quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

TUDO EU!

Algumas leis da vida são difíceis de aceitar; dentre elas a da responsabilidade progressiva.
Conforme disse o Mestre Jesus, quem mais sabe mais tem que usar seu saber.
Pela maturidade incipiente e a pouca capacidade de discernir, na vida em grupo, ás vezes estrilamos: Tudo eu! Só eu tenho que fazer, ceder, desempenhar! – Cansei!

Muitas vezes tentamos fugir do conhecimento; pois ele traz junto a dona responsabilidade; nós somos meio alérgicos a ela. Essa fase, a de nos rebelarmos contra a ditadura do saber, quando nos comparamos com os outros, faz adoecer com freqüência.

Para nos vacinarmos contra a revolta, a depressão e o desânimo, basta fazer uma analogia: Nossa relação com o planeta é uma relação aluno e sala de aula; nós os alunos e o planeta a escola onde a professora vida ministra suas aulas. A graduação e as provas obedecem a uma escala bem simples: para aluno de primeiro ano, matéria de primeiro ano; para aluno de segundo ano, matéria de segundo ano; e assim sucessivamente. Nas provas da vida não cai nada que não tenha sido dado; basta prestar atenção e fazer o dever de casa.

Na vida em família, no trabalho e em sociedade, os componentes costumam estar em classes diferentes de evolução; daí, a importância de também não julgar, criticar nem comparar-se – mas, é preciso não fazer as lições nem as tarefas dos outros – ajudar, orientar sim; mas, fazer o trabalho do outro é crime grave.

Algumas lições são comunitárias; mas, nas provas cada um terá de responder pelo que já está capacitado a compreender e assimilar. Exemplo, numa família de vários irmãos e agregados, uma “pessoa mala” tranca-se na doença de Alzheimer com a chave dentro – cuidar dessa criatura, é uma aula de onde podemos tirar muitos ensinamentos que possibilitam acelerar nossa evolução.
Cada um vai aproveitar a chance de aprender e exercitar várias qualidades; ou não. Sempre acaba “sobrando” para um; os outros vão tirar o “corpo fora”, cabular aula; alguns mais cara de pau ainda vão criticar a tarefa do outro. Como deixou acontecer isso! – Você não está cuidando direito. Quase sempre o que está aproveitando a lição (nem sempre de forma consciente) vai chiar, vai sentir-se usado; enfim vai reclamar.
Aqueles que cabularam essa aula podem aprender de uma forma mais difícil. Exemplo, podem tornar-se ao mesmo tempo aprendizes compulsórios ao tornarem-se objeto de aprendizado para outros; não é difícil que se tornem a “mala sem alça trancada por dentro; na condição de uma pessoa com seqüela grave de AVC, ou vão repetir o familiar modelo e desenvolver seu próprio Alzheimer e congêneres.

Quando sentimos o impulso de reclamar: Tudo eu! Tudo eu? – Melhor, parar para pensar, aprender a lição; e praticar.
Porém, não faça tarefas que não lhe pertencem; caso contrário o aprendizado da paciência, tolerância, disciplina, ajudar sem esperar paga, amar...; tudo isso fica - mas, o mérito da ação é todo perdido.

Para os mais graduados até conta pontos no currículo cósmico agradecer á vida a bendita oportunidade...

Namastê.

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