Somos uma unidade psicológica: Instinto, razão e emoção. No humano o comando deve ser da inteligência; se pouco desenvolvida, ainda não há integração entre os componentes, o que conduz a vários tipos de distúrbios da personalidade que levam a doenças.
Exemplos de distúrbios:
Fixação mental: é a estagnação da vida mental no tempo e no espaço, o que mantém conflitos emotivos não resolvidos.
Cisões: cada vez que fixamos isoladamente qualquer das partes que formam nossa personalidade nos separamos de nós mesmos. Exemplo, pessoas que no trabalho são fortes e eficientes e na vida particular são ingênuas, fracas e medrosas.
Infantilidade psicológica: decorre da falta de maturidade e caracteriza-se pela falta de discernimento para distinguir entre efêmero e eterno, real e ilusório; nesse estado o adulto permanece “ancorado” à infância. Características desse tipo: exige liberdade sem assumir responsabilidade; está sempre em busca de apoio e proteção; deposita a condição de felicidade nas atitudes do outro; magoa-se com facilidade; egoísta é incapaz de dar ou compreender; pouco capacitado a tomar decisões por si mesmo; muitas vezes raciocina de maneira ilógica e absurda.
Persistindo a falta de integração o discernimento ou bom senso é paralisado pela fixação mental e isso leva a um ponto de ruptura, uma súbita mudança de padrão que gera uma nova e diferente crise existencial. Essa nova situação intensifica a resposta da lei de causa e efeito na exata medida do necessário, até conseguir desfazer a cristalização do padrão anterior; e, não se trata de punição pois a vida educa, não pune; sentir-se punido já é sinal de imaturidade.
Ouvimos muito dizer que boa parte de nossos problemas existenciais decorrem dos “defeitos do caráter” – Mas, o que seriam?
A rigor, não há defeitos do caráter; mas características polares; quando nos fixamos além da conta num pólo o hipertrofiamos, causando desordens tanto na intimidade quanto na vida de relações; daí denominarmos essa característica como defeito do caráter; quase essas características sempre estão ligadas ao desejos exacerbados do ego o que trará problemas nas relações.
Usando a linguagem da ética polar podemos afirmar que no ser humano atual ainda predominam os tais “defeitos” que comandam os acontecimentos existenciais. Exemplo: o ciúmes (esta linha de raciocínio pode ser estendida para os outros problemas do caráter), a pessoa ciumenta e possessiva acha-se dona de tudo e de todos; desconfiada, em cada situação do cotidiano vê traição e, aumenta o estresse crônico pois, permanece em alerta neurótico ao tornar-se “caça - traições”; pinça uma situação aqui outra ali reforçando mágoa e ressentimento inatos, e logo desencadeia pequenas vinganças no cotidiano, até na esfera sexual. Essa postura afasta o outro; e aí sim, cria condições propícias para uma traição real e efetiva; se houver predisposição da outra parte; não foi vítima da traição, mas co-participante.
O desequilíbrio energético do ciumento gerado pela fixação mental de mágoa, ressentimento e ódio será materializado no corpo.
Essa situação vale para todas as outras características da nossa personalidade.
A doença física é uma forma de expressão corporal que deixa isso bem claro: Na criança pequena predomina a condição de entrada na atual experiência (personalidade real), então ela exterioriza com mais transparência: febre, vômitos, diarréias, erupções de pele...; já no adulto predomina a personalidade social então ele interioriza suas moléstias: hipertensão, úlcera, diabetes, etc.
Na vida contemporânea as pessoas estão se “implodindo” com a ajuda do estilo de vida, excesso de informações inúteis, volatilidade dos conceitos e dos valores, estresse inútil – basta ver as estatísticas do aumento dos desequilíbrios da personalidade já tratados como doenças psiquiátricas – o uso de medicamentos psiquiátricos breve pode superar o de analgésicos.
Não se trata apenas da nossa relação inadequada com o meio; mas principalmente da nossa relação interna.
Amanhã vamos falar sobre AUTO – SABOTAGEM.
Imagine a vida de uma pessoa com forte tendência á impaciência e pressa; mas muito preguiçosa...
Namastê.
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