amigos e vida social saudável vivem mais e com mais qualidade do que os solitários.

Quando algum fóbico social adota alguém como amigo; ele funciona como um verdadeiro obsessor.
Se apaixonado, arruina a relação em pouco tempo, pois torna-se uma pessoa grudenta, não raro ciumenta e com possibilidade de atitudes psicóticas.

O fóbico social é propenso a criar vínculos de obsessão espiritual com seres do além dotados das mesmas características; e que criam com ele um danoso processo de simbiose, difícil de desmanchar.

Caso houvesse um mínimo estudo das tendências e da personalidade da criança; distúrbios como esse seriam facilmente corrigidos, logo nos primeiros anos de vida. Sem complicações e a um custo muito baixo, usando-se o sistema de vacina – basta submeter a criança de forma gradativa ao seu problema; ao invés de reforçar seu distúrbio, isolando-a, superprotegendo ou de forma preguiçosa: esperando que o tempo e a vida façam a correção.

Apenas o concurso do tempo sem inteligência e trabalho não resolve nem cura nada.
Como o conhecimento traz consigo responsabilidades proporcionais, muitos pais terão que enfrentar dramas de consciência; pois, quando já seria possível tornarem-se educadores ainda permanecem na condição de reprodutores, apenas.

As redes sociais da Net proporcionam algum alívio aos portadores desse distúrbio; mesmo com todos os seus riscos, até o de agravar o problema – mas aqui em 3D, nada substitui o corpo físico, a presença, o toque, o beijo, abraço...

Um abração apertado – ou como se diz lá em Portugal: um xi-coração.

Namastê.

5 comentários:

  1. Cada linha e cada palavra parece um espelho de minha vida. Realmente creio que este texto me puderá vir a ajudar, especialmente nas "situações inventadas" quem em certas situações me chegam a ocupar-me a mente durante muito tempo.

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  2. Eu digo o mesmo. E mais, para a minha infelicidade os meus pais "reprodutores" em nenhum momento tiveram a sensibilidade de perceber que eu precisava(preciso ainda, sou a mesma pessoa) de ajuda. Tenho Fobia Social, desde que nasci. Há exatos 48 anos,

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  3. As vezes olhamos demais para os espelhos, tentando ver o que há de errado dentro de nós, sendo que o necessário seria olhar parte a janela e ver o mundo inteiro que nos aguarda.

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  4. Bem, depois dessa leitura, eu, como sociofóbico, sinto-me ainda pior do que se não tivesse lido nada. Obrigado.

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  5. Ha hahaha ... Fė.... Eu sempre quis saber porque eu vim nessa vida quase q totalmente deficiente de fé e autoconfiança...... então somos 2...muitas vezes eu já quis e vira e mexe sinto muita vontade de sumir dessa vida humana através do suicídio, por causa desse câncer triste chamado solidão/vazio existencial. ..penso erradamente que os sofrimentos desconhecidos depois da morte lá nas trevas do umbraal dos suicidas, seriam menores que estes que eu sempre conheci e senti minha vida toda, desde q eu me entendo por gente a 27 anos. . Mas graças ao meu lado racional, ainda não tive coragem pra realizar a minha loucura. ....Mas sabe como é né, ninguém é de ferro e chega uma hora que nosso espírito não aguenta mais viver num corpo com uma mente tão negativa e então caímos de vez na armadilha do suicídio inútil e vamos plro Beleleu....

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