sábado, 26 de fevereiro de 2011

ONDE ANDAM OS ANTIGOS CAPETINHAS?




Bem vindos novos tempos; o mundo está cada vez melhor; embora ás vezes pareça que não – Hoje os antigos capetinhas atendem sob novo rótulo; não mais são chamados de seres mal educados e sem berço: Hoje sofrem de DDAH – eles; e os em torno; pois estamos longe da perfeição; apenas mudar o rótulo não reduz o sofrimento de quem sofre desse distúrbio; embora o alivie, pois adquiriu o status de doença; o que na nossa cultura traz ganhos secundários.

O diagnóstico saiu das aprontadas, das coisas quebradas, dos estouvamentos; para as salas dos consultórios dos especialistas em rotular antigos capetinhas.

Exceto pelos constantes desastres das confusões; raladas; olhos roxos; coisas e até ossos quebrados - o diagnóstico do problema é sempre clínico e raramente essas crianças são portadoras de outras lesões ou distúrbios que podem acompanhar o quadro. Embora, muitos costumem apresentar alterações na coordenação motora e inadequação espaço/temporal.
Na pressa da vida moderna: Ritalina neles.

Nada do antigo esconder tudo (até as crianças) que o fulano vem aí – Hoje o diagnóstico deve ser cuidadoso e criterioso, uma vez que vários conflitos circunstanciais podem se manifestar através de comportamentos semelhantes (lares ou ambientes caóticos, desorganizados e conflituosos). É fundamental constatar-se esse padrão de comportamento por um período de seis meses, em ambientes diferentes. O diagnóstico diferencial sempre deve ser feito com a ajuda de um neurologista – quem sabe para botar o bichinho numa camisa de força química; se for preciso...

Critérios ATUAIS para diagnósticos de Transtornos de Déficit de Atenção-Hiperatividade.

Relacionados à Desatenção

Se seis ou mais sintomas de desatenção persistirem por pelo menos seis meses, pode-se caracterizar a criança como portadora do distúrbio (Como ex-capetinha light; não sou muito chegado em protocolos que trocam seis por meia dúzia – daí, inseri comentários na maioria deles).

São eles:
• Falta de atenção a detalhes ou erros freqüentes; por descuido em atividades escolares de trabalho ou outras atividades; em especial se o capetinha for portador do distúrbio da inteligência meio azulada acima da média; dá para ir levando bem.
• Dificuldade para manter a atenção em tarefas ou brincadeiras chatas e sem sentido (antigos capetinhas não conseguem nem por milagre assistir TV mais do que alguns minutos).
• Dificuldade para escutar quando lhe dirigem a palavra sem clareza e conteúdo – quando adultos e do sexo masculino correm o risco de sofrer a ação da Lei Maria da Penha.
• Dificuldade para seguir instruções e para terminar tarefas escolares ou domésticas desinteressantes.
• Dificuldade para organizar-se em tarefas ou atividades que não sejam prazerosas.
• Relutância em envolver-se nas tarefas (malditas tarefas) que exigem esforço mental constante sem a contrapartida do interesse do momento.
• Perda freqüente de objetos necessários à realização de tarefas ou atividades desinteressantes, inúteis e até chatas.
• Distração fácil por estímulos alheios à tarefa inútil ou á falta de coerência e inteligência – nem todos – alguns são DDAH de verdade.
• Esquecimento freqüente de atividades diárias que não sejam prazerosas. Qual o nome? – Já fez aquela inútil lição de casa?

Para distinguir quem é capetinha de quem é Monstrinho precisando de camisas de força sociais:

Problemas relacionados à Hiperatividade/Impulsividade.

A persistência de pelo menos seis (?) sintomas por mais de seis meses (?) também ajuda a caracterizar a criatura portadora do distúrbio.


Os tais sintomas dos capetinhas que deverão se tornar santarrões ou normais; são:

Hiperatividade.

• Agitação freqüente de mãos e pés, com dificuldade para se aquietar na cadeira; comendo; em sala de aula ou em situações nas quais se espera que permaneça sentada.
• Inquietude extrema; o “ser” faz tudo com pressa, correndo; sem avaliar as conseqüências – nada a ver com a sociedade atual.
• Falar demais – Não; esse não é um identificador do sexo do DDAH.
• Correr ou escalar objetos com freqüência, em situações nas quais isso não é apropriado; nada a ver com a atual síndrome do Homem Aranha aprendida na TV.
• Dificuldade para brincar ou se envolver em silêncio em atividades de lazer.

Estar hiperativo é menos problema do que estar impulsivo.

Impulsividade.

• Respostas precipitadas, emitidas antes de terminada a pergunta.
• Interrupção habitual dos assuntos dos outros (por exemplo conversas ou brincadeiras) ou ainda intromissão freqüente nos mesmos.
• Dificuldade para aguardar sua vez – (coisa rara na atividade cotidiana da atualidade – rssss).

Espero que os antigos capetinhas estejam mais confortáveis sob o rótulo de DDAH e não se sintam tão hostilizados como antigamente.

Talvez até mesmo alguns dos antigos “monstrinhos” foram capazes de enquadrar-se no sistema e tornaram-se pessoas “normais”.

Quem disse que rótulos não servem para nada?

O produto pode continuar o mesmo; mas a embalagem melhorou muito. Hoje o antigo capetinha e até os antigos monstrinhos podem dizer com certo orgulho: Sou um DDAH!
Cuidado para não usar esse rótulo como álibi...

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